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Indústria de SC se mobiliza para seguir dinamismo do setor elétrico

Publicado em 02/10/2014 Editoria: Economia Comente!


foto: Presidente da FIESC, Glauco José Côrte, defendeu a capacitação dos trabalhadores.- Heraldo Carnieri

foto: Presidente da FIESC, Glauco José Côrte, defendeu a capacitação dos trabalhadores.- Heraldo Carnieri

Painel promovido pela FIESC revelou potencialidades e desafios do setor no Estado. PDIC terá sua primeira rota de crescimento setorial lançada nesta sexta-feira, em Joinville.

A indústria da energia é um segmento central para a economia, com muitas possibilidades de crescimento e no qual Santa Catarina se destaca pela alta produtividade. Estas são algumas das conclusões de industriais e especialistas reunidos no painel sobre o setor, promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) nestas quarta e quinta-feiras (1º e 2) em Florianópolis.

Durante o evento, os participantes conheceram estudo econômico que mostra que ganhos de produtividade obtidos neste segmento beneficiam toda a economia, contribuindo para reduzir índices de inflação e taxas de juros, entre outros impactos. O material também revelou que o setor de utilities, que abrange os segmentos de energia elétrica, gás e água, responde por 6% do PIB catarinense, contra uma representatividade de 3% no Brasil. O painel integra o Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense, (PDIC 2022), que é desenvolvido pela FIESC, em associação com universidades e centros de pesquisa.

Segundo os participantes, a boa oferta de cursos técnicos e de graduação na área contribui para a força do setor no Estado. "Um dos nossos objetivos é termos trabalhadores com níveis de escolaridade melhor, trabalhadores mais produtivos e que possam, a partir da sua capacitação, ter uma perspectiva de carreira mais promissora na própria empresa", afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.

De acordo o IBGE, o subsegmento de fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, tem produtividade média anual de R$ 117 mil por trabalhador em Santa Catarina, contra R$ 93 mil no Brasil. Os estudos apresentados mostram também que em Blumenau estão 12% dos estabelecimentos, enquanto Jaraguá do Sul concentra 15% dos empregos do setor como um todo.

Entre as oportunidades apontadas para o futuro do setor no Estado está o aumento da geração local via pequenas centrais elétricas e parques eólicos, solares e a carvão. Este potencial de avanço, no entanto, esbarra na complexidade e morosidade do processo de obtenção de licenças para estes empreendimentos. As visões de futuro, e os empecilhos para seu atingimento, servirão como base para a atuação da FIESC e suas entidades. A Federação defenderá ainda estas questões junto aos governos e a sociedade organizada.

"A visão é setorial, mas a maioria das ações é local", defendeu Carlos Henrique Ramos Fonseca, diretor da FIESC.

Outro caminho promissor apontado para o segmento é o da eficiência energética, seja através do desenvolvimento de redes inteligentes e motores mais econômicos, seja pelo reprojeto de usinas antigas. Há casos de hidrelétricas que, após atualização de equipamentos e otimização de projeto, tiveram a capacidade de geração triplicada.

Neste sentido, as indústrias de Santa Catarina já contam com serviços especializados oferecidos pelo SENAI, com abordagem econômica, técnica e de gestão. Entre as atividades estão a análise de viabilidade econômica na opção entre mercado livre e cativo, identificação de perdas e avaliação luminotécnica.

PDIC - As ações propostas para contornar os fatores críticos e embarcar nas tendências serão utilizadas na construção de rotas de crescimento para o setor até 2022. Além do segmento de energia, o programa integra outros 15 setores produtivos da economia catarinense. O debate continua na internet, onde foi lançado um ambiente colaborativo. Nele, as demais empresas do setor podem participar da troca de experiências e ajudar na construção do conhecimento. Os interessados devem acessar o endereçofiescnet.com.br/rotasestrategicas e se cadastrar.

O PDIC propõe ações futuras e promove, no longo prazo, uma dinâmica de prosperidade industrial. A primeira rota setorial será lançada nesta sexta-feira (3) em Joinville, com dados e projeções para os setores metalmecânico e de metalurgia. O programa pretende formular, até o início de 2015, um Masterplan com os principais pontos críticos que afetam o desenvolvimento da indústria no Estado.

 


 

 

› FONTE: FIESC

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