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Recessão e impeachment derrubam Brasil em ranking mundial de democracias

Publicado em 21/01/2016 Editoria: Política Comente!


Recessão e impeachment derrubam Brasil em ranking mundial de democracias

Recessão e impeachment derrubam Brasil em ranking mundial de democracias

O Brasil caiu da 44ª para 51ª posição no ranking de países mais democráticos do mundo da Economist Intelligence Unit, consultoria ligada à revista “The Economist";

O país é considerado uma “Democracia com Falhas", e sua democracia recebeu nota média 6,96. O país é bem avaliado em termos de processo eleitoral e pluralismo (9,58), mas tem nota baixa (4,44) em participação política.

Esta foi a primeira vez desde o primeiro relatório sobre a democracia global, em 2006, em que o Brasil tirou nota abaixo de 7. A nota do Brasil em 2015 é muito mais baixa de que a nota recebida pelo país um ano antes. Em 2014, o Brasil havia recebido nota 7,38.

O problema do país, e de toda a América Latina, segundo o relatório, é a incapacidade de igualar “avanços extraordinários na democracia eleitoral" a melhoras na efetividade da política e na cultura política. Esse descompasso alimenta a insatisfação popular, especialmente em países marcados pela corrupção. “O caso mais relevante de 2015, de longe, é o do Brasil, onde a presidente Dilma Rousseff enfrenta a ameaça de impeachment", diz o estudo. Apesar de indicar que o problema é regional, o Brasil, o México e o Equador foram os únicos países da região que caíram no ranking internacional de democracias.

Outro ponto que afeta a democracia brasileira, sob o ponto de vista dos analistas internacionais, é a crise econômica. Países da América Latina no passado toleraram níveis mais baixos de democracia em troca de progresso econômico, o que torna a democracia da região ainda mais frágil, explica.

Apesar da piora em relação às avaliações de anos anteriores, o Brasil é destaque no relatório por conta dos esforços realizados para combater a corrupção no país. “Em 2015, uma grande reação popular contra a corrupção se consolidou na América Latina – onde a criminalidade, a violência e o tráfico de drogas, assim como a corrupção, têm tido um impacto corrosivo na democracia. Isso levou a investigações e prisões nos níveis mais altos de governos e em empresas de países como o Brasil e a Guatemala".

O relatório de 2015 sobre democracia global é chamado “Democracia em uma era de ansiedade", refletindo “o ano em que a democracia foi testada por guerras, terrorismo, migração em massa e outras crises".

O estudo é um panorama do estado da democracia em todo o mundo, avaliando a situação em 165 estados independentes e dois territórios. Ele leva em consideração cinco categorias: Processos Eleitoral, Liberdades Civis, Funcionamento do Governo, Participação Política e Cultura Política. Cada país recebe uma nota por item, para em seguida ser categorizado como “Democracia Completa", “Democracia com Falhas", “Regime Híbrido" ou “Regime Autoritário".

Apenas 20 países do mundo são considerados democracias completas, enquanto 51 são considerados regimes autoritários. A Noruega, a Islândia e a Suécia lideram o ranking, enquanto Chade, Síria e Coreia do Norte aparecem em últimos lugares.

› FONTE: Brasilianismo/UOL

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