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Análise diaria mercado agricola milho soja açucar

Publicado em 20/11/2020 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO 
 

Os preços internacionais do milho futuro contabilizaram ganhos durante toda a sexta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,75 e 1,50 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,23 com alta de 0,75 pontos, o março/21 valia US$ 4,28 com elevação de 1,00 ponto, o maio/21 era negociado por US$ 4,30 com valorização de 1,50 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 4,30 com ganho de 0,75 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,24% para o dezembro/20, de 0,23% para o março/21 e de 0,23% para o maio/21, além de estabilidade para o julho/21.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 3,17% para o dezembro/20, de 2,15% para o março/21, de 1,42% para o maio/21 e de 0,94% para o julho/21 na comparação com a última sexta-feira (13).

       
miho  
       
  B3 (Bolsa)    
jan/21 78,75 0,03%  
mar/21 78,5 -0,23%  
mai/21 73,8 -0,47%  
jul/21 67,1 0,45%  
Última atualização: 18:00 (20/11)  
   

Segundo informações do internacional Successful Farming, o milho deu um salto durante a noite, enquanto os investidores corriam de volta ao mercado com o otimismo de que a demanda seguirá elevada.

O relatório semanal de vendas de exportação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na última quinta-feira, mostrou que as vendas de milho foram maiores do que o esperado. As vendas de milho estão em 35,3 milhões de toneladas, um salto de 166% em relação ao mesmo período de 2019.

A publicação destaca ainda que, os comerciantes também estão de olho no clima no Brasil. “Cerca de 40% das áreas de cultivo de soja e milho do país sul-americano estão enfrentando um déficit de precipitação e o estresse se reconstruirá "rapidamente" se um padrão de clima mais seco ocorrer nas próximas duas semanas”, de acordo com o Commodity Weather Group.

No mercado físico os negócios permaneceram em grande parte ausentes para a nova safra e embarque em quase um mês, mas novas ofertas para dezembro foram vistas em 153 c/bu sobre os futuros de dezembro com ofertas de 2 c/bu para 158 c/bu. E para a nova safra, as ofertas foram estáveis em 115 c/bu sobre os futuros de maio para envio de março, mas com lances de 2 c/bu mais altos para 110 c/bu.

No Brasil, uma oferta solitária para janeiro foi vista em 162 c/bu sobre os futuros de março, mas o interesse de venda estava longe de ser vista, com novas ofertas de safra para julho subindo 5  c/bu para 90 c/bu em relação aos futuros de julho com lances atrelados a 5 c/bu abaixo disso. Nos EUA,as ofertas na PNW para março caíram de 10 c/bu para 145 c/bu sobre os futuros de março.

Mas no Golfo, a curva até março permaneceu estável, enquanto as ofertas para abril e maio caíram 6 c/bu para 84 c/bu e 82 c/bu sobre os futuros de maio, respectivamente, à medida  que o hub buscava competir com as origens da América do Sul. “Os preços no mercado de milho da Ucrânia mostraram sinais de leve flexibilização na quinta-feira, com uma oferta  para dezembro carregando cargas subindo para US$ 235 /t  FOB HIPP, e uma negociação  ouvida assinada em US$  233,50  /t  FOB HIPP para a segunda metade de dezembro de carregamento.

Isso veio depois que pelo menos uma negociação foi relatada na quarta-feira em US $ 232,50 /t FOB Mykolaiv para carregamento spot. Enquanto isso, as ofertas para a próxima safra de milho, carregando outubro-dezembro foram ouvidas em torno de um prêmio de 99-100 centavos sobre o contrato de dezembro de 2021, enquanto as licitações foram em torno de 87-90 centavos de prêmio.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
20/11/2020 80,21 0,24% -2,05% 14,93
19/11/2020 80,02 -0,52% -2,28% 15,06
18/11/2020 80,44 -0,59% -1,77% 15,05
17/11/2020 80,92 0,47% -1,18% 15,16
16/11/2020 80,54 -0,25% -1,65% 14,83
         

