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Mesmo com dobro de veículos, emissão de gases do efeito estufa pode cair 10% no Brasil

Publicado em 21/04/2014 Editoria: Meio Ambiente Comente!


Ativistas do Greenpeace vestidos de homens das cavernas empurram um 'carro da Idade da Pedra' por ruas da Vila Olímpia, na Zona Sul de São Paulo.

Ativistas do Greenpeace vestidos de homens das cavernas empurram um 'carro da Idade da Pedra' por ruas da Vila Olímpia, na Zona Sul de São Paulo.

A adoção da meta de eficiência energética europeia na indústria brasileira de automóveis poderia fazer com que as emissões de gases de efeito estufa por veículos fossem 10% menores que as contabilizadas em 2010, mesmo com a estimativa de duplicação da frota atual do país até 2030.

A conclusão é de estudo feito pela Coppe/UFRJ a pedido do Greenpeace e divulgado na última semana pela organização não-governamental.

De acordo com a pesquisa, a única meta que o Brasil tem de eficiência energética veicular hoje é voluntária, estipulada pelo programa Inovar-Auto, do governo federal.

Os cálculos da Coppe/UFRJ mostram que, caso a indústria siga essa meta, que representa um ganho de 12% em eficiência até 2017, as emissões em 2030 serão de 88 megatoneladas de CO²equivalente (Mton CO²eq).

Mas se for adotada a mesma meta definida pela União Europeia – de 1,22 Megajoule por quilômetro (MJ/km) até 2021 – entre 2010 e 2030 o país terá deixado de emitir quase duas vezes o que foi emitido por veículos leves em 2012.

O estudo compara três cenários de eficiência energética na frota de veículos do Brasil, e aponta as diferenças entre elas nas emissões de gases estufa até 2030. Nos três casos, o ano base é 2011, quando a eficiência média dos veículos novos estava em 2,07 MJ/km e as emissões totais eram de 79 Mton CO² eq – cinco vezes o que a cidade de São Paulo emitiu no ano de 2011.

O primeiro cenário considera a meta voluntária estipulada pelo programa Inovar-Auto. No segundo panorama, a Coppe considerou que os carros produzidos no país atingiriam a mesma meta de eficiência adotada pela Europa – só que apenas em 2023, com dois anos de atraso. Nesse caso, as emissões em 2030 chegariam a 68Mton CO² eq.

No terceiro cenário, foi considerado que os veículos novos brasileiros já estariam equiparados às metas de eficiência europeia em 2021, mesmo ano que o bloco europeu estipulou para que os carros cheguem à média de 1,22 MJ/km.

Desse modo, as emissões totais dos automóveis brasileiros alcançariam 67Mton CO² eq. Em 2030, comparando este cenário com o de referência, a redução de emissões seria de quase 24%.

O Greenpeace lembra que, segundo o Observatório do Clima, as emissões brasileiras do setor de transporte cresceram 143% entre 1990 e 2012.

 

 

 

› FONTE: Vejamos

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