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Infectologista dá orientações sobre vacinas e cuidados de saúde para viajantes

Publicado em 18/01/2016 Editoria: Saúde Comente!


Os turistas estão sempre atrás dos melhores destinos, e alguns deles podem apresentar algum problema de saúde durante a viagem, necessitando por vezes de internação, gastos adicionais, perda da viagem ou situações de risco de vida. De acordo com Jaime Rocha, infectologista e especialista em Medicina do Viajante do Lâmina Medicina Diagnóstica, os principais riscos a que um turista pode se expor estão ligados a diarreias, dengue, malária, hepatite A, tétano, raiva e doenças transmitidas por mosquitos em geral.

Rocha explica que a diarreia é a doença infecciosa mais frequente entre as pessoas que viajam pelo Brasil ou ao exterior. Também conhecida no meio médico com "diarreia do viajante", costuma ser causada pelo consumo de alimentos, água ou bebidas contaminados por bactérias, vírus ou protozoárias. "O atleta deve ser orientado a como avaliar ou preparar a água adequadamente para consumo e também a montar um kit de primeiros-socorros adequado para as necessidades individuais de cada pessoa", fala o médico.

O especialista lembra que o número de casos de dengue continua a aumentar no Brasil. Como não há vacina, o turista deve aprender tudo sobre os cuidados contra picada de mosquito, não somente em áreas rurais, mas também em grandes centros.

Em relação à malária, Rocha reforça que o risco real existe em diversos paraísos para os amantes do meio ambiente, como o Pantanal Norte e a Região Amazônica. A prevenção começa com os cuidados contra a picada do mosquito transmissor da doença até, em casos de maior risco, uso de medicações profiláticas. "Um erro comum é acreditar que a vacina contra febre amarela protege contra a malária. Estas são doenças muito diferentes", diz o infectologista.

Quanto à hepatite A, o médico descreve que é uma doença transmitida por água e por alimentos contaminados, com mortalidade de 3% para pessoas acima dos 50 anos. Como parte da prevenção está indicada a vacinação para quem não for imune.

Para o tétano, Rocha revela que todo viajante deve obrigatoriamente estar com seu esquema de vacina em dia. "Trata-se de uma doença relativamente rara atualmente, graças a uma excelente atividade das vacinas, mas ainda morrem centenas de pessoas vítimas desta grave infecção", fala. A bactéria do tétano pode ser adquirida através de acidentes, não somente prego enferrujado, mas qualquer trauma com cortes ou contusões em que ocorra contaminação com terra ou material fecal.

Rocha salienta que a raiva mata 100% dos indivíduos infectados, ou seja, mata toda pessoa que entrar em contato com o vírus da raiva e não receber tratamento adequado. Por isso, pessoas com alto risco de exposição devem considerar o esquema vacinal preventivo antes do acidente com animal, seja ele cachorro, raposa, morcego ou outros.

O especialista também lembra quais são as principais doenças transmitidas por picadas de mosquitos: malária, dengue, febre amarela e leishmaniose. A principal medida preventiva dessas doenças é evitar a picada de mosquitos, o que pode ser feito por meio de medidas como:

- evitar os períodos de circulação dos mosquitos da malária - início da manhã e final de tarde;

- utilizar roupas claras de mangas longas, calças compridas, camisetas/camisas dentro das calças;

- usar repelente à base de pemetrina em roupas, sapatos, redes, material de camping, repetindo a cada três lavagens;

- usar repelente na pele à base de DEET com concentração acima de 35%, repetindo sua aplicação a cada quatro horas, evitando contato com olhos e mucosas.

› FONTE: Talk Assessoria de Comunicação

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