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Governo resiste em aprovar lei contra terrorismo antes da Copa

Publicado em 23/12/2013 Editoria: Política Comente!


foto: Divulgação

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Apesar da pressão internacional e do desejo dos órgãos de inteligência e investigação brasileiros, o governo resiste a aprovar uma legislação específica e reativa contra o terrorismo antes da Copa 2014.

Depois dos protestos de junho, aumentou ainda mais o temor de alas do governo de que uma nova legislação classifique como atos terroristas crimes como dano ao patrimônio, agressão e desacato.

Para o serviço secreto brasileiro, contudo, o ideal seria ter já para a Copa uma lei mais preventiva que reativa.

"Se eu tivesse que decidir, fosse um ato voluntário, acho que seria muito importante ter uma lei específica, porque é um fenômeno mundial", afirma Wilson Trezza, chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Trezza pondera que no Brasil é possível punir um ato terrorista com as leis atuais, mas observa que há países onde uma pessoa pode ser chamada a prestar esclarecimentos se comprar panelas e pregos.

O maior receio em relação à lei antiterrorismo dentro do governo ecoa de órgãos como o Ministério da Justiça –apesar de policiais federais, que são subordinados à pasta, já terem declarado mais de uma vez a necessidade de acelerar a tramitação dessa lei.

Se o governo tiver interesse, é possível aprovar no Congresso um projeto antes do mundial de futebol. Pelo menos 12 propostas específicas que tipificam terrorismo como crime tramitam na Câmara e no Senado.

A mais avançada delas já foi aprovada por uma comissão mista e basta passar pelos plenários das duas Casas para virar lei.

Especialistas acreditam que o caminho para o consenso possa ser uma lei que defina apenas atos terroristas. "Se um integrante de um movimento como o dos sem-terra for enquadrado, o punido é ele, não o grupo", diz o professor Marcus Reis, especialista no tema.

 

 

 

 

 

› FONTE: folha uol

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