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Deputados debatem subfinanciamento da saúde pública

Publicado em 19/02/2015 Editoria: Política Comente!


foto: Eduardo Guedes

foto: Eduardo Guedes

As mortes do médico Oscar Leitão Filho (87), em Blumenau, e do ex-goleiro do Criciúma Esporte Clube, Alexandre Pandóssio (53), em Balnéario Rincão, desencadearam criticas ao subfinanciamento da saúde na sessão ordinária desta quarta-feira (18).

Para Fernando Coruja (PMDB), a União praticou o “desfinanciamento” da saúde. “Havia uma correção de um percentual e a cada ano ocorria um gato na aplicação do recurso, a União não aplicava mais o que aplicava no passado”, descreveu Coruja, aludindo ao fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, quando acompanhou a execução orçamentária da União na condição de deputado federal.

Coruja denunciou que em 2014 a União deixou de gastar R$ 10 bilhões orçados para a saúde. “Falta investimento por parte do governo federal, a lei fixou um percentual para estados e municípios, mas não fixou para a União, que tem tirado o time de campo”, lamentou o parlamentar.

Luiz Fernando Vampiro (PMDB) citou o caso do goleiro Alexandre Pandóssio, vítima de ataque cardíaco enquanto jogava futevôlei, em Balneário Rincão. “Não tinha ambulância do Samu, o Corpo de Bombeiros atendeu e no caminho precisou fazer um baldeamento para a ambulância do Samu e sofreu outra parada”, descreveu Vampiro, deplorando a perda do ídolo da nação carvoeira, goleiro da conquista da Copa do Brasil de 1991.

Valmir Comin (PP) criticou a carência estrutural da saúde pública e privada em Balneário Rincão. “O município tem 12 mil moradores fixos, mas na temporada chega a 200 mil, com o mesmo atendimento é humanamente impossível”, concluiu Comin, acrescentando que o Samu levou 40 minutos entre Criciúma e o balneário.

Vicente Caropreso (PSDB) sugeriu pressionar os governos. “Se não apertarmos os governos federal e estadual mais cedo ou mais tarde vamos entrar em uma era de caos”, previu o parlamentar, citando como exemplo as UPAs, cuja construção é incentivada pela União. “Tem repasse para construção, para equipamentos, mas não tem verba para manutenção, muitas vezes de mais de R$ 1 milhão por mês”, explicou o representante de Jaraguá do Sul.

Caropreso também lastimou a morte do “Dr. Leitão”, como era chamado Oscar Leitão Filho, médico pediatra radicado em Blumenau. “Era um devotado amante da pediatria, foi o meu pediatra, praticava medicina do jeito que a gente pede pelo amor de Deus aos médicos que pratiquem hoje, sem distinção de classe, com bondade, um exemplo que temos de seguir”, concluiu.

 

 

 

› FONTE: ALESC

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