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Candidatos ao Senado encampam propostas da FIESC para infraestrutura e impostos

Publicado em 27/08/2014 Editoria: Eleições Comente!


foto: Milton Mendes, Dário Berger e Paulo Bornhausen receberam a Carta da Indústria - Filipe Scotti)

foto: Milton Mendes, Dário Berger e Paulo Bornhausen receberam a Carta da Indústria - Filipe Scotti)

Dário Berger, Milton Mendes e Paulo Bornhausen participaram de debate na Federação nesta quarta (27) e discutiram a Carta da Indústria.

Ampliação de investimentos em infraestrutura no Estado e a redução da carga tributária, com um novo pacto federativo, estão entre as propostas da indústria catarinense e que foram encampadas pelos candidatos ao Senado Dário Berger (PMDB), Milton Mendes (PT) e Paulo Bornhausen (PSB).

Nesta quarta-feira (27), os três participaram de um debate sobre os temas que integram a Carta da Indústria, documento elaborado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), que também promoveu e sediou o encontro. "A FIESC estará à disposição do Senador que for eleito, para fornecer subsídios, debater propostas e cobrar um bom desempenho em favor de Santa Catarina", afirmou o presidente da entidade, Glauco José Côrte.

Interesse da sociedade

Os candidatos foram unânimes em defender a execução das propostas da Carta da Indústria e apontar o documento como uma agenda de toda a sociedade. "Ela diz respeito ao catarinense mais humilde até o setor industrial", afirmou Paulo Bornhausen.

"O senador é uma espécie de governador em Brasília, ele tem a capacidade de fazer uma luta maior, altiva e direta no Palácio do Planalto, nos ministérios e tribunais para fazer valer os direitos dos catarinenses", acrescentou.

"A Carta reforça a importância da representação de Santa Catarina no Senado Federal e aponta necessidade de avanços em questões como burocracia, internacionalização, logística, infraestrutura e juros. São temas importantes para o setor e também para toda a sociedade, pois significam mais qualidade de vida, mais emprego e mais distribuição de renda", destacou Mendes.

Dário Berger salientou que as propostas são as reivindicações de uma instituição consagrada no cenário catarinense, que merece reflexão e que receberá todo o apoio. "Os objetivos são os da sociedade que quer ver o Estado se desenvolvendo e crescendo junto com as pessoas", disse.

Infraestrutura

Os candidatos foram perguntados sobre suas propostas para infraestrutura, tributação, incentivos à reciclagem e Plano Plurianual. Sobre as propostas para infraestrutura, Dário Berger e Paulo Bornhausen reforçaram que é preciso rever o Pacto Federativo para que os recursos da União sejam distribuídos de uma forma mais equânime.

"O que está errado é a essência do modelo. O dinheiro tem que vir proporcionalmente ao que produzimos. Se não mudar a estrutura, vamos continuar discutindo os mesmos problemas", afirmou Dário. Bornhausen, por sua vez, lembrou que Santa Catarina tem sofrido com os atrasos em diversas obras e citou o caso da BR-101.

"A sociedade tem se mobilizado, mas há um domínio da máquina pública que prejudica Santa Catarina e faz com que projetos sejam postergados", salientou. Milton Mendes ressaltou que estão previstos R$ 19 bilhões em investimentos para Santa Catarina no PAC 2, e defendeu que seja retomada a construção de ferrovias no Estado.

Tributação

Na área tributária, Mendes disse que há muitas dificuldades para viabilizar a reforma, especialmente nas negociações políticas com os Estados. Citando a Carta da Indústria, o candidato disse que os pleitos relativos à tributação que constam no documento são "o sonho dos empresários e do povo".

Na publicação, a FIESC propõe equacionar os incentivos fiscais no âmbito do ICMS, simplificar o sistema tributário, reduzir os tributos e encargos sobre energia, transporte e logística, além de desonerar tributos incidentes sobre os investimentos e exportações. Bornhausen disse que não admitirá qualquer tipo de aumento de impostos no Brasil.

"Vamos trabalhar um escalonamento para reduzir a carga tributária de forma viável", informou. Ele também defendeu a simplificação do sistema atual e afirmou que o Senado pode desempenhar esse papel, criando mecanismos para melhorar a competitividade dos Estados brasileiros.

Dário destacou que a carga tributária está chegando a 40% do PIB e enfatizou que os serviços públicos não são compatíveis com o que se paga. "Ninguém reclamaria se o retorno fosse adequado. Essa realidade tem que ser alterada", afirmou.

Plano Plurianual

Os empresários perguntaram sobre as propostas dos candidatos para educação, saúde e segurança pública no âmbito do Plano Plurianual. Bornhausen disse que a educação precisa de um salto de qualidade, defendeu mais recursos e mais gestão para a saúde e afirmou que o governo federal precisa destinar mais dinheiro aos Estados para aumentar o efetivo na segurança.

Na opinião dele é preciso fortalecer os conselhos comunitários de segurança, com aporte de recursos. Em sua exposição, Mendes disse que sabe que educação, saúde e segurança são questões que preocupam a sociedade e defendeu o fortalecimento das discussões para poder trabalhar melhor nessas áreas. Também falou da importância do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) para melhorar o acesso à educação. Ele declarou que a qualificação é fundamental para garantir a competitividade, especialmente do setor industrial, e disse que está de acordo com as propostas da FIESC na área.

Berger afirmou que os jovens precisam de oportunidades e que isso ocorrerá por meio da educação. "Um governo não pode poupar recursos nem medir esforços para atender o cidadão nessa área. Tenho uma visão prática desse assunto", concluiu.

Incentivos à reciclagem

Outro tema debatido no painel foram os incentivos à indústria da reciclagem, especialmente em inovação, para adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Bornhausen destacou iniciativas já em andamento em Santa Catarina por meio de cooperativas.

Também disse que a inovação é "questão de vida ou morte" e lembrou que há 13 centros de inovação sendo construídos no Estado para aumentar a competitividade e atender demandas, como a reciclagem, principalmente em setores como o plástico.

Dário disse que é parceiro na construção de políticas na área e que a questão precisa ser tratada de forma prática e objetiva. O candidato Milton Mendes afirmou que na economia globalizada é necessário investir pesado nessa área e defendeu alinhado às políticas nacionais.

 


 

› FONTE: FIESC

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