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Setor de madeira e móveis catarinense fecha 2015 com aumento nas exportações

Publicado em 19/01/2016 Editoria: Economia Comente!


O relatório anual de balança comercial catarinense relativa ao ano de 2015, divulgado nesta semana pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), surpreendeu os empresários do setor de madeira e móveis. A balança avalia os dez principais produtos embarcados em Santa Catarina. Em nona colocação no ranking, o setor de madeira e móveis faturou mais de 192 milhões de dólares, sendo o único a apresentar resultados positivos, com um aumento de 0,9% nas exportações em relação ao mesmo período de 2014.

O presidente do Sindicato da Indústria Madeireira e Moveleira do Vale do Uruguai (SIMOVALE) e Associação dos Moveleiros do Oeste de Santa Catarina (AMOESC), Osni Verona, lembra que 2015 foi um ano de muitas dificuldades para o setor, que teve uma produção 18% menor e um aumento de 11% no desemprego setorial. "A variedade, design e material de qualidade juntamente com um esforço do segmento moveleiro catarinense de manter um preço atrativo para o mercado externo foram fatores definitivos para este resultado", avalia.

Verona afirma que os resultados poderiam ter sido melhores, mas os fatores econômicos não foram favoráveis para o crescimento nas vendas, principalmente no mercado interno. "A crise política contribuiu diretamente para insegurança econômica, fazendo com que os brasileiros contivessem o consumo, temendo prejuízos maiores. Consequentemente, setores como o nosso não tiveram um bom desempenho nacionalmente. Para crescer no mercado externo, é essencial que haja um fortalecimento, primeiramente no mercado nacional", enfatiza o presidente.

Santa Catarina

As exportações catarinenses fecharam 2015 em US$ 7,644 bilhões, valor 15% inferior ao registrado em 2014. O resultado de Santa Catarina está alinhado com o desempenho nacional, que foi negativo em 15,1%. Para o próximo ano, Verona prevê que o cenário econômico nacional só vai ascender caso haja sucesso no combate à inflação. "Com a inflação, somos obrigados a repassar os custos de produção e as vendas diminuem. Somos forçados a reduzir o quadro de pessoal. Surge o medo, a insegurança aumenta e os investimentos são adiados. Precisamos voltar a nos sentir confiantes e seguros para investir na certeza de um retorno financeiro favorável", assegura.

› FONTE: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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