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Marcos Feliciano sai e PT assume Comissão de Direitos Humanos

Publicado em 19/02/2014 Editoria: Política Comente!


foto: Passagem de Marcos Feliciano pela Comissão de Direitos Humanos foi conturbada - Divulgação

foto: Passagem de Marcos Feliciano pela Comissão de Direitos Humanos foi conturbada - Divulgação

Partido de Feliciano vai ficar com o colegiado menos prestigiado da Casa, o de Legislação Participativa. Petistas, além da CDH, ficaram com as comissões de Constituição e Justiça e Seguridade Social e Família.

Os líderes partidários definiram nesta terça-feira (18) a divisão das 22 comissões permanentes das Câmara. Como resultado, o PT, maior bancada da Casa, recuperou o domínio sobre a área de direitos humanos, principal crítica feita à bancada petista no ano passado, quando o PSC ficou com a Comissão de Direitos Humanos (CDH) e indicou o deputado Pastor Marcos Feliciano(PSC-SP).

Além de assumir a presidência do colegiado que trata de temas como índios, quilombolas, homossexuais e violência, o PT deixou o PSC isolado.

O partido de Feliciano ficou com a comissão menos desejada da Casa, a de Legislação Participativa. O PSC pleiteava dirigir a de Turismo, criada este ano para acomodar novas legendas recém-formadas. É a segunda consecutiva vez que a Câmara aumenta o número de comissões temáticas.

Os cinco maiores partidos terão a presidência da maioria das 22 comissões da Câmara. PT e PMDB terão três, seguidos por PSDB, PSD e PP, com duas. O colegiado mais importante da Casa fica com os petistas. É pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que precisam passar todos os projetos da Casa. A segunda comissão mais importante, a de Finanças e Tributação, que trata de todas as propostas envolvendo orçamento, estará nas mãos do PMDB.

Sempre a última

Apesar do apelo popular, os deputados resistem a ocupar a Comissão de Legislação Participativa (CLP). Como acontece todos os anos, ela é a última a ser escolhida pelos parlamentares. No ano passado, a CDH foi a penúltima a ser escolhida.

E aí ficou com o PSC, que elegeu Feliciano, pastor evangélico e defensor de posições conservadoras. A polêmica com homossexuais impulsionou a visibilidade do deputado, antes um desconhecido, e o partido decidiu enfrentar o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a não deixar o cargo até o fim ano, mesmo com os protestos de ativistas do movimento LGBT.

O desprestígio da CLP pode ser exemplificado por um fato dos corredores do Congresso. Numa conversa no início do ano passado, a deputada do PT Érika Kokay (DF) queixava-se com o deputado evangélico Lincoln Portela (PR-MG), presidente da Comissão de Legislação Participativa, sobre a escolha de Feliciano para a comissão de Direitos Humanos.

Em dado momento, Érika diz que Portela era um evangélico aberto ao diálogo e poderia muito bem estar no lugar de Feliciano. De pronto, o deputado emendou: “A Comissão de Legislação Participativa está de portas abertas”. Érika não respondeu.

Veja a lista dos partidos que assumirão a presidência das comissões

PARTIDOS NO COMANDO

Comissão

Partido

Constituição e Justiça

PT

Finanças e Tributação

PMDB

Agricultura

PR

Amazônia e Integração Nacional

Pros

Ciência Tecnologia

PSDB

Cultura

PCdoB

Defesa do Consumidor

PSD

Desenvolvimento Econômico

SDD

Desenvolvimento Urbano

PMDB

Desporto

PDT

Direitos Humanos

PT

Educação

PSB

Fiscalização Financeira

PMDB

Legislação Participativa

PSC

Meio Ambiente

PPS-PV

Minas e Energia

PSD

Relações Exteriores

PSDB

Segurança Pública

DEM

Seguridade Social e Família

PT

Trabalho e Serviço Público

PP

Turismo

PP

Viação e Transportes

PTB

 

› FONTE: Congresso em Foco

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