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Vendas a prazo crescem 3,87% em novembro, mas caem 0,37% no acumulado do ano

Publicado em 04/12/2014 Editoria: Economia Comente!


foto: Divulgação

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Para o SPC Brasil, injeção de 13º salário e realização do &39;Black Friday&39; nas lojas físicas não foram suficientes para impulsionar vendas em novembro na comparação mensal.

As consultas para vendas a prazo, que sinalizam o ritmo de atividade no comércio, aceleraram no último mês de novembro com alta de 3,87% frente ao mesmo período do ano passado, segundo dados do indicador mensal calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

O resultado supera a alta de 2,60% apresentada em novembro de 2013, mas fica abaixo da variação positiva de 8,26% registrada no mesmo mês de 2012.

A expansão pontual da atividade varejista no mês de novembro, contudo, não foi suficiente para reverter a tendência de desaquecimento das vendas parceladas no comércio ao longo deste ano (veja o gráfico abaixo). Dados do acumulado de 2014 mostram que nos últimos 11 meses, frente ao mesmo período do ano passado, as consultas para vendas a prazo caíram 0,37%.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o resultado positivo apresentado pelo mês novembro destoa das variações negativas e dos crescimentos modestos registrados nos meses anteriores.

A economista afirma ainda que a retração nas vendas acumuladas do ano é consequência da economia em declínio, "influenciada principalmente pela elevação dos juros cobrados pelos credores, pela persistência da inflação no limite da meta, pelo menor crescimento da renda dos trabalhadores e pelo maior rigor na concessão de crédito".

Na avaliação de economistas do SPC Brasil, o brasileiro está com o &39;pé no freio&39; quando o assunto é consumo. "Com a confiança do consumidor em baixa e com os bancos e comércio mais criteriosos na concessão de financiamentos, é mais fraca a evolução do crédito na economia. Além disso, o apetite do consumidor para contrair novas dívidas está em desaceleração, uma vez que seus gastos e pendências já atingiram o limite", explica a economista.

Comparação Mensal

Em relação a outubro deste ano, sem ajuste sazonal, as consultas para vendas parceladas se mantiveram praticamente estáveis e cresceram 0,04%.Segundo os economistas do SPC, o resultado verificado na passagem de outubro para novembro reforça o cenário de baixa.

Mesmo com o pagamento do 13º salário, proximidade do Natal e avanço das ofertas em lojas físicas que começam a acompanhar os descontos online da Black Friday, as consultas mostraram um avanço modesto. Além disso, é preciso ponderar o chamado &39;efeito calendário&39;: novembro teve menos dias do que outubro, o que desfavorece as vendas a prazo.

 

 

› FONTE: SPC

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