Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

Dia do Idoso: A saúde e o envelhecimento ativo

Publicado em 28/09/2015 Editoria: Saúde Comente!


foto divulgação internet

foto divulgação internet

Neste 1º de outubro é celebrado o Dia Internacional e Nacional do Idoso

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - o número de brasileiros acima de 65 anos deve praticamente quadruplicar até 2060, chegando a 58,4 milhões de pessoas ou 26,7% do total da população.

No período, a expectativa média de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos. As mulheres continuarão vivendo mais do que os homens. Em 2060, a expectativa de vida delas será de 84,4 anos, contra 78,03 dos homens.

Com a mudança da estrutura etária brasileira, resultado da redução do número de jovens e do aumento da população idosa, o Brasil deve passar por profundas transformações socioeconômicas. Em 2060, a previsão é que a proporção entre o número de pessoas consideradas economicamente produtivas (as que o IBGE considera em idade de trabalhar, entre 15 a 64 anos) e a parcela da população dependente (menores e idosos que não trabalham) seja de 65,9. Ou seja, cada grupo de cem indivíduos em idade ativa sustentará 65,9 indivíduos.

De acordo com Clovis Cechinel, geriatra do Lâmina Medicina Diagnóstica o termo envelhecimento ativo foi adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no final dos anos 90. Ele é definido como o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. "A palavra &39;ativo&39; refere-se à participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho", explica o especialista.

Cechinel descreve que a abordagem do envelhecimento ativo se baseia no reconhecimento dos Direitos Humanos das pessoas mais velhas e nos princípios de independência, participação, dignidade, assistência e autorrealização estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O geriatra reforça que existem boas razões econômicas para se implantar programas que promovam o envelhecimento ativo, em termos de aumento de participação e redução de custos com cuidados. "As pessoas que se mantêm saudáveis conforme envelhecem enfrentam menos problemas para continuar a trabalhar", exemplifica. Em 2002, havia cerca de 400 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Destas, em torno de 70% viviam em países em desenvolvimento. Em 2025, existirá um total de aproximadamente dois bilhões de pessoas na terceira idade, sendo 80% nos países em desenvolvimento.

Segundo um relatório da OMS, segundo Cechinel, o rápido envelhecimento nos países em desenvolvimento é acompanhado por mudanças nas estruturas e nos papéis da família, assim como nos padrões de trabalho e na migração. A urbanização, a migração de jovens para cidades à procura de trabalho, famílias menores e mais mulheres tornando-se força de trabalho formal estão provocando uma diminuição objetiva na capacidade das famílias em cuidar de pessoas mais velhas. "Enquanto os países desenvolvidos tornaram-se ricos antes de envelhecerem, os países em desenvolvimento estão envelhecendo antes de obterem um aumento em sua riqueza", reflete.

O médico observa que a proposta visa à abordagem dos três pilares do envelhecimento ativo: saúde, participação e segurança. Na área da saúde, a tônica é prevenir e reduzir a carga de deficiências em excesso, doenças crônicas e mortalidade prematura. A meta é alcançar melhorias na saúde de idosos e redução de doenças crônicas, deficiências e mortalidade prematura durante o processo de envelhecimento.

Cechinel lembra que, hoje, as principais doenças crônicas que afetam os idosos em todo o mundo são: doenças cardiovasculares (tais como doença coronariana), hipertensão, derrame, diabetes, câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica, doenças músculoesqueléticas (como artrite e osteoporose), doenças mentais (principalmente demência e depressão), cegueira e diminuição da visão.

"Um dos itens importantes é a medicina preventiva. A prevenção de doenças abrange a prevenção e o tratamento de enfermidades especialmente comuns aos indivíduos à medida que envelhecem", assegura o médico. A prevenção pode ser "primária" (abstenção do uso do tabaco); "secundária" (triagem para detecção precoce de doenças crônicas); ou ainda, "terciária" (tratamento clínico adequado). Todas as formas contribuem para reduzir o risco de incapacidades.

Segundo o geriatra, as estratégias de prevenção de doenças, que podem também incluir as doenças infecciosas, poupam gastos em qualquer idade. "Por exemplo, a vacinação de idosos contra gripe proporciona uma economia de 30 a 60 dólares em tratamento por cada dólar gasto em vacinas", finaliza.

› FONTE: Talk Assessoria de Comunicação

Comentários