Os preços futuros do milho começaram o último dia da semana em baixa na Bolsa Brasileira (B3), mas ganharam força ao longo da sexta-feira e chegaram ao campo misto, próximo da estabilidade. As principais cotações registravam movimentações entre 0,64% negativo e 0,45% as 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 78,23 com baixa de 0,64%, o março/21 valia R$ 78,32 com perda de 0,46%, o maio/21 era negociado por R$ 73,82 com queda de 0,45% e o julho/20 tinha valor de R$ 67,10 com elevação de 0,45%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro de milho já está reta final de ano com as indústrias de ração em balancete e se preparando para parar as compras e iniciar as férias coletivas e manutenção dos equipamentos.

“Os negócios são pontuais e quase não existem. As cotações não mostram muita variação porque não há muita oferta de milho”, destaca Brandalizze.

O estado do Rio Grande do Sul  continua tentando comprar milho matogrossense, mas nada foi reportado, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O milho local fechou o dia em R$ 90,00 em Ibirubá, R$ 89,50 em Vacaria, R$ 89,00 em Ijuí e Santa Rosa, R$ 87,00 em Passo Fundo e R$ 86,0 em Carazinho. As demais localidades estão entre  R$ 84,00 e R$ 86,00”, comenta. 

Na busca de milho do MS o estado de Santa Catarina comprou mais 1.000 toneladas para  2021 a R$  65,00  +ICMS e tentou negociar outras 10.000 toneladas no mercado spot para empresas da região Oeste, a preços entre 78,50 e R$ 79,00  +  ICMS.  Mas os compradores se retraíram. “Os preços do milho local continuam a R$ 91,00/saca em  Campos Novos e a R$ 89,00 em Concórdia, Joaçaba e, Mafra. A seguir os preços de R$ 86,00 no Alto Vale do Itajaí, que subiram um real/saca nesta terça-feira”, completa. 

No Paraná, uma nova queda do dólar aumenta a oferta. “Pouca coisa mudou, além da maior pressão de vendas com a queda do dólar. Com a queda da moeda americana houve negócios a R$ 71/74,00 no norte do estado e o mercado começou a ter mais oferta, com vendedor ainda querendo de R$ 78 a R$ 80,00. Há muito pouca  disponibilidade de milho   para novos negócios no mercado de lotes no Paraná. Nos Campos Gerais os preços são nominais, porque esta disponibilidade está praticamente zerada. No Oeste, Sudoeste e Norte existem somente os estoques dos compradores, já recebidos ou a receber, mas quase nada que possa ser negociado novo”, indica.

Para o Mato Grosso do Sul, os preços caíram forte. “Hoje houve negócios de apenas 1.000 toneladas para o Oeste de SC a R$ 65,00/saca para 2021, mas, houve ofertas de 10.000 toneladas, não aceitas pelos compradores”, conclui.

miho  
       
Chicago (CME)  
CONTRATO US$/bu VAR  
DEC 2020 423,25 0,75  
mar/21 428,25 1  
MAY 2021 430,75 1,5  
jul/21 430,75 0,75  
Última atualização: 17:02 (20/11)  
       

Em geral, os preços do milho acabaram o dia registrando pequenos recuos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.

Já as desvalorizações apareceram em Amambaí/MS (1,39% e preço de R$ 71,00), Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,41% e preço de R$ 70,00) e Jataí/GO (4,35% e preço de R$ 66,00).

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a semana foi de aumento das ofertas do milho nas praças paulistas e nas praças vizinhas. O recuo do dólar deixou mais frio o apetite para as exportações nos últimos dias. O vendedor está mais ativo do que o comprador”.

A consultoria SAFRAS & Mercado, apontou que “o mercado brasileiro de milho manteve preços pouco alterados, para cima ou para baixo, nesta semana. As cotações seguem sustentadas por uma oferta controlada, e com apreensões ainda com o clima para a safra de verão de 2021”.

