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Enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde de São José são capacitados para aplicar teste rápido de HIV

Publicado em 30/09/2015 Editoria: Saúde Comente!


Foto: Daniel Pereira - Secom/PMSJ

Foto: Daniel Pereira - Secom/PMSJ

Os enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São José foram capacitados nesta segunda-feira (28) e terça-feira (29) para aplicar o teste rápido de HIV, Sífilis e Hepatite B e C em gestantes e seus companheiros. Os profissionais da saúde estão sendo treinados com o objetivo de descentralizar o serviço, que atualmente ocorre apenas nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) e que passará a ser realizados em todas as UBS até o final de outubro.

O procedimento é realizado com uma pipeta, que fura o dedo do paciente e colhe o sangue. Em seguida, é colocado no teste para análise em até 20 minutos, quando se pode ter o resultado de reagente ou não reagente. O resultado do HIV é imediato, já para o de Sífilis e de Hepatite B e C é necessário fazer uma nova coleta para ter 100% de certeza.

Segundo a diretora da Vigilância Epidemiológica de São José, Elaine Cristina da Cunha, a capacitação visa preparar os enfermeiros para aplicar o teste rápido na teoria e na prática, levando o serviço para a população mais próxima. "Precisamos que o teste rápido seja feito na gestante na primeira consulta do pré-natal, no centro de saúde mais próximo da residência da pessoa, para detecção mais precoce possível. Na atenção básica, a prioridade é das gestantes e parceiros, para prevenir que a doença seja transmitida para o recém-nascido", explica a diretora.

De acordo com a professora da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Maria Luiza Bazzo, que ministrou uma palestra sobre os testes rápidos, pretende-se que até 2020, 90% das pessoas infectadas conheçam o seu estado de saúde para serem tratadas imediatamente. Santa Catarina é um dos Estados que tem um número elevado de pessoas com HIV, por isso o teste rápido deve ser realizado em pronto atendimento e, com o resultado em mãos, o paciente pode tomar as decisões rapidamente.

"O procedimento faz parte da política de acesso do diagnóstico da infecção pelo HIV para toda a população, especialmente em pronto atendimento, emergências e maternidades. O teste rápido feito durante o pré-natal permite que seja usada medicação durante o parto e, após o nascimento, o bebê já recebe uma dose de xarope, reduzindo as possibilidades de contrair o HIV", afirma a professora.

"O impulso maior ocorreu a partir de 2009, quando política da saúde brasileira compreendeu que quanto mais pessoas conhecerem o seu estado sorológico, mais rápido elas podem iniciar o tratamento. O sistema imune dessas pessoas é preservado, elas vão adoecer menos e viver com a infecção do HIV AIDS por muitos anos com uma boa qualidade de vida", complementa Maria Luiza.

› FONTE: Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de São José

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