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Qualidade do sono pode afetar saúde neurológica em longo prazo?

Publicado em 22/05/2018 Editoria: Saúde Comente!


Foto: banco de imagens - Pixabay

Foto: banco de imagens - Pixabay

Ter cada vez mais responsabilidades e tarefas na rotina profissional, pessoal e doméstica, somado ao uso excessivo de dispositivos móveis, tem causado mais estresse em homens e mulheres.  O frequente estado de alerta tem gerado dificuldades em encontrar momentos de relaxamento durante o dia, afetando a qualidade do sono à noite.

Dormir pouco ou mal com frequência pode trazer uma série de problemas à saúde em longo prazo, causando transtornos cognitivos (atividades relacionadas à memória, aprendizado, linguagem, cálculos) e alterações do humor, como nervosismo e irritabilidade. "Entre os principais sintomas da má qualidade de sono estão à sonolência diurna ou a facilidade para ficar sonolento durante pausas da atividade principal ou quando está submetido a situações mais tediosas, como aulas ou palestras" pontua Dr. Edson Issamu, neurologista na Rede de Hospitais São Camilo de SP.

A quantidade ideal de sono REM (conhecido como o período de sono profundo e reparador) é relativa a diversos fatores e necessidade de cada pessoa, pois é preciso considerar o desgaste que ela sofreu durante o período de vigília,  e o hábito  de sono, que é moldado desde seus primeiros momentos de vida "Existem indivíduos que precisam de muitas horas de sono e de dias seguidos para se recuperar, em contraposição a outras que em poucas horas de sono  já conseguem adquirir a reparação necessária para retornar às suas atividades normais" analisa Issamu. 

No entanto, o cochilo de 20 a 40 minutos costuma ser uma prática benéfica às pessoas em geral. Estudos mostram que alguns minutos de interrupção na atividade, possibilitando até um breve período de sono, melhora a produtividade e mantem a pessoa mais equilibrada por mais tempo revela o neurologista "Em alguns países da Europa isto já é praticado, curiosamente, a tal sesta espanhola não seria apenas um aspecto folclórico local, mas sim uma importante ferramenta fisiológica para melhorar e equilibrar a atividade humana".

Notívagos

Pessoas que apresentam melhor desempenho produtivo à noite e de madrugada podem apresentar transtornos cognitivos  e emocionais mais severos em longo prazo, pois a atividade noturna  é uma situação forçada, não fisiológica.

Por outro lado, existem pessoas que se adaptam perfeitamente à vida e trabalho noturno sem desenvolver nenhuma perturbação neurológica ou clínica. Tendo um desempenho produtivo maior, já que o número de interferências externas que produzem distrações é bem menor, conseguem focar mais, melhorando o seu desempenho. "Para não haver mais desequilíbrio, a pessoa deve procurar dormir durante o dia o mesmo número de horas que iria dormir se dormisse à noite" aconselha Dr Edson.

Em casos de má qualidade de sono é indicado procurar neurologistas clínicos, pneumologistas e otorrinolaringologistas, especializados em questões do sono.

Confira quais hábitos geram problemas no sono:

 -  Excesso de atividade cerebral nas horas que antecedem seu horário habitual de sono, como continuar trabalhando mesmo em casa.

   -  Assistir no período noturno, presencialmente ou pela televisão, atividades que liberam muita adrenalina, como os jogos de futebol do seu time favorito.

   -  Realização de atividade física neste horário.

   -  Ingestão de bebidas alcoólicas ou que contenham estimulantes como a cafeína.

   -  Ingestão de alimentos ricos em tecidos gordurosos e temperados, de difícil digestão.

   -  Dormir em ambientes com algum tipo de iluminação.

   -  Levar para a cama telefone celulares, tablets e laptops nos momentos que antecedem o sono.  Atualmente é um grande fator de desequilíbrio para que se consiga um sono rápido e agradável.

   -  Dormir em ambientes com ruídos, como televisão ou rádio, mesmo que seja com música lenta e contemplativa.

   -  Desenvolver conversas ou contatos com alto teor explosivo, como desavenças familiares ou financeiras com seus parceiros comerciais no período próximo ao sono.

   - Uso de medicações inadequadas, como os benzodiazepínicos que não são indutores do sono e sim ansiolíticos, mas que carregam como efeito adverso a própria eficácia e diminuição do sono REM.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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