“Alguns consumidores indicam que estão posicionados até a virada de ano. Os produtores por sua vez mantêm a estratégia de retenção ainda observando atentamente o risco climático, com chuvas irregulares em relevantes regiões produtoras”, comenta. A movimentação cambial ainda é um fator relevante no restante do ano, destaca o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.


SUGAR - AÇUCAR

Mar NY world sugar 11 (SBH21) on Friday closed down -0.07 (-0.46%), and Mar London white sugar 5 (SWH21) closed down -1.40 (-0.34%).

Sugar prices on Friday fell to 1-week lows as weakness in the Brazilian real sparked long liquidation pressure in sugar futures. The Brazilian real on Friday dropped -1.29% against the dollar to a 3-session low. The weaker real encourages export selling by Brazil&39;s sugar producers.

Sugar prices were already on the defensive after the USDA&39;s Foreign Agricultural Service (FAS) on Thursday forecasted that India&39;s 2020/21 sugar production will climb +16.8 % y/y to 33.76 MMT and that India&39;s sugar exports will climb +3.5% to 6.0 MMT.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$    
20/11/2020 108,07 0,25% 7,41% 20,12    
19/11/2020 107,8 0,08% 7,15% 20,29    
18/11/2020 107,71 1,27% 7,06% 20,15    
17/11/2020 106,36 0,78% 5,72% 19,93    
16/11/2020 105,54 0,38% 4,90% 19,43    
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .        
  media R$ 107,10        
  valor saco $ 19,87        
  valor ton $ 397,39  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180  
                          com 7% icms    
             

Sugar prices on Tuesday earlier rallied to 9-month highs after Hurricane Iota slammed into Central America on Monday, bringing heavy rain and potential damage to sugar crops in Nicaragua, Honduras, and Guatemala.

In a bullish factor, the ISO on Tuesday cut its global 2020/21 sugar production estimate and increased its global 2020/21 sugar deficit estimate. ISO projects that global 2020/21 sugar production will increase by +0.9% y/y to 171.1 MMT. ISO also said the global 2020/21 sugar market would fall into deficit by -3.5 MT a +1.86 MMT surplus in 2019/20.

In another bullish factor, France&39;s Agricultural Ministry on Monday cut its 2020 French sugar-beet production estimate to a 19-year low of 27.2 MMT an Oct estimate of 30.5 MMT due to drought. France is the largest sugar producer in the European Union.

Sugar prices have trended higher over the past six weeks up to 9-month highs Tuesday on concern that Brazil&39;s dry conditions may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. Maxar recently said that Brazil&39;s sugar-growing regions had received only 5%-25% of average rain in the past few months, leaving crops "extremely dry." Also, a La Nina weather pattern could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.

In another bullish factor, sugar mills in India have held back exports as they await news on government subsidies. The World Trade

Organization (WTO) is expected to rule on the legality of India&39;s subsidies to its sugar exporters sometime this month after Brazil and Australia raised objections to the WTO about the subsidies. The ruling by the WTO has been delayed July due to the Covid pandemic.

Sugar prices are also seeing support the smaller sugar crop in Thailand, the world&39;s second-biggest sugar exporter, which has been decimated by drought. The Thailand Sugar Mills Corp said Oct 2 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production would fall -13% y/y to an 11-year low of 7.2 MMT as dry weather this year ravaged cane plantations.

Last Wednesday&39;s data Unica was bearish for sugar as it showed Brazil&39;s Center-South sugar production in the second half of October rose +14.4 y/y to 1.7373 MMT, with the percentage of cane used for sugar climbing to 43.63% in 2020/21 32.02% in 2019/20.

Fund buying in London sugar has supported the recent rally in prices. Friday&39;s Commitment of Traders (COT) data showed funds increased their net-long positions of London white sugar by 3,445 positions in the week ended Nov 17 to an 8-month high of 27,030. The large long position, however, could also provide fuel for long liquidation pressures.

