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Prevenção ao suicídio é o foco da campanha Setembro Amarelo

Publicado em 06/09/2016 Editoria: Saúde Comente!


Foto: divulgação

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O Brasil é o oitavo país com mais suicídios no mundo. Em 2012, foram registrados 11.821 casos. Os dados constam no primeiro relatório sobre prevenção ao suicídio da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em setembro de 2015. Mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo. Isso representa uma morte a cada 40 segundos.

Os números alarmantes motivaram a Associação Brasileira de Psiquiatria a trazer para o Brasil, em 2014, a campanha Setembro Amarelo, um movimento de conscientização da população sobre a realidade do suicídio. Em Santa Catarina, a campanha Setembro Amarelo conta com o apoio da Assembleia Legislativa. Além de contribuir com a divulgação das ações de conscientização, o Poder Legislativo iluminará sua sede de amarelo para chamar a atenção da sociedade para o tema.

Apoiador da campanha, o deputado Doutor Vicente Caropreso (PSDB) alerta para a importância da desmitificação das doenças psiquiátricas, já que ainda existe muito preconceito em relação a distúrbios como depressão, e isso muitas vezes impede as pessoas de procurarem auxílio de um psiquiatra, na opinião dele.

Para cada caso de morte por suicídio há pelo menos outras 20 tentativas fracassadas. Em mais de 90% dos casos existe prevenção, conforme os especialistas. “É preciso alertar para que sejam detectadas precocemente as pessoas que têm tendência ao suicídio. É preciso verificar se tem histórico de suicídio na família, se tem problema psiquiátrico, se há distúrbios de comportamento como isolamento e depressão. O Setembro Amarelo vem para alertar mais uma vez a população”, destacou Doutor Vicente.

Parte das angústias e problemas psíquicos comuns nos dias de hoje tem a ver com a rotina de vida e com o isolamento social, avalia o deputado. “Ninguém mais tem tempo de olhar para ninguém. As pessoas não têm mais diálogo intrafamiliar”, disse. Ele argumentou que o uso de dispositivos eletrônicos tem prejudicado o contato pessoal e afastado as pessoas. A convivência familiar também sofre o impacto do excesso de compromissos. “As pessoas acabam se distanciando umas das outras e desenvolvendo problemas físicos e emocionais.” Como médico, ele recomenda que as pessoas conversem, prestem atenção nos sintomas e busquem atendimento psiquiátrico.

Juventude

Segundo os dados do relatório da OMS, o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre pessoas de 15 a 29 anos. No Brasil, o índice de suicídios nessa faixa etária é de 6,9 casos para cada 100 mil habitantes. O país é o 12º na lista de países latino-americanos com mais mortes neste segmento.

O uso de drogas pode ser um fator associado ao crescimento do número de suicídios nessa faixa etária. “É muito comum que os suicídios tenham relação com síndrome de abstinência, alucinações e outras perturbações psíquicas causadas pelas drogas”, disse Doutor Vicente. Ele ressaltou que o suicídio pode decorrer tanto do vício quanto da falta do entorpecente. “Quanto mais jovem a pessoa é exposta a uma droga, mais ela tem tendência a desenvolver problemas psíquicos”, lamentou.

O Setembro Amarelo

Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de setembro, desde 2014, por meio da identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações. A campanha mantém uma página na internet, além de perfis nas principais redes sociais, nos quais é possível obter informações sobre o Setembro Amarelo e as ações realizadas em todo o país.

› FONTE: Agência AL

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