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Faltam funcionários e equipamentos em escola na Terra Indígena Itanhaen/Morro da Palha, em Biguaçu

Publicado em 10/10/2018 Editoria: Educação Comente!


Escola Taguató

Escola Taguató

Equipe de servidores do Ministério Público Federal em Santa Catarina fez nesta terça-feira (9) vistoria na Escola Indígena de Educação Básica Taguató, na Terra Indígena Itanhaen/Morro da Palha, em Biguaçu, na região da Grande Florianópolis, entregue àquela comunidade indígena Guarani em dezembro de 2017. Para verificar as condições da escola também estiveram na Terra Indígena servidores da Secretaria Estadual de Educação, da Funai e o representante de uma das empresas contratadas pelo estado para obras na escola.

A Escola Taguató tem 36 alunos matriculados e atende crianças, jovens e adultos em três salas de aula, com ensino fundamental, ensino médio e ensino de jovens e adultos (EJA). A escola tem seis professores, todos com formação adequada. O vice-cacique Davi Timóteo Martins, um dos professores e diretor da escola, está cursando mestrado na UFSC. Na TI moram 24 famílias, cerca de 80 pessoas. Davi e o cacique Nico de Oliveira, que também é professor, cuidam da escola com muito carinho. Itanhaen, em Guarani, significa "em direção à pedra". A pedra é o Morro da Palha, como também é conhecido o local da reserva indígena.

Nico, Davi e a também professora Júlia Narciso contam que falta à escola uma merendeira. Isso obriga que um deles sempre deixe os alunos para fazer a comida e ainda cuidar da limpeza da escola. Segundo eles, também é preciso que haja um local adequado para guardar os alimentos secos da merenda (feijão, bolacha, macarrão e suco). A biblioteca tem sido improvisada como despensa e isso tem atraído ratos. Os professores ainda reclamaram da dificuldade em levar gás para a cozinha, de infiltração nas paredes da escola, das carteiras das salas de aula (velhas e enferrujadas), de problemas na instalação elétrica, no bebedouro, de uma fossa aberta nos fundos, do não funcionamento da internet já instalada e de goteiras no forro do pátio.

Os problemas relatados foram constatados pela equipe do MPF/SC e pelas equipes da Secretaria de Educação e da Funai e foi dado prazo de 15 dias para que fossem solucionados. No entanto, algumas soluções podem ter um prazo maior devido à necessidade de finalização de processos licitatórios em curso na Secretaria de Educação.

Durante a visita de vistoria, o vice-cacique Davi Martins reivindicou uma máquina copiadora, segundo ele pedido já enviado à Secretaria, e a construção de uma quadra de esportes ao lado da escola. Os pedidos serão analisados. Como a horta implantada na escola, mantida pelos alunos e professores, já está produzindo, o cacique Nico de Oliveira sugeriu que as verduras recebidas para a merenda escolar sejam substituídas por outros alimentos.

 

› FONTE: Assessoria de Comunicação Ministério Público Federal em SC

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