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Justiça aceita denúncia contra ex-diretor da Petrobras

Publicado em 25/04/2014 Editoria: Política Comente!


Paulo Roberto, à direita, assina nas costas da presidenta Dilma em batizado de plataforma de petróleo em Angra dos Reis - Roberto Stuckert Filho/PR

Paulo Roberto, à direita, assina nas costas da presidenta Dilma em batizado de plataforma de petróleo em Angra dos Reis - Roberto Stuckert Filho/PR

Paulo Roberto Costa é apontado pelo MPF como um dos chefes de quadrilha acusada de movimentar R$ 10 bilhões com lavagem de dinheiro. Em carta, ele diz ter sido ameaçado dentro de sua cela, em Curitiba.

A Justiça Federal do Paraná aceitou, nesta sexta-feira (25), denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso há um mês na Operação Lava-Jato. Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, Paulo Roberto é apontado pelos procuradores como um dos chefes de uma quadrilha acusada de movimentar mais de R$ 10 bilhões por meio de um esquema de lavagem de dinheiro. Além dele e doleiro Alberto Youssef, apontado como líder da organização, outras 16 pessoas foram denunciadas à Justiça.

O Ministério Público acusa o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras de usar empresas de fachada, controladas por Youssef, para lavar dinheiro. De acordo com a denúncia, as irregularidades ocorreram nas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, por meio de pagamento de contratos superfaturados a empresas que prestaram serviço direta ou indiretamente à estatal, entre 2009 e 2014. Orçado inicialmente em R$ 2,5 bilhões inicialmente, o custo da obra saltou para R$ 20 bilhões.

Na condição de conselheiro de administração da unidade, Paulo Roberto era o responsável pelos projetos técnicos para a construção de refinarias da estatal e pela fiscalização da execução dos aspectos técnicos do projeto.

Em carta divulgada por meio de seu advogado, nesta sexta, o ex-diretor da Petrobras diz temer ser enviado ao presídio de Catanduvas (PR). No texto, divulgado pelo site Conjur, Paulo Roberto escreveu que foi ameaçado por agentes da Polícia Federal em sua cela, na carceragem da PF na capital paranaense.

“No último sábado à noite, fui ameaçado por um agente da PF na minha cela. Ele disse que eu estava criando muita confusão junto com meu advogado Quirino sobre o pedido para tomar banho e caminhar no feriado. Com certeza, isto foi um recado do delegado. E que e eu estava dando um tiro no meu pé. E desta maneira seria transferido para Catanduvas. Pode isso?”, escreveu Paulo Roberto.

O ex-diretor da Petrobras tenta a transferência para o Rio, onde mora. Até agora, o juiz que acompanha o caso, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) negaram o pedido. A defesa alega que o engenheiro está em “situação cruel e degradante”, sem banho e contato com a luz do sol aos finais de semana.

 

 

 

› FONTE: Congresso em Foco

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