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Organizações alertam para o risco de suicídios de jovens no estado

Publicado em 14/05/2018 Editoria: Saúde Comente!


Novamente “jogos” e aplicativos que tem como desafio final o suicídio, têm sido associados a óbitos de jovem. Portanto, as instituições pretendem levar a informação como uma forma importante de prevenção. Apesar do estigma e tabu que cercam o tema, ele precisa ser discutido e visto como um grave problema de saúde pública. Os números são crescentes e Santa Catarina é o segundo estado com maior número de suicídios do país, segundo dados da Coordenação Estadual de Saúde Mental de Santa Catarina. O crescimento do número de óbitos foi constante nos últimos anos e tende a aumentar se nada for feito, pois acompanha a expansão de doenças como a depressão e o abuso de drogas. Reduzir o estigma e melhorar o acesso das pessoas ao tratamento são as metas atuais da Coordenação. 

Não há uma única causa para o suicídio, no entanto, mais de 90% das vítimas apresentavam pelo menos um transtorno psiquiátrico, especialmente a depressão, considerada o principal fator de risco para o suicídio. Portanto, alguns sinais de alerta devem ser observados: alteração inexplicada do comportamento, isolamento, tristeza persistente, alterações do sono e apetite, queda no rendimento escolar e mensagens com conteúdo suicida em mídias sociais.

A recomendação é de que pais, escolas devem estar atentos e capacitados para identificar as transformações que apontam para condutas de risco e profissionais de saúde aptos a manejar os casos de risco e tentativa de suicídio. A mídia deve ser responsável e não divulgar métodos utilizados pelas vítimas, nomes de jogos e aplicativos, bem como a divulgação de fatos e imagens relacionadas, devendo disseminar informações responsáveis, que reforcem e disseminem o conhecimento associado à prevenção do suicídio. 

Os recentes acontecimentos trazem à tona uma realidade comum: o assédio virtual ou cyberbullying e é preciso manter a atenção no que nossas crianças e jovens fazem na internet. As instituições alertam que os pais e responsáveis precisam ficar atentos, respeitando a privacidade sem negligenciar os riscos. 

É importante lembrar que a indução ao suicídio é um crime previsto no artigo 122 do Código Penal Brasileiro e é classificado como um crime contra a vida, que consiste no açular, provocar, incitar ou estimular alguém a suicidar ou prestar-lhe auxílio para que o faça. Os casos devem ser denunciados e as provas apresentadas aos agentes responsáveis.

Por último, a Associação Catarinense de Psiquitria (ACP) e a Coordenação de Saúde Mental de Santa Catarina ressaltam que grande maioria dos suicídios são evitáveis e todos devemos atentar aos sinais de alerta. Para os profissionais de saúde fica o alerta para as estratégias de prevenção do suicídio, sendo a identificação e o tratamento dos transtornos psiquiátricos as mais eficazes. Todo caso de tentativa deve ser notificado e o atendimento especializado precoce deve ser garantido. 

Mais informações podem ser encontradas no site da Associação Catarinense de Psiquiatria - www.acp.med.br - e os locais de atendimento na rede pública estão disponíveis na página da Secretária Estadual de Saúde - www.saude.sc.gov.br.

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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