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Violência no campo preocupa entidades do agronegócio

Publicado em 22/09/2016 Editoria: Segurança Comente!


Assaltos, furtos, sequestros, tiroteios já fazem parte do cotidiano da população da zona rural há algum tempo, e isso tem provocado uma mudança nos hábitos e costumes dos moradores do interior de Santa Catarina. Agora, os itens de segurança que são comuns na área urbana, passaram a fazer parte do cenário das propriedades rurais. Alarmes, câmeras, cercas elétricas, entre outros itens, agora dividem o espaço com equipamentos agrícolas em sítios, chácaras e fazendas.

Preocupados com a violência na área rural, representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC) participaram, nesta semana, de reunião no Centro Administrativo do Governo do Estado.

A FAESC e o SENAR propuseram uma parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina, visando a elaboração de uma cartilha de segurança voltada para áreas e atividades rurais, baseada em estatísticas, em entrevistas com detentos e nas observações realizadas nas propriedades rurais. Defenderam, também, um programa de monitoramento preventivo por câmeras, como as que hoje estão presentes no meio urbano, para diminuir as ocorrências ilícitas no campo, além de reivindicar uma presença mais ostensiva do policiamento no meio rural.

O presidente do sistema FAESC/SENAR José Zeferino Pedrozo observa que, embora apenas 16% da população de Santa Catarina resida em áreas rurais, o agronegócio continua sendo o maior gerador de dividendos para o Estado. Ele ressalta, no entanto, que o policiamento, em razão da densidade demográfica, privilegia as áreas urbanas em detrimento das rurais.

O dirigente ressalta as medidas de segurança que podem advir dos próprios produtores rurais e aumentar o nível de segurança no campo, tais como evitar o plantio de vegetações que impeçam a visão da área externa, a utilização de cães de guarda, anotar a placas de carros estranhos que não possuem o costume de passar pelo local, conhecer bem os funcionários da propriedade, dificultar o acesso à propriedade colocando cadeados nas porteiras, entre outras medidas que podem ser eficientes no combate à bandidagem. Importante ressaltar a necessidade de fazer o registro de Boletim de Ocorrência sempre que houver furtos nas propriedades rurais. "Foi-se a época em que no campo podia-se confiar em todos, em que se dormia de portas e janelas abertas", diz o dirigente.

Pedrozo defende que a Polícia Militar Ambiental receba a missão adicional de reprimir a criminalidade e investigar bandidos e organizações criminosas que agem no campo. "A PM Ambiental é a força policial de maior presença no campo, onde famílias rurais estão sendo atacadas de dia e de noite por bandidos que agem em dupla ou em bando, roubam valores financeiros, máquinas, gado, insumos agrícolas e equipamentos", justifica.

"Nós, produtores, nos sentimos inseguros e vulneráveis às ações de verdadeiras quadrilhas que atuam no meio rural, uma vez que as propriedades, na maioria das vezes, são afastadas da cidade. Além do prejuízo material, ainda fica o trauma, pois muitos relatos dão conta de que os assaltantes agem com violência e usam armamento pesado. De nossa parte, estamos sempre em contato com o governo e acreditamos que, atuando de forma coletiva, juntamente com a inteligência da nossa eficiente polícia, vamos desmanchar essas organizações criminosas que atuam na zona rural de nosso Estado".

Encontro

Participaram da reunião o secretário da Casa Civil Nelson Serpa, o secretário de Segurança Pública Cesar Augusto Grubba, o secretário da Agricultura Moacir Sopelsa, o delegado geral da Polícia Civil Artur Nitz, o coronel da Polícia Militar Paulo Henrique Hemm, os diretores da FAESC Enori Barbieri (vice-presidente), Clemerson José Argenton Pedrozo (assessor jurídico), Márcio Cícero Neves Pamplona (vice-presidente regional e presidente do Sindicato Rural de Lages), Fernando Sérgio Rosar (presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Campos Novos), Donato Favarin (presidente do Sindicato Rural de Turvo), Gilmar Antônio Zanluchi (superintendente do SENAR e representante da Associação de Produtores de Água Doce).

› FONTE: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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