Big Picture Sugar Market Factors: World sugar production in 2020/21 (Apr/Mar) is expected to climb +0.9% y/y to 171.1 MMT after falling -8.4% in 2019/20 to 169.6 MMT (ISO). The world sugar deficit in 2020/21 is expected to widen to a -3.5 MMT deficit a +1.86 MMT surplus in 2019/20 (ISO). Sugar production by Brazil, the world&39;s largest sugar producer, in 2020/21 (Apr/Mar) will climb by +32% y/y to 39.3 MMT 29.8 MMT in 2019/20, as millers divert 46.4% of cane juice to produce sugar (up 34.9% in 2019/20) due to the weak outlook for ethanol demand and prices (Conab). Sugar production by India, the world&39;s second-largest sugar producer, in 2019/20 will fall -15% y/y to a 3-year low of 28 MT due to drought and a delayed monsoon season (India&39;s National Federation of Cooperative Sugar Factories Ltd).


SOYBEAN - SOJA

Desde a última sexta-feira (13), o contrato janeiro/21 da soja subiu 3,51% ara fechar a sessão desta sexta (20) com US$ 11,81 por bushel. O mesmo fechamento foi registrado pelo contrato março que, no intervalo, acumulou um ganho de 2,87%. A semana, mais uma vez, foi cheia para o mercado da oleginosa, com os fundamentos - embora a notícia pareça repetitiva - fortes mantendo firmes os pilares que sustentam as cotações na Bolsa de Chicago, sinalizando que a escalada de preços é certa e continua. 

SOJA - CME - CHICAGO  
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)  
jan/21 11,81 3,5 0,3  
mar/21 11,8125 5,75 0,49  
mai/21 11,795 6,5 0,55  
jul/21 11,7375 6 0,51  
Última atualização: 17:02 (20/11)    
         

O objetivo mais próximo - e nítido - dos futuros da oleaginosa agora é o patamar dos US$ 12,00 por bushel. Rompendo este nível, como explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, é buscar os US$ 12,20. Na sequência, segundo sua análise, serão necessárias notícias novas para manter o ímpeto do avanço das referências. 

Durante a semana, o mercado fez ma nova trajetória positiva acompanhando dois principais fatores: a oferta limitada e a demanda muito latente no mercado global. Além dos baixos estoques nas principais origens, as novas safras - que agora se desenvolvem na América do Sul - continuam ameaçadas pelo clima adverso, e já estão bastante comprometidas. A comercialização antecipada aconteceu, principalmente, no Brasil, onde devemos chegar a janeiro com quase 70% da safra 2020/21 já vendida. 

"O momento fundamental segue extremamente favorável a mais suporte para os preços, mesmo com chuvas benéficas no Brasil podendo pressionar e levar alguns a garantir lucros", explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da TradeHelp. 

Mais do que isso, o especialista cita em sua análise ainda a falta de produto nos Estados Unidos. "Na nossa opinião não há como os EUA fecharem o ano com soja nas mãos, os números não fecham", diz. Cachia completa citando uma disputa que será recorrente do &39;alimento vs. combustível&39;, "polêmica que não se vê desde 2012. 

"O mercado americano terá que entrar em processo de racionamento do produto, que em mercados transparente só é possível via preços ainda mais altos", explica. Assim, o mercado futuro norte-americano da soja passa por mais uma sessão traduzindo sua tendência firme, positiva e os fundamentos que alimentam a escalada dos preços, que já acumulam um ganho de mais de 3% na semana em Chicago. 

Além disto, preocupações  persistentes  sobre  o  clima  estão  mantendo  os compradores  em  alta,  com  as  chuvas  previstas  sendo consistentemente adiadas e aumentando os temores de rendimentos mais baixos.

  soja US$ 5,39  
         
  B3 (Bolsa)      
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR  
nov/20 26,21 141,2719 1,31%  
     
Última atualização: 15:56 (20/11)  
         

Rumores no mercado estão circulando sobre as grandes casas comerciais anotando suas próprias estimativas internas para a safra brasileira de 135 milhões de t para 130 milhões de t. Isso, juntamente com a persistente demanda de exportação, significa que houve pouca liquidação longa acumulada em soja.

