Diagnóstico estadual será apresentado nesta sexta (29), durante o III Fórum do Livro e da Leitura
Uma constatação alarmante para quem se preocupa com os escassos índices de leitura no Brasil. De 2007 a 2011, a região Sul apresentou a maior queda em todo o país e o número de livros lidos por habitante caiu de 5,5 para 4,2, apontou a terceira edição da pesquisa "Retratos da Leitura", lançada em 2012.
Esse e outros dados estão no diagnóstico elaborado para o Plano Catarinense do Livro e da Leitura sobre a cadeia produtiva, projetos de leitura, bibliotecas, editoras e escritores catarinenses, que será entregue ao poder executivo nesta sexta-feira (29), durante o III Fórum do Livro e da Leitura de Florianópolis, no CIC, a partir das 8h30.
Segundo o bibliotecário José Paulo Speck, responsável pela elaboração do diagnóstico, a mostra é um indício de que a situação é inquietante e que necessita ser mudada. "Precisamos avançar muito em Santa Catarina e essa queda aponta que é imperativo a criação de políticas públicas de incentivo à leitura, ao livro, à literatura e às bibliotecas para que os números não caiam ainda mais", alertou Speck.
A elaboração do Plano Catarinense do Livro e da Leitura começou há três anos e, desde então, mobilizou a sociedade civil – agentes e gestores públicos, privados e não governamentais – na busca por propostas para a democratização do acesso ao livro, a valorização da leitura e o fortalecimento dos segmentos literários. Na opinião do escritor Alcides Buss, a entrega do documento ao poder executivo representa uma esperança para a cadeia produtiva no estado.
"Temos um potencial imenso, mas ainda adormecido. Mudar esta realidade depende de muitos fatores – escolas, agentes de leitura e, principalmente, dos governos. Para isso é preciso estabelecer leis voltadas para o livro e a leitura, permitindo que mais pessoas tenham acesso à literatura e descubram novas obras", comentou.
› FONTE: PalavraCom