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PIB cresce 1,5% no segundo trimestre

Publicado em 02/09/2013 Editoria: Economia Comente!


O PIB brasileiro no segundo trimestre de 2013, na comparação com o primeiro trimestre de 2013, cresceu 1,5% na série com ajuste sazonal. O destaque foi para agropecuária (crescimento de 3,9% no volume de valor adicionado), seguida por indústria (2,0%) e serviços (0,8%). O setor comércio apresentou elevação de 1,7%. Na comparação com o segundo trimestre de 2012, o PIB cresceu 3,3%, com destaque para agropecuária (13,0%) seguida por indústria (2,8%) e serviços (2,4%).

No acumulado nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2013 (12 meses), o crescimento foi de 1,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No primeiro semestre, o PIB apresentou uma expansão de 2,6% em relação a igual período de 2012. O PIB em valores correntes alcançou R$ 1,2 trilhão no segundo trimestre.

Esta é a maior alta desde o primeiro trimestre de 2010. O resultado deve-se, em grande parte, ao bom resultado da agropecuária que apresentou safra recorde, acompanhada por uma elevação dos preços agrícolas, tendo em vista que a produção de grãos dos Estados Unidos (a maior do mundo) foi pequena por causa de uma severa estiagem. O segundo trimestre também coincide com o período de comercialização da safra agrícola 2012/13.

Serviços em alta

Quanto ao setor dos serviços, o crescimento é expressivo tendo em conta os resultados dos semestres anteriores: 0,3% no terceiro semestre de 2012; 0,7% no quarto semestre de 2012; 0,5% no primeiro semestre de 2013 e 0,8% no segundo semestre de 2012. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, todas as atividades que o compõem registraram variações positivas. Destaque para o crescimento de 3,5% do comércio (atacadista e varejista) e de 2,7% tanto dos serviços de informação como de transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros) e também dos outros serviços. A atividade de serviços imobiliários e aluguel cresceram 2,1%, enquanto que intermediação financeira e seguros e administração, saúde e educação pública cresceram, ambas, 1,5%.

Pela ótica do gasto, a despesa de consumo das famílias e a despesa de consumo da administração pública apresentaram pequeno crescimento em relação ao primeiro trimestre do ano (0,3% e 0,5%, respectivamente). Contudo, o destaque positivo na demanda interna ficou por conta da formação bruta de capital fixo (FBCF), com crescimento de 3,6%. No que se refere ao setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 6,9%, enquanto que as importações aumentaram em menor ritmo: 0,6%.

Real desvalorizado ajuda

Dois são os elementos que explicam esse crescimento, em primeiro lugar a situação da agropecuária e, na sequência, a desvalorização do Real que permitiu à indústria recuperar sua produtividade. Porém, o mesmo movimento da moeda gera pressões inflacionárias que contribuem para o modesto crescimento do consumo das famílias e podem afetar o crescimento do próximo trimestre.

Fator importante também a ser destacado é a recuperação pelo terceiro trimestre consecutivo da formação bruta de capital fixo (FBCF), o que aponta para uma recuperação do investimento na economia nacional. Entretanto tal fato deve ser relativizado, já que ao olharmos os desembolsos do BNDES – principal banco a financiar investimentos de longo prazo no Brasil –, podemos perceber que os empréstimos concentram-se na aquisição de tratores, colheitadeiras e caminhões, o que tem relação direta com a safra agrícola e não com uma recuperação sistemática da produtividade dos amplos setores da economia.

Desta maneira, é muito difícil identificar uma tendência para o PIB, que deve oscilar bastante no decorrer do ano, com um terceiro trimestre provavelmente fraco, em função da menor atividade agrícola, e uma economia ainda bastante vulnerável a possíveis instabilidades externas.

› FONTE: Fecomércio-SC

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