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Capital ganha um novo espaço expositivo

Publicado em 14/03/2014 Editoria: Cultura Comente!


A exposição “Translitorânea”, de Andrea Eichenberger, que conquistou o Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais 2013, inaugura hoje (dia 13/3), às 19h, a sala Mutações do Museu da Escola Catarinense, no centro de Florianópolis (SC). A mostra da artista de Santa Catarina reúne imagens fotográficas captadas ao longo da BR-101, uma das maiores rodovias do Brasil que corta o país de norte a sul. Com uma extensão de 4.542 quilômetros, ela segue o litoral em seu sentido longitudinal, com ponto inicial em Touros (RN) e término em São José do Norte (RS).

Criado em 1992, o Museu da Escola Catarinense está instalado desde 2000 no antigo prédio que abrigou a Escola Normal Catarinense e a Faculdade de Educação e Ciências Humanas da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Além de um espaço educativo não formal, a instituição queria fortalecer o compromisso e a responsabilidade social da instituição de abrigar e contar a história da escola de Santa Catarina. Órgão suplementar superior vinculado à reitoria, funciona como centro de apoio à pesquisa científica sob a coordenação da professora e doutora Sandra Makowiecky. No alto de uma pequena colina, o monumental prédio em estilo neoclássico tem colunas gregas ornamentais.

O espaço interno é belo. A circulação dos visitantes ocorre em torno a um átrio central aberto e iluminado por claraboia. Toda a estrutura interna é de ferro, tanto as colunas, vigas, quanto a guarda corpo da escada e circulação superior, este ultimo todo trabalhado com desenhos de influência art déco. A edificação, restaurada em 2013, valoriza a paisagem urbana, por se localizar no eixo visual da rua Saldanha Marinho, via existente desde 1819, além de sua importância histórica para Florianópolis.

Das centenas de fotos coletadas na viagem, o curador Michel Poivert, crítico e historiador da arte, professor na Universidade de Paris 1 Panthéon Sorbonne, escolheu 30. Com o foco na vida, as imagens apontam para singularidades visuais, à diversidade sociocultural, interligam diferenças, semelhanças e contrastes. O trabalho estabelece um ponto de encontro entre a arte e a antropologia e inscreve-se nas discussões atuais sobre fotografia documental.

O edital Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais, voltado para pessoas do sexo feminino, teve abrangência nacional. Dez projetos foram contemplados com o objetivo de valorizar a prática de linguagens artísticas, a reflexão crítica e a profissionalização dos processos de gestão cultural. Realizado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, em parceria com o Ministério da Cultura e a Secretaria de Políticas para as Mulheres, contribui para o fomento, a difusão da expressão artística e o reconhecimento das mulheres nas artes visuais. O prêmio permitiu concluir a documentação fotográfica de Andrea Eichenberger realizada em diferentes etapas entre 2012 e 2014. 

 “A experiência do encontro situa-se no centro de minhas práticas e pesquisas artísticas. É a partir das trocas com o outro que procuro levantar questões sobre a existência humana e suas relações com o mundo, ora com um olhar poético, ora com um olhar crítico e político”, conta Andrea que estudou artes visuais com doutorado em antropologia visual realizado entre o Brasil e a França.

A viagem e a fotografia são considerados meios de aproximação aos lugares e às suas gentes, a estrada torna-se o palco de uma road trip marcada por histórias de vida que destacam a diversidade geográfica e socioeconômica brasileira.

A exposição é uma realização da Taramela com o apoio do Museu da Escola Catarinense/Universidade do Estado de Santa Catarina, Museu de Arte de Santa Catarina, Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina, Multicor, Festival Floripa na Foto, NProduções, Brandão Fotografia, Arpia, Navi e Espaço Tetê.

 

 

 

 

› FONTE: NProduções

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