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Desafios e tendências na maior feira de varejo do mundo

Publicado em 12/01/2015 Editoria: Economia Comente!


foto: Divulgação

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"O consumo está em disrupção". A afirmativa, do presidente da Federação Nacional de Varejo norte-americana (NRF, na sigla em inglês), Stephen Sadove, foi proferida na abertura da edição 2015 do Retail&39;s Big Show, a maior feira de varejo do mundo (de 11 a 13 de janeiro, em Nova York), e dá o tom do tamanho do desafio que os empresários do setor enfrentarão pela frente. 

Mudanças no comportamento dos consumidores, novos canais de venda e até mesmo novos tipos de comercialização de produtos deixam evidente o fato de que as habilidades necessárias para tocar uma empresa no passado são diferentes das exigidas atualmente; a capacidade para mudar, e se reinventar, passa a ser a chave para um negócio de sucesso. 

A presença de mais de 30 mil empresários nesta edição da feira indica a busca de um caminho a seguir em meio a tantas novidades - destes, 1.877 são brasileiros.

"Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil possui o maior número de participantes no evento da NRF. É a prova de que o nosso varejo está atento à necessidade de mudança, já que esta feira reúne os principais personagens do varejo mundial e discute as principais tendências para o setor", afirma o diretor-executivo da Fecomércio SC e secretário geral da CNC, Marcos Arzua.

As estratégias para alcançar e fidelizar os consumidores passam por gerar experiências, e a tecnologia é uma grande aliada neste processo.

Big data, 3D e outras tecnologias de ponta que já são amplamente utilizadas por profissionais do Esporte para proporcionar ao fã a sensação de proximidade e intimidade com seus times foram debatidas na primeira apresentação do evento, que reuniu especialistas em esportes, entre eles o auxiliar-técnico da seleção da Alemanha, Oliver Bierhoff, e o presidente da NBA, Mark Tatum.

Em pauta, a transformação de torcedores em fãs apaixonados, verdadeiros embaixadores de uma marca - um processo de fidelização é similar ao que o comércio deve adotar com seus clientes, sobretudo no momento em que o varejo, hoje totalmente globalizado, possui concorrentes cada vez mais preparados e agressivos em suas práticas e preços.

Proteção da imagem

Em sua participação na palestra "Produtos Saudáveis / Negócio Saudável: a nova moeda para varejistas e marcas globais", o vice-presidente de Merchandising da CVS, uma das maiores redes de drogarias dos Estados Unidos, Grant Pill, falou sobre a decisão de interromper a venda de cigarros em suas lojas, abrindo mão de uma receita de aproximadamente US$ 2 bilhões/ano, mas protegendo a imagem da marca e posicionando-a como uma companhia relacionada à saúde.

A busca por uma vida mais saudável é comum em diferentes perfis de consumidores, da Geração "Millenials", que tem entre 15 e 30 anos, aos "Baby Boomers", nascidos na década de 1960.

A tendência já tinha sido observada pela delegação catarinense durante as visitas técnicas realizadas antes do início da feira, quando o grupo foi recebido por executivos da Duane Reade, uma cadeia de farmácias que incorporou o conceito de loja de conveniências à operação e tem grande parte das lojas reservada à venda de alimentos naturais, como saladas frescas, frutas e sucos feitos na hora com frutas naturais.

Shoppings em alta

Executivos de grandes marcas do varejo internacional, como Sacks e GAP, participaram do painel "A La Mode - Por que os Shopping Centers estão em alta ao redor do mundo".

Segundo os executivos americanos, quando feito corretamente, o negócio Shopping possui uma magia que o torna tão atrativo. Apesar da afirmação, os palestrantes demonstraram cautela para falar do negócio, e usaram termos como "flexibilização" de formatos e estratégias de gestão como um dos pontos essenciais para um shopping bem-sucedido.

Para eles, atualmente, a grande tendência é buscar as cidades ou regiões que estejam vivenciando um alto crescimento para instalar seus negócios. A China, cujo mercado foi descrito como "muito dinâmico e entusiasmante", é o principal país a despertar o interesse dos varejistas de marcas globais, além de Japão e México.

O Brasil, sobretudo em sua região Nordeste, é visto como um mercado atrativo, mas o País não está nas intenções de investimento de nenhum dos executivos participantes do painel, que enxergam um cenário de desaceleração da economia. Além disso, as altas taxas de importação, um mercado com muita regulação e a insegurança jurídica estão entre as razões para o baixo interesse gerado pelo Brasil.

 

 

› FONTE: Fecomércio

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