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Brasil tem a soja mais barata do mundo nesse momento ! Mas, milho! O mais caro!

Publicado em 04/05/2021 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO
A Bolsa de Chicago (CBOT) contabilizou grandes ganhos para os preços futuros do milho nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 12,50 e 18,50 pontos ao final do dia.

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 7,44 com alta de 12,50 pontos, o julho[ENA2] /21 valeu US$ 6,96 com elevação de 17,25 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 6,10 com valorização de 18,50 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 5,80 com ganho de 17,50 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 1,64% para o maio/21, de 2,50% para o julho/21, de 3,21% para o setembro/21 e de 3,02% para o dezembro/21. 

miho  
       
Chicago (CME)  
CONTRATO US$/bu VAR US$/MT
MAY 2021 744,75 12,5 293,21
jul/21 696,75 17,25 274,31
SEP 2021 610,25 18,5 240,26
DEC 2021 580,5 17,5 228,54
Última atualização: 16:02 (04/05) Preço $/MT sem premio 

Segundo informações do site internacional Bloomberg, os futuros do milho apresentaram alta para US$ 7,00 o bushel, já que a seca em curso no Brasil ameaça a oferta do segundo maior exportador do mundo.

A publicação destaca que, os preços subiram até 2,1%, para quase a maior alta em oito anos. A seca está prejudicando a principal safra de milho do país, e as chuvas da próxima semana não atingirão algumas áreas importantes de cultivo, de acordo com Somar. Isso pode prejudicar ainda mais os rendimentos, e analistas como Safras e StoneX Brasil cortaram as estimativas para a próxima safra, o que aumentaria a escassez de oferta global de grãos e arriscaria aumentar ainda mais a inflação dos alimentos.

“A situação é crítica no Brasil. Isso deve prejudicar ainda mais o balanço global, enquanto os Estados Unidos terão que compensar parcialmente a queda nas exportações sul-americanas”, disse em um relatório o consultor Agritel, com sede em Paris.

A Agência Reuters Complementa que, apesar de essa ser a primeira vez desde 2013 que o milho ultrapassa os US$ 7,00 em Chicago, os preços em alta têm feito pouco para conter a forte demanda por milho usado para alimentação de gado e produção de etanol, abrindo a porta para o mercado ampliar os ganhos.

“Não houve destruição da demanda em meio à forte lucratividade para a produção de carne. Temos boa lucratividade animal e boa demanda agor”, disse Greg Heckman, diretor executivo da trader global de grãos Bunge Ltd.

Atentos aos baixos estoques da safra 2019/20 e preocupados com o desenvolvimento das lavouras 2020/21, produtores limitam a oferta de milho no spot. Do lado da demanda, parte dos consumidores precisa recompor os estoques no curto prazo. Diante disso, os valores do cereal continuam em alta e, portanto, renovando os recordes reais em muitas praças acompanhadas pelo Cepea. De 23 a 30 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 1,07%, fechando a R$ 99,76/saca de 60 kg na sexta-feira, 30. 

As negociações do cereal no mercado renovam semanalmente patamares mais elevados com a oferta escassa e a necessidade de abastecimento dos consumidores, fazendo a saca do cereal negociado em Campinas ultrapassar os R$ 100.

miho  
       
  B3 (Bolsa)   US$/MT
mai/21 103,3 0,63% 317,07
jul/21 104,89 0,18% 321,95
set/21 103,45 0,43% 317,53
nov/21 103,89 -0,49% 318,88
Última atualização: 18:00 (04/05) Preço $/MT sem premio 

O risco sobre o milho 2ª safra guia as cotações na B3, o contrato para setembro de 2021 iniciou a semana avançando 1,52% fechando o pregão em R$ 103,71 por saca.

Em Chicago, as cotações do cereal iniciaram a semana sem movimento definido com a melhora do clima e o andamento do plantio nos EUA, mas precificando o risco sobre a produção de milho no Brasil. O contrato para julho/21 encerrou o pregão avançando 1,1% estabelecendo-se em US$ 6,80/bu, os demais contratos fecharam com leves recuos.

Os preços futuros do milho tiveram um dia de flutuações em campo misto na Bolsa Brasileira (B3), mas encerraram as atividades recuando. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,49% e 2,13% ao final da terça-feira.

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 102,65 com desvalorização de 2,13%, o julho[ENA1] /21 valeu R$ 104,70 com perda de 0,59%, o setembro/21 foi negociado por R$ 103,01 com queda de 0,62% e o novembro/21 teve valor de R$ 103,89 com baixa de 0,49%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue na calmaria porque os grandes compradores estão retraídos neste momento esperando novas definições sobre o rumo da safrinha.

“O mercado perdeu o folego e não consegue avançar mais do que esses 103 ou 105 reais porque os compradores dizem que não vão pagar R$ 110,00 e pronto acabou. Com isso temos poucos negócios. Poucos vendedores de milho e poucos compradores. Mas o mercado segue firme”, diz.