Mais de 1 milhão de toneladas foram compradas pela China, um número surpreendentemente alto dado que houve poucos anúncios na semana passada e os rumores dos Traders colocaram-no em um terço ou, no máximo, metade disso. A informação foi divulgada pela TF Agroeconômica. 

Os prêmios recuaram ainda mais com base CFR China tendo como pano de fundo a lenta demanda que durou nas últimas duas semanas.

O consumo diário mundial de soja, como relata Severo, cresceu em 2020 para mais de 1 milhão de toneladas da oleaginosa. Na China, maior consumidor da commodity, seu esmagamento semanal passa a ser de mais de 2 milhões de toneladas. Enquanto isso, se registram problemas nas atuais temporadas de Brasil, Argentina e Paraguai, que juntos somam, aproximadamente, 56% da oferta global de soja. 

As ofertas de soja norte-americana de origem PNW na CFR Base perderam quase  10  c/bu  no  dia  devido  à  ausência  da  demanda  chinesa,  com  o embarque de janeiro indicado em 205-210 c/bu sobre os futuros de janeiro”, diz a consultoria.

SOJA - PREMIO  
CONTRATO VALOR  
nov/20 250  
dez/20 250  
fev/21 100  
mar/21 70  
Última atualização: 20/11/2020  
     

Isto eleva o percentual de exportações previstas já comprometidas para 85%. “Independentemente disso, os prêmios para a soja no Golfo dos EUA foram oferecidos  estáveis com o embarque de janeiro atrelado a 225-227 c/bu sobre os futuros de janeiro e o embarque de fevereiro mostrado plano a partir de janeiro”, completa.

“Os  prêmios  mais  baixos  dos  EUA  não  desencadearam  nenhum  retorno significativo da demanda chinesa, uma vez que as margens permaneceram em grande parte de lado e, em vez disso, a maioria dos compradores ainda buscava safra nova brasileira. As ofertas para abril de embarque de soja brasileira foram de 140 c/bu sobre os futuros de maio na CFR China versus ofertas em 143-146 c/bu sobre os futuros de maio. Outros interesses de compra foram ouvidos para embarques entre junho e julho do próximo ano. Em  uma  base FOB no  Brasil  foi  tranquilo, com  prêmios em  grande  parte  planas ao  longo  da  curva.  Em  uma  base de  preço  fixo, o  envio  de fevereiro FOB Santos foi avaliado em US $ 472,5/t com um inverso de US $ 12,50/t para março”, conclui a consultoria neste encerramento de semana.

"Os estoques mundiais divulgados pelo USDA de 20 milhões de toneladas no Brasil, 27 milhões na Argentina e 27 milhões na China, e que somam 74,0 milhões inexistem. Então, se descontar esse total do estoque mundial divulgado pelo mesmo USDA de 88 milhões, sobrariam apenas 14,0 milhões como um estoque mundial realista, e suficiente para apenas 14 dias do consumo", explica o especialista no complexo soja e diretor do SIMConsult, Liones Severo, 

               
Preço soja referência (chicago ):$/MT 525,80   20/nov    
               
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 505,94   20/nov    
               
Preço Brasil - MI - Paranaguá: $/MT 510,20   20/nov    
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 165 por saca    
               

Com altas além grão, os derivados da soja também registram momentos de preços historicamente elevados e de uma demanda recorde. A oferta é tão limitada, consequentemente, quanto a da matéria-prima. "Neste momento, a soja não tem uma valorização somente pelo cenário de oferta e demanda do grão, mas também pelos derivados, que estão contribuindo bastante", diz Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities. 

Para Vanin, o "complexo soja está blindado", mesmo com com incertezas marcando a retomada das ecomonias mundo a fora, e que os preços dos três produtos deverão continuar nesta escalada. 

