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Vício em pornografia pode afetar o desempenho sexual

Publicado em 25/06/2015 Editoria: Saúde Comente!


foto divulgação

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Assim como qualquer droga a pornografia é capaz de causar dependência, bem como afetar a nossa vida cotidiana.

 

A internet é uma aliada deste vício, pois os acessos aos conteúdos estão liberados para todos aqueles que querem sentir prazer imediato e isso facilita para que algumas pessoas se tornem viciadas. Além da internet, revistas pornôs também ajudam a manter o vício da pessoa. De acordo com a especialista em Psicologia Comportamental e doutoranda em Psicologia, Letícia Guedes da Clínica Vivencialle, pesquisas apontam que uma das variáveis que levam homens a apresentar uma disfunção erétil (impotência sexual) é o uso desenfreado da pornografia, podendo ocasionar problemas no desempenho sexual.

 

“O individuo que busca por prazer sexual fazendo uso dos conteúdos, pode ser induzido ao vício e causar transtornos sexuais. A ideia fixada por pornografia também pode auxiliar na manutenção da disfunção erétil, impedindo que o seu desempenho sexual seja normal. É preciso entender como se define a pornografia, como ela pode influenciar a nossa percepção da sexualidade, interferir no nosso desejo e como ela afeta a vida sexual dos indivíduos. Alguns homens são afetados pelo vício em pornografia e quanto mais eles têm acesso a conteúdos “esdrúxulos” mais sentem dificuldades de sentir prazer”, afirma.

 

Para a psicóloga, os desejos sexuais fogem do comum e o uso da imaginação por sexos diferentes podem ocorrer naturalmente sem que o individuo perceba. “Muitas vezes o gosto pelo “anormal” toma conta da sua imaginação e o sexo entre ele e um ser humano não dá tanto prazer como o criado em sua imaginação. A falta de prazer pode contribuir para quadros como o da disfunção erétil”, explica Letícia.

 

Como a pornografia age no cérebro

O vício por pornografia age no cérebro de forma incontrolável e silenciosa, podendo provocar sintomas como a perda de controle, a compulsão na busca de atividades relacionadas ao vício e até mesmo a síndrome da abstinência. “O cérebro passa por alterações drásticas em sua estrutura após ficar por muito tempo exposto somente por um conteúdo, precisamos exercitá-lo com outras informações e que sejam prazerosas.

 

O cérebro libera uma substância chamada dopamina que desempenha uma série de funções, incluindo prazer, recompensa, movimento, memória e atenção. Então, quanto mais liberamos essa substância prazerosa, mais iremos querer repeti-la para termos aquela sensação gostosa e relaxante, sendo assim, o vício parte desta influência”, ressalta a psicóloga.

 

Dependência

 A dependência pela pornografia pode estabelecer sérios riscos ao desempenho sexual, pois quanto mais tempo passamos dedicados a liberar a dopamina, maior será a quantidade da substância liberada em nosso corpo. Essa liberação pode reforçar nosso comportamento e nos induzir a querer mais da substância, fazendo com que o corpo necessite sempre da pornografia para satisfazer e nos dar uma sensação prazerosa. Assim, induz nosso cérebro de que somente sentiremos prazer ou bem estar quando visualizamos a pornografia.

Os estímulos visuais – provenientes da pornografia – alteram as reações do organismo, fazendo com que o orgasmo não seja cometido no ato sexual. “O individuo tem dificuldade e não se sente estimulado pela realidade, fica menos atraído pelo parceiro (a) real e por muitas vezes necessita visualizar imagens na hora do sexo para ter orgasmo com o companheiro (a)”, esclarece Dra. Letícia.

 

 Tratamento

Sessões com acompanhamento psicológico podem amenizar o problema, mas é necessário esforço para não manter contato com conteúdos pornográficos. Permanecer longe de computadores, revistas, filmes que contém pornografias também pode ajudar no tratamento. “O melhor é evitar os maus hábitos e tentar desenvolver outros mais saudáveis e prazerosos. Faça atividade física, procure se distrair saindo com os amigos, lendo um livro, o convívio com os familiares também é importante. Ressalto que muitas pessoas utilizam a pornografia como uma válvula de escape, usando os conteúdos porque estão entediados, estressados ou até mesmo solitários.

 

Como o conteúdo faz sentir prazer, toda vez que a pessoa necessitar de um desses sentimentos, ela irá procurar na pornografia uma saída. Buscar ajuda é importante, os pais devem prestar atenção nos filhos que não possuem relacionamentos amorosos, gostam de ficar no computador por muitas horas seguidas e que não possuem convívio familiar, esses são os primeiros indícios de que algo errado está acontecendo com seu filho”, diz a psicóloga.

 

› FONTE: Lara Caetano/ UP Assessoria de Comunicação

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