A terça-feira (04) chega ao final com os preços do milho mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Grupo SAG-KK, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em Ponta Grossa/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Itiquira/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF e Oeste da Bahia.

 

Em algumas regiões do estado do Rio Grande do Sul não chove a 30 dias, o que acaba preocupando os participantes do mercado, de acordo com informações obtidas pelos nosso correspondentes do Grupo SAG-KK. Na comercialização, um dia bastante lento de negócios, entre ofertas de vendedores a não menos do que R$ 105,00 FOB em diversas regiões.

Não se viu a presença de grandes compradores, e as indicações permaneceram praticamente nos mesmos patamares: R$ 101,00 para CIF Tapejara e Erechim, e R$ 104,00 entre compradores da serra gaúcha. Não ouvimos reportes de negócios.

No Paraná com diferença de R$ 5,00 por saca entre intenções de compra e venda. Na região de Londrina, os lotes foram ofertados a R$ 110,00, em pelo menos 5 mil toneladas, e as indicações de compra eram de R$103,00 a R$105,00. Em Guarapuava, o mesmo patamar de ofertas,  com compradores a R$102,00. Nas  indicações, fábricas próximas a Ponta Grossa a R$ 97,00 para imediato e R$ 98,00 para entrega maio com vencimento em junho.

No Mato Grosso do Sul existem negócios FOB Maracaju, enquanto as indicações aumentam, mas não despertam atenção no produtor. Os relatos de negócios que tivemos no dia de hoje vieram principalmente das regiões de Maracaju, onde na sexta (30) já havia sido reportada alguma movimentação. Nas demais regiões do Estado, lotes pontuais saíram em direção a indústrias no interior, em volumes não superiores a 600 toneladas”, indica a TF Consultoria Agroeconômica. Em Maracaju, cerca de 3.000 toneladas, entre três lotes distintos, foram negociadas ao preço de R$ 94,00 a saca, no FOB. As indicações aumentaram para Campo Grande (R$  94,50), e Sidrolândia (R$ 92,50), e permanecem as mesmas em São Gabriel do Oeste e Chapadão (R$ 92,00).

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$ US$/MT
04/05/2021 99,79 -0,05% 0,03% 18,37 306,29
03/05/2021 99,84 0,08% 0,08% 18,41 306,45
30/04/2021 99,76 -0,02% 6,46% 18,36 306,20
29/04/2021 99,78 0,53% 6,48% 18,64 306,26
28/04/2021 99,25 0,37% 5,91% 18,5 Preço $/MT sem premio 

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as cotações no mercado físico do milho tiveram poucas alterações nos últimos dias, ao redor de R$ 98 / 100 a saca. Os negócios estão travados com a retenção do produtor devido a insegurança do tamanho da produção brasileira e norte-americana. A firmeza dos futuros na B3 e na CBOT refletem esta insegurança”.

A segunda safra de milho está enfrentando dificuldades de desenvolvimento em razão da falta de chuvas nas principais regiões produtoras do país. Essa situação de chuva abaixo da média e umidade de solo reduzida levou a redução da expectativa da produção brasileira de milho para 102 milhões de toneladas de acordo com o Geosys Brasil.

Entre as regiões que mais sofrem neste cenário estão o Paraná e o Mato Grosso do Sul, que apresentam a menor umidade do solo dos últimos 30 anos e o mais baixo índice de vigor das plantas das últimas 5 safras.

A balança comercial registrou superávit de 10,3 bilhões de dólares em abril, o maior saldo mensal em 33 anos.

Segundo o analista de mercado Carlos Cogo, o mês de abril bateu recorde de exportação mensal de soja em grão no Brasil, com volume exportado de 17,33 milhões de toneladas, enquanto no mesmo período do ano anterior o volume exportado foi de 14,8 milhões de toneladas.

“Com isso já acumulamos no primeiro quadrimestre do ano uma alta de 6% no volume exportado compensando o atraso do plantio e colheita. Tudo indica que em maio o cenário pode se repetir ou até mesmo superar o desempenho”, pontua Cogo.

Para o milho, as exportações cresceram 30% no primeiro quadrimestre deste ano, foram 3,8 milhões de toneladas até agora, 30% a mais que no mesmo período do ano passado.

O analista ainda acredita que mesmo com uma quebra na segunda safra do milho o Brasil não tenha problemas com o abastecimento interno, mas prevê alta no preço do grão.

“Devido a uma inesperada quebra na segunda safra do milho, que ainda não se sabe a proporção total, então não dá pra falar que haverá prejuízos, ainda que há um excedente 50 milhões de toneladas de milho. Contudo, a expectativa é que preço do milho no interior deve ficar acima do preço no porto, o Brasil vai reduzir as exportações e com isso há uma tendência de pagar a preço mais alto no setor de consumidores, frangos e suínos”, explica Cogo.


SOYBEAN - SOJA 
 

Os preços da soja fecharam o pregão desta segunda-feira (3) em campo misto na Bolsa de Chicago, com perdas de mais  de 10 pontos nos primeiros vencimentos, com o julho fechando com US$ 15,24, e alta de 5 no contrato novembro/21, que fechou com US$ 13,44 por bushel.

