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Marcha dos Elefantes critica a gestão da segurança pública no Brasil

Publicado em 12/03/2014 Editoria: Polícia Comente!


foto: Divulgação

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Nesta quarta-feira, 12, centenas de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal vão acompanhar a Marcha dos Elefantes Brancos, na Esplanada dos Ministérios em Brasília/DF, num protesto contra a péssima gestão da segurança pública brasileira.

Os agentes federais reclamam que estão sofrendo um boicote, pois suas atribuições de nível superior não são reconhecidas, e há cinco anos sofrem um congelamento salarial, considerado por muitos policiais um castigo pelas grandes operações anticorrupção que abalaram os bastidores do governo.

Os sindicatos reclamam que a segurança pública não tem sido tratada como uma prioridade pelo atual governo, e protestam contra a indicação política de chefes sem experiência verdadeiramente policial. Segundo os manifestantes, os gestores da segurança pública brasileira são geralmente burocratas, grandes responsáveis pelo aumento da violência e criminalidade no país.

Estudo do pesquisador Julio Waiselisz, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (CEBELA), critica a escassez de fontes de pesquisa oficiais sobre a violência no país, um retrato do descaso com a Segurança Pública, e mostra que o Brasil possui o maior número de homicídios por armas de fogo do mundo.

Estatisticamente, a probabilidade de um brasileiro ser assassinado por armas de fogo é maior que em países com guerras civis. E, em números absolutos, 38.892 em 2010, o número é superior à média anual de conflitos como o da Chechênia (25 mil), entre 1994 e 1996, e da guerra civil de Angola (1975-2002), com 20,3 mil mortos ao ano.

O pesquisador Julio Waiselisz cita estatísticas do Conselho Nacional do Ministério Público, e alerta que uma das razões para a epidemia de violência no país é a impunidade. Por conta de um modelo policial herdado do Brasil Império, o índice geral de elucidação de crimes no Brasil é baixíssimo, estimado entre 5 a 8%.

Em 2013, 115 agentes federais abandonaram a Polícia Federal. As causas apontadas pelos ex-policiais são a perda do poder aquisitivo por conta de um congelamento salarial de cinco anos, e as péssimas condições de trabalho. Os locais mais prejudicados são as unidades de fronteira, que possuem o foco no combate ao tráfico internacional de drogas e armas.

A sensação de insegurança do brasileiro disparou nos últimos anos por conta da epidemia de violência, comandada pelo crime organizado. Porém, dados oficiais do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) mostram que, entre 2002 e 2012, os investimentos aplicados na Polícia Federal caíram quatro vezes.

 

› FONTE: Assessoria Polícia Federal

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