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Cidasc emitiu nota no início da tarde de ontem proibindo a retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves no litoral catarinense

Publicado em 27/05/2016 Editoria: Saúde Comente!


foto divulgação

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Laboratório do IFSC identifica ficotoxinas e Cidasc proíbe a retirada, o consumo e a comercialização de moluscos

O Laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros (LAQUA-Itajaí/RENAQUA), que funciona no Câmpus Itajaí do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), identificou a presença da toxina diarréica – DSP, sigla em inglês para Diarrhetic Shellfish Poisoning, em cultivos de moluscos bivalves em Florianópolis, Palhoça, Governador Celso Ramos, Bombinhas, Balneário Camboriú e Penha.

Por conta dos riscos de intoxicação alimentar, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca e a CIDASC estabeleceram, nesta quinta-feira (26), a interdição preventiva das áreas de cultivo de moluscos bivalves, proibindo a retirada, a comercialização e o consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões no estado.

Os moluscos bivalves são animais filtradores que se alimentam de microalgas. Embora a grande maioria de espécies de microalgas seja benéfica, algumas delas produzem potentes toxinas que podem ser acumuladas por esses moluscos como é o caso do gênero Dinophysis.  O acúmulo de toxinas em moluscos bivalves acima de certos níveis causam a síndrome do "envenenamento diarreico por consumo de mariscos" ou DSP (Diarrhetic Shellfish Poisoning). O nome DSP vem dos sintomas produzidos, tais como diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais. Seus sintomas se manifestam de 30 minutos a poucas horas após a ingestão do molusco contaminado. A recuperação do paciente se dá entre dois a três dias, independente do tratamento médico.

O risco potencial da presença de Dinophysis em Santa Catarina é conhecido há bastante tempo e estudos indicam que a DSP é endêmico da região. Por isso os níveis dessas toxinas são regularmente monitorados em moluscos bivalves do litoral.

No momento, há uma massa de água oriunda do Sul do Brasil com elevada carga de nutrientes e abundância de algas que pode ter causado a floração de algas potencialmente produtoras de ficotoxinas.

As instituições públicas responsáveis pela fiscalização sanitária do comércio, inspeção de produtos de origem animal, pesquisa e extensão e diagnóstico foram comunicadas para que tomem as providências pertinentes às áreas de atuação de cada uma delas;

Novas colheitas serão realizadas para monitoramento das áreas de produção de moluscos bivalves. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição das áreas afetadas.

› FONTE: Coordenadoria de Jornalismo do IFSC Diretoria de Comunicação

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