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Júri condena líderes do PGC que assassinaram agente prisional

Publicado em 06/12/2016 Editoria: Polícia Comente!


Após dois dias de julgamento, três líderes do 1º Ministério do PGC acusados de planejar a morte da agente prisional Deise Fernanda Melo Pereira em outubro de 2012, em São José, foram condenados em júri popular. O executor do crime também foi condenado.

Após dois dias de julgamento, três líderes do 1º Ministério do PGC acusados de planejar a morte da agente prisional Deise Fernanda Melo Pereira em outubro de 2012, em São José, foram condenados em júri popular. O executor do crime também foi condenado.

Evandro Sérgio Silva, o Nego Evandro, e Adílio Ferreira, o Cartucho e Gian Carlos Kazmirski, o Jango, foram condenados por homicídio qualificado e quadrilha armada, sendo que a pena dos dois primeiros foi a de 22 anos de prisão, e do terceiro de 17 anos e 6 meses de prisão, todos em regime inicialmente fechado.

Já o réu Marciano Carvalho dos Santos, designado para matar a vítima, recebeu uma pena de 14 anos e poderá responder em liberdade, uma vez que respondeu a maior parte do processo em liberdade.

O quinto acusado, Rudinei Ribeiro do Prado, será julgado em outra ocasião, com data indefinida, pois o advogado alegou conflito de interesses, já que também defende o réu Evandro Sérgio Silva.

O julgamento começou na terça-feira (29/11), com o depoimento de sete testemunhas, seguido da reprodução de outros seis, gravados durante a primeira fase do processo. Além disso, no mesmo dia, houve o interrogatório dos acusados, que seguiu até a 1h30 de quarta-feira. Os debates foram retomados pela manhã e o júri chegou à decisão final às 20h de quarta-feira (30/11).

Adílio e Evandro estão presos em penitenciárias federais e Gian cumpre pena em Santa Catarina.

Denúncia

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), quatro dos cinco acusados na época, Evandro Sérgio Silva, Rudinei Ribeiro do Prado, Adílio Ferreira e Gian Carlos Kazmirski, eram líderes de um grupo criminoso que atua no Estado dentro do sistema prisional. Eles estavam presos na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, e ficaram insatisfeitos com limitações de regalias que antes havia no local.

Por isso, conforme o MPSC, decidiram matar o diretor da penitenciária, Carlos Antônio Gonçalves Alves.

Uma advogada foi responsável por buscar informações para os presos. Ela repassou a decisão da execução para outros dois integrantes do grupo criminoso, que recrutaram mais dois, entre eles o acusado Marciano Carvalho dos Santos, para ajudá-los, segundo a denúncia.

Em 26 de outubro de 2012, por volta das 21h, Marciano estava com a arma no bairro Roçado, segundo os Promotores de Justiça que atuaram no caso.

Quando viu que o carro do diretor da penitenciária estacionou na garagem da própria casa, teria feito a abordagem e atirou. Porém, quem estava no veículo não era o alvo, e sim a mulher dele, Deise. Ela levou um tiro no peito.

Antes de morrer, ela conseguiu sacar a própria arma e atirar em Marciano. Mesmo baleado, ele conseguiu fugir em um veículo onde estavam os outros três homens.

Atuaram pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) os Promotores de Justiça Alexandre Carrinho Muniz, Letícia Baumgarten Filomeno e Márcio Cota. Na defesa, os Advogados Carlos Antonio de Souza Caldas, Ricardo Alexandre Deucher, Isaac Matos, Jean Francisco Cardoso Guiraldelli, Daisy Cristine Neitcke Heuer, Luicano Garcia Reberti e Nathália Poeta. O Júri foi presidido pela Juíza Marivone Koncikoski Abreu.

› FONTE: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

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