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Justiça pede prisão de dois policiais suspeitos de torturar família em SC

Publicado em 17/11/2016 Editoria: Polícia Comente!


Câmera de segurança flagra policial disparando contra pé de vítima em Biguaçu. Foto: Reprodução

Câmera de segurança flagra policial disparando contra pé de vítima em Biguaçu. Foto: Reprodução

Isaías Oliveira da Silva foi preso na quarta-feira (16) em Florianópolis. Fábio Carminatti está internado em um clínica após tentar suicídio

O policial Isaías Oliveira da Silva foi preso preventivamente na quarta-feira (16) suspeito de agredir, torturar e ameaçar uma família no dia 5 de novembro em Biguaçu, na Grande Florianópolis. O outro policial envolvido na confusão, Fábio Carminatti, também teve o mandado de prisão expedido, mas não foi cumprido já que está internado em uma clínica psiquiatra após uma tentativa de suicídio, conforme o advogado de defesa.

Segundo Handerson Laerte Martins, advogado que defende os dois policiais, o mandado de prisão foi expedido na segunda-feira (14). Na quarta, ao saber do pedido, Isaías se apresentou ao advogado e os dois foram a Delegacia de Investigações Criminais (DIC) de São José.

"Acredito que a prisão foi precipitada. Não tive acesso ao teor da decisão e o caso corre em segredo de Justiça. Já estou providenciando o habeas corpus", disse o advogado. Isaías está em uma cela destinada à policiais detidos no Complexo Penitenciário de Florianópolis.

Ainda segundo Martins, no dia 7 de novembro Carminatti tentou se matar. Ele teria ingerido mais de 30 comprimidos de diferentes medicamentos. A polícia teria na quarta-feira ido ao Instituto São José Centro de Psiquiatria e Dependência Química, mas foram informados que o homem não teria condição de assinar o mandado de prisão.

O delegado Alan José de Amorim, reponsável pela investigação, não se pronuncia sobre o caso. Já conforme a corregedora da Polícia Civil, o processo disciplinar dos policiais dentro da corporação ainda tramita. Os dois estão afastados das funções.

"Próximo passo é ouvir os policiais, para executar o princípio do contraditório. Pedimos ao advogado de defesa um laudo médico para atestar se o policial internado não está com capacidade de prestar depoimento", disse a corregedora Sandra Mara Pereira.

Conflito

O caso ocorreu por volta das 22h do dia 5 de novembro, um sábado. Parentes estavam fechando o serviço de guincho onde trabalham quando um dos policiais urinou em frente a empresa. Pela versão da família, houve apenas uma discussão que motivou os policiais a invadirem o local, onde as pessoas também moram.

As vítimas dizem que  chegaram a pensar que se tratava de uma assalto e chegaram a oferecer dinheiro e um carro para os dois irem embora. Entretanto, os dois se identificaram como policiais.

Já segundo a defesa, a confusão ocorreu após um integrante da família disparar contra os oficiais. O policial Fábio Carminatti, lotado na 1ª Delegacia de São José, disparou três vezes e Isaías Oliveira da Silva, lotado na Divisão de Investigação Criminal (DIC) de São José, uma vez, atingindo o pé de uma vítima, confirmou a defesa.

Um dos funcionários da empresa também diz que teve uma pistola do policial apontada para a cabeça sob ameaça de morte. “A arma ‘engasgou’ e soltou uma bala. Aí quando ele foi juntar a bala, eu saí correndo”, disse Jonas de Jesus, chorando.

› FONTE: G1 SC

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