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Participação dos mais pobres no ensino superior sobe de 1,7% para 7,2%

Publicado em 25/12/2014 Editoria: Educação Comente!


foto: Divulgação

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O acesso das pessoas mais pobres à universidade cresceu nos últimos anos, reduzindo quantitativamente a desigualdade no ensino superior do país.

A conclusão está na Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2014, divulgada no dia 18/12 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A participação dos 20% mais pobres no ensino superior público subiu de 1,7% para 7,2%, entre 2004 e 2013, enquanto a proporção dos 20% mais ricos recuou de 55% para 38,8%.

Nas instituições privadas de ensino superior, foram observados avanços quantitativos na participação das pessoas com os menores rendimentos. Entre 2004 e 2013, a participação dos 20% mais pobres no ensino superior privado subiu de 1,3% para 3,7%, enquanto a dos mais ricos recuou de 68,9% para 43%.

Apesar dos avanços relacionados ao ensino superior, os indicadores brasileiros são os mais baixos se comparados aos dos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Os números do Brasil ficam muito abaixo até mesmo de países emergentes como Turquia (21%) e México (24,1%).

Na avaliação do pesquisador do IBGE André Simões, o maior acesso dos 20% mais pobres ao ensino superior é resultado de políticas públicas voltadas, como o sistema de cotas.

Segundo cálculos do instituto, existem 49 milhões de brasileiros nessa faixa etária, e um a cada cinco está no grupo "nem-nem". O IBGE pondera que, desse contingente, 26,3% estão em busca de emprego.

Entre as grandes regiões, o Sudeste tem o maior índice de jovens "nem-nem", com 37,9%. A participação feminina chega a 69%.

Dos jovens que não estudam, nem trabalham, 63% são pretos ou pardos, ao passo que 48% têm ao menos um filho. "Os nem-nem no Brasil têm uma cara. A maioria é formada de mulheres, com nível de escolaridade mais baixo e já são mães", diz Cintia Simões, do IBGE.

O instituto também verificou aumento na proporção de pessoas de 25 a 34 anos que ainda vivem na casa dos pais, chamados por especialistas de "geração canguru". Entre 2004 e 2013, a proporção dos indivíduos deste segmento morando com os pais subiu de 21,2% para 24,6%.

Já no mercado de trabalho, o desemprego caiu de 8,7% para 6,4% entre 2004 e 2013. As pessoas com os 10% menores rendimentos concentravam apenas 1,2% da renda total no ano passado.

Numa sociedade perfeitamente igualitária, cada décimo (10% das pessoas com rendimentos) teria 10% da soma desses rendimentos. Por outro lado, o IBGE computou que os 10% mais ricos da população concentraram durante todo o período analisado mais de 40% da totalidade da renda per capita.

 

 

 

› FONTE: Vejamos

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