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Audiência pública discute alternativas para minimizar a crise da suinocultura em SC

Publicado em 04/04/2016 Editoria: Saúde Comente!


Audiência pública reuniu lideranças estaduais e federais e representantes do agronegócio catarinense para tratar da crise enfrentada pela suinocultura catarinense

O encontro foi promovido pela Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis, na manhã desta segunda-feira, 4. O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, presente no encontro, colaborou na busca de alternativas para minimizar os impactos da crise para os suinocultores.

A principal preocupação do setor produtivo é com relação ao alto custo dos insumos, principalmente o milho, e a baixa remuneração pelo quilo do suíno. Segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, o quilo do suíno vivo é comercializado por aproximadamente R$ 3,20, enquanto o custo de produção está acima dos R$ 4. O alto custo de produção se deve ao valor do milho, principal componente da ração dos suínos, que falta em Santa Catarina. A saca de milho, comprada por R$ 23 no Mato Grosso, chega a SC por R$ 54 devido ao transporte. “Em algumas regiões do Estado, o prejuízo na produção de um animal pode chegar os R$ 100, inviabilizando a atividade, sobretudo para os criadores independentes, que não estão associados às agroindústrias”, disse Losivanio.

O secretário da Agricultura apresentou as iniciativas do Governo do Estado em apoio aos suinocultores catarinenses. Até o final deste mês, está valendo a redução da tarifa do ICMS (de 12% para 6%) nas operações de comercialização de animais vivos entre estados. “O governo vem procurando atender, dentro de suas possibilidades, medidas que, acredito, possam prestar um socorro mais imediato a esta atividade que é fundamental para a economia de Santa Catarina”, ressaltou Sopelsa.

O Governo trabalha ainda para aumentar a produção de milho no Estado, o secretário Moacir Sopelsa destacou as ações para a ampliação na área de cultivo em 100 mil hectares e a implementação, em conjunto com as cooperativas, de um programa de subsídio do preço de adubos e sementes de alta produtividade.

Outra alternativa estudada é transportar o milho de outros Estados utilizando ferrovias, o que poderia reduzir o preço do insumo em até 15%. “Estamos trabalhando a possibilidade de abrir o transporte ferroviário, mas tendo muito cuidado nesse aspecto para não criar expectativas que não possam ser cumpridas. Já houve a abertura do processo de concessão pública para o serviço, mas só teremos uma definição com a empresa responsável pela administração do ramal ferroviário no dia 18 de abril”, explicou o secretário da Agricultura.

A expectativa é de que a situação dos suinocultores melhore dentro de 60 dias, quando entrará no mercado a produção da segunda safra de milho do ano. Até lá, entretanto, a ACCS propõe uma série de medidas para baixar o preço do milho, como a suspensão, por 90 dias, do PIS/Cofins referente à importação do grão, a liberação dos estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a criação de políticas estaduais para que os agricultores catarinenses prefiram comercializar o grão internamente, em vez de exportar.

› FONTE: Governo do Estado de SC

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