Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

Fórmula Matemática Afirma que os Humanos Poderiam Viver Dez Vezes Mais

Publicado em 16/06/2015 Editoria: Geral Comente!


foto: Divulgação

foto: Divulgação

Na natureza, existem animais que morrem logo depois de se reproduzir, a exemplo do polvo fêmea. Outros, como o jacaré, parecem não envelhecer. O que esses dois animais têm em comum? Ambos são a prova de que envelhecer não é uma condição inescapável, e sim consequência da evolução de uma espécie em um determinado ambiente. Para os pesquisadores, mostram também que a evolução pode estar forçando os animais, inclusive nós, humanos, a morrer.

Essa ideia fascinante é o tema do novo estudo "A morte programada é favorecida pela seleção natural em sistemas espaciais", conduzida pelos melhores biólogos e especialistas em sistemas complexos dos Estados Unidos. A equipe usa um novo modelo matemático para subverter as ideias tradicionais sobre o processo de envelhecimento. Caso seus resultados sejam comprovados, esse estudo mudará tudo o que sabemos sobre o envelhecimento — e, quem sabe, trará um pouco de esperança para aqueles que sonham em viver por mais tempo.

A controversa teoria está sendo desenvolvida por Yaneer Bar-Yam, presidente do Instituto de Sistemas Complexos da Nova Inglaterra (NECSI), Donald E. Ingber, diretor do Instituto Harvard Wyss de Engenharia Biológica, e Justin Werfel, um pesquisador associado a ambos. O último artigo da equipe foi publicado na revista Physical Review of Letters, em que os autores afirmam que "a base matemática do nosso conceito de evolução é essencialmente falha.”

Hoje a ciência afirma que a evolução beneficia organismos que vivem mais e que estes tem mais chances de sobreviver na natureza. "Na teoria tradicional, a evolução sempre escolhe o indivíduo com maior longevidade, o que resulta no maior período de vida possível, biologicamente falando", disse Bar-Yam em uma entrevista. “Podemos diminuir essa expectativa de vida, mas não podemos aumentá-la.

Mas e se a expectativa de vida dos seres vivos — incluindo humanos — não for determinada pela sua capacidade de adaptação, mas sim pré-determinada pela própria evolução, com base nos recursos disponíveis para uma determinada população e pela necessidade de reprodução? E se a morte não for uma conclusão inevitável, e sim um tipo de medida instituída para garantir que uma geração não esgote todos os recursos e impossibilite a perpetuação da espécie? Essa é, basicamente, a teoria dessa equipe de pesquisadores.

“Se a evolução está decidindo nossa expectativa de vida, isso significa que tudo o que precisamos fazer para aumentá-la é interferir no mecanismo que controla nossa longevidade", disse Bar-Yam. A pesquisa cita uma série de espécies que agem contra seu próprio interesse, uma prova de que a morte é uma ferramenta evolutiva, e não uma condição inerente.

“Envelhecer não é inerente. É genético. A possibilidade de aumentar nossa expectativa de vida de forma dramática é uma conclusão razoável."

“Existe um tipo de polvo que morre logo depois de se reproduzir", ele me diz. "Mas se removermos sua glândula, o polvo continua a viver, o que significa que a morte é desencadeada por seu sistema e não provocada por um colapso inevitável."

“Já os crocodilos", ele continua, “não envelhecem de forma aparente. A expectativa de vida da espécie varia de animal para animal. Os peixes do gênero Sebastes também — alguns vivem por alguns meses, e outros duram centenas de anos." Bar-Yam me mostrou um gráfico sobre as diferentes espécies desse gênero, que mostra que, apesar de todas as semelhanças genéticas, esses peixes possuem diferentes expectativas de vida.

 

› FONTE: Motherboard

Comentários