Tecnologia, flexibilidade e foco no desenvolvimento humano são prioridades para líderes de RH no próximo ano.
Tecnologia, flexibilidade e foco no desenvolvimento humano são as principais tendências em gestão de pessoas para as empresas em 2022. Nos últimos dois anos, as companhias precisaram rever posturas internas e externas, considerando o mercado de trabalho. Nesse cenário, muitas adaptações foram colocadas em prática e o setor de Recursos Humanos (RH) é peça-chave na nova realidade.
Processos de seleção, contratação e análise de comportamento dos profissionais de uma empresa passam pelo RH e devem contar, ainda mais, com soluções tecnológicas em 2022. Para facilitar essas ações e tornar o setor digital, os ambientes corporativos têm apostado em softwares de gestão de pessoas, que automatizam procedimentos e acompanham a virada para um modelo de trabalho menos presencial.
Um estudo realizado pela consultoria Gartner aponta as prioridades dos líderes de RH para 2022. De acordo com dados, 92% dos profissionais cogitam que suas equipes trabalhem de maneira híbrida nos próximos anos. A pesquisa entrevistou mais de 500 líderes de gestão de pessoas de diversas partes do mundo.
O levantamento mostra ainda a construção de habilidades, a criação de experiências positivas, a transformação nas ações de liderança, o planejamento, a diversidade e a inclusão como tendências para o setor de RH no âmbito global.
Desenvolver habilidades críticas entre os colaboradores está em primeiro lugar na lista das cinco maiores tendências em gestão de pessoas. Entre os entrevistados, 59% dos líderes de RH priorizam esse fator.
O desafio, no entanto, é construir soluções de desenvolvimento de habilidades que sejam tão rápidas quanto a evolução da demanda por novas aptidões. O estudo indica que a necessidade da educação corporativa nas companhias e a transição para o modelo on-line aumentaram o foco nas habilidades digitais e emocionais.
Uma saída é estruturar a gestão de pessoas em torno de talentos e não apenas em papéis ou cargos, para criar uma cultura de trabalho adaptável.
O desenvolvimento de um projeto organizacional e a implantação da gestão de mudanças são prioridades para 48% dos líderes de RH. Segundo o estudo, 54% dos líderes dizem que seus funcionários estão cansados das mudanças ocorridas nos últimos tempos – como a adaptação para o home office e a nova reestruturação para a modalidade híbrida de trabalho, além das pequenas mudanças do dia-a-dia, consideradas fatigantes.
É importante que os líderes criem experiências positivas para os colaboradores em momentos de transição. Como solução, são citadas a necessidade de identificar pequenas mudanças do cotidiano que estejam sendo negligenciadas, capacitar a liderança para que dê espaço ao trabalho de promoção da saúde mental e incentivar a confiança entre os membros das equipes.
A pesquisa avaliou ainda que ter um banco de líderes para atender suas demandas atuais e futuras é prioridade para 45% dos entrevistados. De acordo com o estudo da Gartner, 24% dos chefes de RH acreditam que não desenvolvem líderes de nível médio com eficácia.
A preocupação torna-se maior, pois menos da metade dos empregados, 44%, afirma confiar em suas lideranças para superar uma crise.
O desenvolvimento humano aparece como ponto central para alcançar resultados. Para 2022, algumas metas são ainda mais essenciais, como o foco em pessoas – e não apenas em processos – e uma gestão ágil e transparente.
Segundo a pesquisa, os impactos e as mudanças causados pela pandemia deixaram 49% dos líderes de RH sem uma estratégia explícita para o futuro do trabalho e essa passa a ser uma prioridade para 42% deles.
A pergunta principal é: em que medida essas mudanças vão alterar o plano de trabalho dos líderes, suas metas e estratégias a curto e longo prazo?
Como resposta, os ajustes para que a empresa continue a colher resultados devem equilibrar tendências relevantes e atenção à cultura organizacional. O intuito é incentivar que os colaboradores trabalhem a partir de um objetivo comum, para aumentar o engajamento, a inovação, a agilidade e, consequentemente, o desempenho.
A diversidade, a equidade e a inclusão são tendências para 2022 e prioridades para 35% dos líderes de RH. Dos entrevistados, 36% dizem que têm dificuldade para manter os líderes empresariais engajados em ações de diversidade e inclusão que geram resultados.
Por outro lado, 76% dos funcionários e candidatos a vagas avaliam que uma força de trabalho diversificada é importante.
A solução está em promover ambientes mais diversos e inclusivos. A liderança deve ser convocada a se engajar no processo, pois, conforme o relatório da Gartner, a confiança nos líderes pode ser prejudicada pela falta de diversidade.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)