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Setor da construção é o maior responsável por trabalho escravo no Brasil

Publicado em 19/05/2014 Editoria: Geral Comente!


foto: Divulgação

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O setor de construção civil lidera os casos identificados pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como trabalho escravo, superando a agricultura, conforme balanço da pasta sobre ações realizadas em 2013.

Foram identificadas 849 pessoas em regime de trabalho análogo à escravidão na construção, segundo dados do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do MTE, divulgados nesta quinta-feira (15).

Os centros urbanos lideram a lista do trabalho escravo. Foram resgatadas 1.068 pessoas em áreas urbanas, o equivalente a 51,8% dos 2.063 resgates feitos no ano passado. Foi a maior quantidade de pessoas identificadas sob essa condição de trabalho em área urbana da série histórica do MTE, que fez 300 fiscalizações nessas regiões.

O Estado com mais casos em área urbana foi Minas Gerais, onde foi feito o maior número de resgates. Foram 367 trabalhadores libertados na área urbana mineira, após 14 fiscalizações – a maior parte (173 casos) na construção. Minas liderou entre os Estados também em número geral de casos de escravidão, somando todos os setores econômicos, com 446 resgates.

São Paulo foi o segundo Estado com o maior número de casos absolutos, com 419 pessoas resgatadas. O Estado também foi o segundo em casos em áreas urbanas, com 360 pessoas resgatadas após 16 fiscalizações.

O maior número de casos (256) foi verificado na construção. O setor ficou atrás da indústria da confecção paulista (104 casos), apesar de a construção ter recebido menos fiscalizações (5 ações) que as confecções (11 ações). Tradicionalmente, em São Paulo, a confecção é o setor econômico com as maiores punições pelo descumprimento das leis trabalhistas – especialmente pela emprego irregular de mão de obra ilegal boliviana.

O Rio de Janeiro teve 129 trabalhadores identificados sob regime análogo à escravidão em área urbana, sendo 36 deles na construção e 93, no setor de alimentação.

 

 

 

› FONTE: Vejamos

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