Embora o dólar tenha registrado uma alta considerável nesta sexta-feira frente ao real, na semana o saldo acumulado é de um recuo de 1,61%, com a moeda valendo R$ 5,38. E parte deste movimento pesou sobre as cotações da soja no mercado brasileiro. Ainda assim, o pouco produto disponível segue registrando indicativos acima dos R$ 160,00 por saca nos portos e o da safra nova, acima dos R$ 140,00. 

A força do mercado, todavia, já não é tão expressiva. Algumas indústrias, ainda como relata Brandalizze, já começam a parar de esmagar, as cotações do farelo e da soja já apresentam algum recuo e frente aos elevados preços da matéria-prima, as operações começam a se mostrar inviáveis, sem oferecerem margens positivas, como vinha acontecendo há alguma semanas.

"E na safra nova não conseguimos evoluir porque nossos prêmios ainda estão mais altos do que os americanos e assim nossa soja fica mais cara", explica o consultor da Brandalizze Consulting. Assim, temos uma estabilidade dos valores em reais, porém, com poucos novos negócios sendo efetivados. 

"Conforme o clima for se movimentando (na América do Sul), o comprador vai sendo mais ou menos voraz, e o produtores voltaram ou não às vendas. O Brasil deve chegar a fevereiro com 75% da soja comprometida, sobrando 25% para cobrir os compromissos até dezembro (de 2021). E as indústrias, por medida de segurança, devem carregar mais estoques no ano que vem. E caso os preços caiam, as origens vendedoras se retraem e isso é altista para Chicago", explica Ênio Fernandes, consultor da Terra Agronegócios. 

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
20/11/2020 163,62 -0,21% 0,05% 30,46  
19/11/2020 163,96 -0,98% 0,26% 30,87  
18/11/2020 165,59 0,07% 1,25% 30,98  
17/11/2020 165,47 0,46% 1,18% 31  
16/11/2020 164,72 -0,33% 0,72% 30,32  
           

Depois que começaram a se abastecer no Mato Grosso do Sul, as indústrias reduziram os seus preços para a soja local no mercado do Rio Grande do Sul, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Ainda assim, estão 6,45% mais altos do que na mesma época do mês passado e, apresentam uma lucratividade ao redor de 118% em relação aos custos medios de produção calculados em R$ 73,55/saca, contra um preço ao produtor ao redor de R$ 161,00”, comenta. 

“Hoje não foram relatados novos negócios de soja do Mato Grosso, mas ontem, soubemos de  lote negociado no Mato Grosso  do  Sul com destino a Canoas, ao preço de R$ 171,00 +ICMS CIF. E os preços estão caindo para se adaptar aos preços da soja importada que, pelos cálculos dos técnicos da TF Agroeconômica, chegaria às fábricas do interior do Rio Grande do Sul ao redor de R$ 165/saca”, completa.

No Paraná, sem disponibilidade, o mercado local continua travado e indústrias procuram se abastecer no Mato Grosso do Sul. “No mercado de balcão sem alterações no estado há vários dias, com cotações apenas nominais, porque não há mais disponibilidade de safra velha, salvo pequenos lotes desconhecidos. No mercado spot de lotes soubemos ontem, quarta-feira, de  lote vendido no MS com destino a Toledo-PR a R$ 167,00+ICMS, mas hoje não foi nada negociado”, indica.

“Para a safra nova, as irregularidades climáticas é que continuam direcionando o mercado  nos últimos dias. Compradores só se interessam por soja futura. Em Ponta Grossa, para  entrega imediata e pagamento em dezembro os preços (nominais) caíram para R$ 150,00/saca, do dia anterior. No interior dos Campos Gerais, o preço se manteve em R$ 150,00 (produtor), retirada imediata, mas pagamento no início de janeiro. Em Cascavel entre R$ 172-175,00 R$ 173,00 e em Maringá a R$ 170,00. Em Londrina R$ 170,50 e em Pato Branco R$ 171,50”, conclui

 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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