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Ônibus é o meio de transporte que os brasileiros preferem

Publicado em 29/09/2016 Editoria: Trânsito Comente!


Foto: Arquivo NTU

Foto: Arquivo NTU

Em pesquisa do Greenpeace, entrevistados citam os coletivos como primeira opção, se houvesse boa infraestrutura nas cidades; bicicleta empata com carro

&8203;Pesquisa encomendada pelo Greenpeace sobre mobilidade urbana mostra que o ônibus seria o meio de transporte favorito dos brasileiros, caso houvesse uma boa infraestrutura nas cidades. O levantamento, realizado pelo instituto Datafolha em 132 municípios de regiões metropolitanas e do interior, aponta que 42% dos entrevistados se deslocariam, preferencialmente, por meio dos coletivos. Carro e bicicleta aparecem tecnicamente empatados: 23% dizem que optariam pelo automóvel e 21% preferem se deslocar de bicicleta.

“Isso mostra que a diferença, no dia a dia, de não ter 21% das pessoas usando bicicleta tem muito a ver com a infraestrutura, não com a vontade das pessoas”, analisa Vitor Leite, da campanha de Mobilidade Urbana do Greenpeace. Segundo ele, o automóvel torna-se opção central porque ele parece a melhor alternativa para se chegar aos destinos. “Muitas vezes, elas não querem usar o carro. Então, se a gente não oferece uma infraestrutura melhor para transporte público, de mobilidade ativa e não motorizada, elas vão escolher o que atende melhor. Mas, se a gente oferece uma infraestrutura melhor, as pessoas vão usar aquelas que elas preferem, que é o ônibus, a bicicleta, a pé”, reforça. Segundo o levantamento, 13% prefeririam caminhar, especialmente entre quem tem mais idade. Metrôs e trens foram citados, respectivamente, por 14% e 5%.  

Além disso, a população espera medidas que favoreçam o transporte coletivo e o não motorizado: 74% dos entrevistados disseram que são favoráveis à redução do espaço ocupado por carros particulares, se isso puder beneficiar linhas de ônibus, ciclofaixas e calçadas.

Mas se o uso do espaço público não passasse por essa transformação, com inclusão de meios mais acessíveis de locomoção, e o espaço dos veículos simplesmente fosse reduzido, esse tipo de medida não teria o mesmo apoio. Sem os benefícios a outros modos de transporte, 49% são contra a diminuição de faixas e 47% contra a de vagas para carros.

“O que entendemos desse número é que quando você simplesmente tira o espaço do carro, sem as pessoas entenderem por que, elas veem que estão perdendo algo. Mas quando explicamos que esse espaço está sendo priorizado para transporte público, bicicleta, pedestre, elas são a favor. Então começam a entender que todo mundo tem que ter espaço”, analisa Vitor Leite.

Para o representante do Greenpeace, o levantamento mostra que a percepção social está alinhada com o que prevê a Política Nacional de Mobilidade Urbana. A lei, de 2012, estabelece que se dê prioridade aos transportes não motorizados, seguidos dos meios coletivos e, por fim, do individual motorizado. “O que falta mesmo é a infraestrutura”, reforça. 

Para superar o déficit e fazer frente ao crescimento na demanda por mobilidade, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) estima que sejam necessários R$ 240 bilhões em investimentos para executar 343 projetos. A previsão está no Plano de Transporte e Logística 2014&8203;.

› FONTE: Agência CNT

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