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Polícia Civil deve concluir inquérito que apura torturas em idosos de asilo em Laguna na próxima semana

Publicado em 02/03/2016 Editoria: Polícia Comente!


A Polícia Civil, por meio da Delegacia da Comarca de Laguna, deve concluir na próxima semana o inquérito policial que apura tortura que seria praticada por uma freira e uma cuidadora, que trabalhavam como técnicas de enfermagem em um asilo de Laguna

No dia 25 de fevereiro, foi interrogada na presença de seu advogado e de mais duas irmãs uma das freiras suspeitas. Ela foi indiciada pelo crime de tortura. A outra suspeita, que trabalhava com freira como cuidadora, foi indiciada pelo mesmo crime e interrogada na presença de seu advogado e de mais uma irmã da mesma congregação.

Segundo o delegado de Polícia Civil Flávio Gorla, foi apurado nos autos do presente inquérito policial que cinco idosas não eram tratadas com respeito à própria condição de pessoa idosa, foram inobservadas algumas vulnerabilidades específicas desta faixa etária, o que demanda uma análise mais apurada sobre as condições que vivem os idosos do asilo.

“Por exemplo, uma idosa era amarrada com lençol na cadeira de rodas para não fugir da ala feminina, outra idosa era agredida fisicamente com puxões de cabelo e com chineladas no rosto, uma idosa foi jogada na cadeira de rodas de modo a causar lesão no braço; outra recebeu um tapa no rosto; tomavam banho gelado, lavavam a própria roupa suja quando faziam necessidades fisiológicas na fraudas e uma idosa que não andava era forçada a andar”, relatou o delegado.

Gorla ainda acrescenta: “São fatos que constrangiam os idosos, causando-lhes sofrimento físico ou mental, estando eles sob a guarda do asilo sem famílias, portanto, proporcionando intenso sofrimento físico ou mental, bem como forma de castigar pela própria condição de idoso”.

Diante das últimas informações, o delegado aponta que ainda há a necessidade de inquirir mais duas idosas que se encontram no asilo, por causa disso conclusão das investigações foi prorrogada por mais uma semana.

A denúncia foi registrada no Disque Direito Humanos – Disque 100, protocolo 939389, encaminhada ao Ministério Público, que requisitou a abertura do inquérito policial. Os crimes teriam sido cometidos de setembro do ano passado até janeiro deste ano.

› FONTE: Governo do Estado de SC

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