Dia 15/11/2020 ocorreram as eleições municipais. Percebe-se, por exemplo, que a extrema esquerda vai para o 2º Turno em Porto Alegre e em São Paulo, duas capitais importantíssimas. São Paulo vai o Guilherme Boulos (PSOL) disputar com Bruno Covas (PSDB) que quer a reeleição. Em Porto Alegre vai a Manuela d&39;Ávila (Partido Comunista do Brasil) que foi a vice de Haddad na última eleição presidencial que vai disputar com Sebastião Melo (MDB).
Florianópolis reelegeu Gean Loureiro (DEM) e dos 23 vereadores eleitos ao menos 4 são de extrema esquerda. As urnas disseram, num cenário geral, o domínio do PSOL nas câmaras municipais. Demonstraram que houve a substituição da esquerda fisiológica do PT por uma esquerda ideológica do PSOL. Um perigo, pois o PSOL é mais radical e passa a imagem de bom samaritano, quando na verdade são perversos, imorais e injustos.
E o desempenho do DEM, igualmente, chamou a atenção, como por exemplo, em Salvador, Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro, muito embora, Paes (DEM) disputará o segundo turno com Crivella (Republicanos), obteve 37,01% dos votos válidos. Essa situação fortalece, também, o Rodrigo Maia (DEM), Presidente da Câmara de Deputados.
Em síntese, as eleições municipais de 2020 evidenciam um fortalecimento dos partidos de esquerda entre as 100 maiores cidades do país e o fracasso da maioria das candidaturas identificadas direita conservadora ou apoiadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Por outro lado, a ‘’direita tradicional”, ou melhor o chamado “centrão”, ganhou campo e obteve sete vitórias, decididas em 1º turno: Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Natal (RN), Palmas (TO), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Campo Grande (MS). Nas outras 18 capitais, haverá 2º turno.
Concluo citando Margaret Thatcher, ex-Primeira-Ministra no Reino Unido, que em dado momento alertou: “O Brasil é o país do futuro, mas para tanto é preciso decidir que o ‘futuro’ é amanhã. E, como bem sabem, isto significa que as decisões difíceis têm que ser tomadas hoje”. Portanto nas próximas eleições, os eleitores de direita bolsonarista têm que se unir e votar em candidatos que seguem a linha da direita conservadora, freando, dessa forma, o avanço da esquerda, pois votar em candidatos intermediários (centro-direita) só serviu para ajudar a esquerda que está comendo pelas beiradas e vai incomodar muito nas eleições em 2022. Quem avisa, amigo é!
Nicoli Moré Menegotto
(Escritora)
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)