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Desaceleração econômica chega ao setor de serviços

Publicado em 22/10/2014 Editoria: Economia Comente!


foto: Em Santa Catarina, os serviços de informação e comunicação, como os de telemarketing, cresceram 12,1% em 12 meses

foto: Em Santa Catarina, os serviços de informação e comunicação, como os de telemarketing, cresceram 12,1% em 12 meses

Os resultados dos últimos meses da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE, indicam que a desaceleração econômica brasileira chegou ao último elo da cadeia econômica, o setor de serviços. Até então, a forte inflação do setor servia como maneira de compensar os aumentos dos custos de produção.

Entretanto, com o aprofundamento dos problemas da economia, os serviços passaram a também não conseguir repassar os custos para os preços, gerando desaceleração em seu faturamento.

Em Santa Catarina, no mês de agosto, a receita nominal do setor de serviços cresceu 7,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

No acumulado de 12 meses, a receita ficou em 10,8%. Nos serviços prestados à família, o crescimento catarinense acumulado em 12 meses foi de 10,1%; serviços de informação e comunicação, 12,1%; serviços profissionais, administrativos e complementares também registraram aumento de 12,1%; Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, 8,8%; e outros serviços 15,4%. 

Brasil 

Em agosto, o setor de serviços registrou, no Brasil, um crescimento nominal de 4,5% na comparação com agosto de 2013, inferior às taxas observadas em julho (4,6%) e junho (5,8%). Este resultado é o menor desde o início da série.

Os serviços prestados às famílias registraram crescimento de 9%; os serviços de informação e comunicação, de 1,7%; os serviços profissionais, administrativos e complementares, de 7,9%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, de 3,2%; e outros serviços, de 10,6%. O crescimento nominal acumulado no ano e o acumulado em 12 meses foram 6,7% e 7,4% respectivamente, também as menores taxas na série.

O resultado de 1,7% registrado nos Serviços de Informação e comunicação (inferior às variações de 2,1% de julho e 5,7% de junho) combinado com o resultado de 3,2%, registrado nos Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (inferior às variações de 4,6% de julho e 4,7% de junho) foram os fatores que contribuíram para que o resultado do mês de agosto se situasse em um patamar inferior aos dos meses anteriores.

O setor de serviços sofre os impactos da desaceleração do comércio (que caiu -6,0% em agosto 2014, comparado com agosto de 2013) e da indústria que no acumulado de 2014 recuou -3,1% no Brasil e -2,4% em Santa Catarina, segundo dados do IBGE. A atividade industrial do país anda junto com o setor de serviços. 

Descolamento

O resultado do mês de agosto também chama atenção para o fato de já ser o sexto mês consecutivo que o faturamento cresce abaixo da inflação do setor no país.

Em agosto, o IPCA dos serviços foi de 8,44% no acumulado de 12 meses. Esse descolamento é uma resposta à desaceleração da produção do país, que se intensificou no segundo trimestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) de serviços encolheu 0,5% na comparação com o trimestre anterior.

A inflação dos serviços tem perspectiva de perder força nos próximos meses, entretanto isso deve ser relativizado, haja vista que os mesmos fatores que farão os preços cair agem para reduzir o faturamento. A estagnação do mercado de trabalho e do nível de renda poderão deprimir o consumo das famílias. Isso vai afetar o núcleo que está crescendo com mais força atualmente, aquele composto pelo faturamento das empresas que prestam serviços às famílias.

 

 

› FONTE: Fecomércio

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