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Volume de chuva dos últimos dias é o dobro do esperado para todo o mês de janeiro

Publicado em 12/01/2018 Editoria: Florianópolis Comente!


O bairro Rio Tavares ficou alagado com a chuva dos últimos dias / Foto: Celesc

O bairro Rio Tavares ficou alagado com a chuva dos últimos dias / Foto: Celesc

O Sol voltou a aparecer em Florianópolis nesta sexta-feira (12) após quase três dias de chuva intensa e persistente. A temperatura aumentou e a previsão é de que permaneçam apenas as pancadas de chuva típicas da estação entre final da tarde e início da noite. Por meio de seu site, a Epagri/Ciram emitiu um alerta às 15h25min sobre a previsão de pancadas de chuva isoladas com descarga elétrica em Santa Catarina nas próximas 2 horas. Com risco de temporal isolado com rajadas de vento fortes nas proximidades de Lages, Agronômica e Camboriú. No sábado a mínima prevista para a Capital é de 20ºC e máxima de 31ºC.

Volumes de chuva

Em Santa Catarina, de acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, além de Florianópolis, outros 20 municípios registraram grandes volumes de chuva em 48 horas de monitoramento até as 8 horas de quinta-feira. Entre eles, Governador Celso Ramos (241mm), Palhoça (217mm), São José (216mm), Antônio Carlos (181mm), Penha (180mm), Itapema (176mm), Biguaçu (167mm), Navegantes (166mm) e São Francisco do Sul (154). Além de participar dos trabalhos de recuperação das áreas atingidas, a Defesa Civil vai acelerar as homologações dos decretos de emergência para agilizar a liberação de recursos federais destinados a estes casos, assegurou Moratelli.

Na madrugada de quinta-feira (11), informou a Epagri/ Ciram, foram registrados totais elevados de precipitação em torno de 200mm em Florianópolis, sendo cerca de 150mm (chuva esperada para o mês inteiro) em apenas 3 horas, no início da madrugada. Esses totais elevados foram registrados nas áreas do centro-norte da Ilha de Santa Catarina, nas estações dos bairros Itacorubi e de Carijós.

A chuva persistente dos últimos dias já acumulou, em 61 horas, totais entre 300 mm e 400 mm nessa região, mais que o dobro do esperado para janeiro. Essa chuva esteve associada ao fluxo de umidade proveniente da Amazônia, do oceano e a um vórtice ciclônico entre o litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Esse não foi o único caso de valores extremos de chuva em Florianópolis. Para se ter uma ideia, o recorde absoluto de 24h é de 404,8 mm na estação meteorológica de São José, no dia 15/11/1991, e 250mm em Florianópolis, no dia 4/2/2001. Os casos de chuva mais intensa normalmente ocorrem no verão. Na maior parte do estado, os totais de chuva entre terça e quinta-feira ficaram entre 40mm e 80mm. Valores acima de 100mm ocorreram no Litoral, entre Imbituba e Litoral Norte.

Ações

Em relação à chuva que atingiu Florianópolis nos últimos dias, o vice-governador Eduardo Moreira afirmou nesta sexta-feira (12), que “a situação está controlada. As estradas estão transitáveis, não faltam água e energia e os sistemas de segurança e saúde estão todos funcionando normalmente. As instituições estaduais estão presentes e atuantes em todas os municípios atingidos”.

Eduardo Moreira lembrou que o governador Raimundo Colombo já autorizou o repasse de R$ 3 milhões à prefeitura de Florianópolis para reparos emergenciais. “São recursos a fundo perdido, para ajudar na retomada da normalidade o mais rápido possível”, salientou. De acordo com o prefeito Gean Loureiro, 200 ruas foram danificadas pela forte chuva na Capital. Problemas em outras 50 ruas no bairro Campeche (região Sul), segunda área mais atingida além do Norte da Ilha, ainda estão sendo levantados. 

Alerta

Por causa dos acumulados significativos, acima de 400mm, nas últimas 72 horas e das condições das pancadas de chuva típicas de verão (entre final da tarde e noite), a Defesa Civil alerta que persistem os riscos de deslizamentos de terra para a Grande Florianópolis e Litoral Norte. Mais especificamente nas regiões dos municípios de Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça, São José, Penha, Itapema, Antônio Carlos, Biguaçu, Bombinhas, Navegantes, São Francisco do Sul e Balneário Camboriú.

A Defesa Civil recomenda que em caso de alagamentos/inundações, a população deve evitar o contato com as águas e não dirigir em lugares alagados. Evitar transitar em pontilhões e pontes submersas e cuidado com crianças próximas de rios e ribeirões.

Além disso, deve ser observado qualquer movimento de terra ou rochas próximas a suas residências, inclinação de postes e árvores e rachaduras em muros ou paredes. Neste caso, é recomendável que a família saia de casa e acione a Defesa Civil Municipal 199 ou Corpo de Bombeiros 193.

› FONTE: Assessoria de Comunicação do Governo do SC e Defesa Civil

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