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Moradores de rua: Problema social ou cultural?

Publicado em 18/09/2013 Editoria: Segurança Comente!


foto: divulgação

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Quando você está passando por uma rua e a distância você vê que há um morador de rua deitado na calçada, quase que automaticamente você desvia o caminho ou o olhar, não é verdade?! Banal essa atitude e talvez por essa banalidade, que a cada dia, temos novos moradores de rua em nossa Cidade. Você nunca se perguntou como poderia ajudar de fato? Não digo dar esmola ou alimentos, pois isso não é ajudar, isso é perpetuar a existência deles na rua.

Sinceramente, você acha que uma esmola ou alimento ajudará o morador de rua a sair dessa condição? Ledo engano. Quando você dá alimento ao morador de rua, serve basicamente para suprir sua necessidade física e a esmola (muito mais importante para ele), serve para suprir a sua necessidade maior, o vício. Esse vício normalmente é de álcool ou crack. Sendo assim, posso dizer que você é o comprador indireto de crack, mesmo que não utilize. Até consigo imaginar agora algumas pessoas pensando.. Ah, o que você está falando é um absurdo, Será?! Vamos à matemática básica. Hoje por baixo, existem 250 dependentes químicos desta droga, que custa em média R$ 5,00 e com consumo médio diário de sete a dez pedras. Então, R$ 5 x 7 pedras = R$ 35,00 x 250 dependentes, chegamos ao valor de  R$ 8.750,00 por dia.

Repito, isso é uma estimativa baixa de valores. Esse dinheiro é conseguido na grande maioria, através de esmola, de mendicância, ou se preferir, da sua boa ação. Essa é a verdade que a Sociedade se nega em aceitar. O problema dos moradores de rua é Social, mas o da esmola é Cultural. As pessoas dão esmola para “se livrar” daquela pessoa que está mal vestida e lhe trás insegurança, porém, ou melhor, com certeza, esta não é a melhor forma de ajudar esta pessoa.

O CONSEG Centro de Florianópolis aborda de forma muito diga e correta o tema Moradores de Rua, através da Cartilha Cidadã. Nela, eles informam quem são os moradores de rua, porque estão na rua, seus direitos e a forma correta de ajudá-los, que é através de políticas públicas. Explicam quais são os serviços, os telefones e horários de atendimento.

Quando você liga e aciona um dos serviços de atendimento, você está exercendo o papel de Cidadão, que realmente quer o bem do morador de rua. Ai você pode se perguntar, mas funciona mesmo? Funciona e estão melhorando e ampliando os serviços cada vez mais. Hoje no Centro POP (consta na Cartilha Cidadã) o morador de rua tem acesso gratuito a banho, café da manhã, almoço, contato com familiares, encaminhamento à tratamento químico, psíquico, oficinas e outros serviços. Agora você consegue perceber que realmente existem políticas públicas para ajudar o morador de rua e que não é preciso dar esmolas?

Seja Cidadão consciente, não dê esmolas ou alimentos e sim dignidade à quem precisa.

Faça o download da Cartilha Cidadã – Moradores de Rua e conheça melhor estes serviços.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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