Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

Projeto social incentiva a prática da ginástica rítmica

Publicado em 07/10/2014 Editoria: Geral Comente!


foto: Daniel Pereira

foto: Daniel Pereira

Criada no início do ano, a escolinha já atende cerca de 100 meninas de seis a 12 anos.

As meninas que frequentam a Escolinha de Ginástica Rítmica, em São José, se lançam toda semana em uma descoberta diferente.

Através do esporte, elas conseguem perceber as possibilidades do corpo, o alcance dos equipamentos e os limites pessoais em uma experiência enriquecedora.  Atualmente, cerca de 100 crianças participam do projeto social que foi pensado para criar uma cultura de ginástica rítmica no município. A iniciativa, inédita na cidade, tem o apoio da Fundação Municipal de Esporte e Lazer.

Este é o primeiro ano do projeto e, para a professora Gabriela Breggue da Silva Sampaio, os resultados são muito satisfatórios.

"Temos uma procura bastante grande, porque a ginástica rítmica é um esporte diferente, que desperta a curiosidade. É uma atividade que elas não encontram na educação física da escola", justifica. Gabriela sabe bem do que está falando, afinal foi atleta na modalidade durante 14 anos e hoje, além de técnica, é também professora de Educação Física.

A superintendente da Fundação Municipal de Esporte e Lazer, Andréa Grando, explica que a criação da escolinha, no início deste ano, surgiu da constatação de que a modalidade era pouco difundida em São José. "É um esporte bastante completo, que trabalha a expressão corporal, a flexibilidade e a postura. Temos um pólo forte da modalidade em Florianópolis e as meninas de São José que tinham vontade em praticar, mas acabavam competindo pela Capital. Queremos desenvolver o esporte também aqui no município", assinala.

A escolinha atende meninas de seis a 12 anos em duas turmas: segunda e quarta-feira, pela manhã, no Colégio Municipal Maria Luiza de Melo (Kobrasol), e a outra terça e quinta-feira, à tarde, no Ginásio Carlos Varella (Centro Histórico). Para as aulas, as crianças recebem gratuitamente a sapatilha, o short e o collant, além dos outros materiais necessários que estão sendo adquiridos.

 

"A ginástica é um esporte completo que desenvolve os membros do corpo, exigindo flexibilidade, força e resistência", explica Gabriela. Durante os encontros, as alunas aprendem a utilizar alguns equipamentos que são um diferencial do esporte, como a corda, o arco, a bola, as fitas e as massas. As meninas gostam tanto das aulas, que quando chegam em casa tentam continuar os exercícios. Como Daniela Schmitt, de nove anos, que gosta muita de treinar os movimentos que aprende. "De todos, eu prefiro o espacate e a estrela", revela.  Para a amiga Sofia Garcia Bastos e Silva, da mesma idade, o "legal mesmo é usar os equipamentos" durante o treino.

 

Além da atividade física, Marisa Schmitt acredita que a aula de ginástica ajuda a suas filhas Daniela e Graziela a desenvolverem uma nova postura.  "Elas gostam tanto do esporte que, mesmo quando eu não posso, elas me obrigam a trazer", brinca a mãe. Disposição e alegria não faltam entre as garotas. Essas habilidades motoras, de acordo com a professora Laís Matsuo, são bastante específicas e precisam ser desenvolvidas ao longo do tempo. "Para descobrir novos atletas, é preciso de um investimento feito em longo prazo", explica. Por isso, para o próximo ano, o projeto pretende expandir e abrir novas turmas com foco no rendimento. "Durante este primeiro ano, já identificamos algumas crianças que têm perfil de atleta na modalidade", afirma ela que foi campeã dos Jogos Abertos de Santa Catarina e já participou de campeonatos nacionais e sul-americanos.

 

As aulas são importantes para ampliar a percepção das crianças. "Elas descobrem que a bola não serve apenas para chutar e que a corda tem outras funções, além daquelas que elas já conhecem", explica Gabriela. Respeitar os limites de cada um, também, é um aprendizado novo. "Umas conseguem aprender mais rápido, outras demoram mais. Isso ajuda com que elas respeitem as diferenças", compara.

 

Para a avó Elizabete Portela da Silva, que há pouco tempo chegou de Brasília, o projeto será muito importante para o desenvolvimento da neta Gabriela. "Estou encantada com essas atividades, que ajudam a despertar de forma espontânea o perfil da criança para o esporte", considera. 

 

As professoras acreditam que o apoio da Prefeitura é fundamental para a continuidade do projeto. "A Fundação abriu as portas de São José para desenvolvermos esse projeto. Agradecemos o apoio que recebemos sempre que precisamos", afirma Gabriela. Neste mesmo sentido, Laís, destaca a disponibilidade da equipe da instituição para as atividades da escolinha. "Essa foi a melhor coisa para as crianças da nossa comunidade. Estamos muito felizes e queremos que continue assim. A professora é bastante dedicada e responsável, está sempre atenta com as meninas", pontua a mãe Grasiela Kuerten. O resultado é que a pequena Bruna, de apenas oito ano, alimenta o desejo de avançar. "Quero ser uma atleta assim, igual a professora", planeja. 

 

› FONTE: Prefeitura de São José

Comentários