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
mai/21 15,77 16,75 1,07
jul/21 15,3825 14,25 0,94
ago/21 14,82 15 1,02
set/21 14 18,75 1,36
       
Última atualização: 16:00 (04/05)  

Como explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o mercado segue se comportando de acordo com as condições de clima nos Estados Unidos. Neste momento, as chuvas começam a chegar a algumas regiões produtoras, o que traz perspectivas melhores para o avanço do plantio nos próximos dias. 

"A pressão climática perdeu um pouco de força e agora o mercado na expectativa dos próximos dias, mas sem grandes temores para o plantio", diz Brandalizze. 

Por outro lado, o mercado monitora também os baixos estoques norte-americanos, que continuam a ser um ponto importante de suporte para os vencimentos mais curtos. No entanto,  para o segundo semestre as expectativas são de números menos apertados, o que faz com que as posições se mostrem um pouco mais baixos do que os mais próximos. 

Também no radar dos traders permanece o desempenho forte dos preços do óleo de soja, que subiram cerca de 30% somente em abril, ainda como explica Brandalizze, e o comportamento da demanda, uma vez que as margens de esmagamento na China seguem apertadas. Os compradores chineses têm refeito suas posições de forma a garantir suas novas compras a partir de agora. 

SOJA - PREMIO - CBOT / PNG
CONTRATO VALOR
abr/21 -5
mai/21 10
jun/21 10
fev/22 25
Última atualização: 04/05/2021

Mesmo com prêmios negativos no Brasil, a oleaginosa brasileira ainda está cara para a nação asiática e, para estimular novas compras, as cotações teriam que recuar cerca de US$ 0,50 por bushel. 

O executivo ainda complementa dizendo que por soja e milho disputarem área nos Estados Unidos, o cenário do cereal precisa ser considerado na análise para o andamento das cotações no mercado futuro norte-americano - e consequentemente no mercado brasileiro - já que se tratam, acima de tudo, de mercados correlatos. 

"Também estamos consumindo mais milho do que produzimos, mas a situação do milho é um pouco menos drástica do que a da soja, porque temos um estoques mundial estimado de 283 milhões de toneladas", acredita Dumoncel. 

           
Preço soja referência (chicago ):$/MT 583,12   04/mai
           
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 554,30   04/mai
           
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT 552,49   04/mai
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 180 por saca  

Ainda assim, entra na conta também o problema de clima no Brasil que vem sendo registrado para a segunda safra - que hoje é a principal do país -, com perdas estimadas por consultorias particulares de até 2 milhões de toneladas. Boa parte do plantio da safrinha foi realizado fora da janela ideal e a falta de chuvas agora reflete no sofrimento das lavouras e na perda do potencial produtivo regiões-chave de produção.

  soja US$ 5,43
       
  B3 (Bolsa)    
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR
jul/21 33,95 184,35 0,83%
   
Última atualização: 16:21 (04/05)  

 "O clima seco no Brasil continua trazendo forte pressão sobre as cotações do milho na B3 e também na CBOT. E a alta do milho puxa a soja na carona, uma vez que o produtor americano ainda está definindo sua área a ser plantada e no próximo dia 30 de junho, o USDA fará sua primeira revisão da intenção de plantio nos EUA divulgada no final de março", explicam os analistas da Agrinvest Commodities. 

Assim, como costumam dizer os analistas e consultores de mercado: o remédio para preços altos são preços ainda mais altos. Ou seja, para que o alívio viesse de forma efetiva para a relação ajustada entre a oferta e demanda, a produção precisa ser estimulada. 

"Os preços devem continuar elevados a fim de &39;mudar a cabeça&39; do produtor americano em relação ao aumento da área total a ser plantada para a próxima temporada", diz a consultoria. E para que isso se efetive uma série de mudanças teria de ser implementada, em um tempo apertado para o produtor americano que comprou seus insumos para a safra 2021/22 ainda mais cedo do que em anos anteriores. 

E embora alguns soluços estejam sendo observados na recente demanda da China por grãos - diante de margens apertadas de esmagamento e de novos surtos de Peste Suína Africana sendo registrados - a força da nação asiática é crescente. 

"O mundo não para de mudar sua dieta. A pandemia trouxe as pessoas para dentro de casa e mudou os hábitos alimentares, mas alimentação, a proteína e a energia que nós seres humanos precisamos no café da manhã, no almoço e no jantar, essas irão continuar", acredita o CEO da 3tentos. 

Em uma notícia divulgada nesta terça-feira (4), o portal norte-americano SuccessfulFarming divulgou informações de que os produtores norte-americanos permanecem otimistas em torno dos preços dos grãos, bem, como em relação ao setor do agronegócio de uma forma geral. São dados que partem do índice conhecido como Ag Economy Barometer, uma pesquisa feita junto a 400 agricultores. 

À Reuters Internacional, o executivo-chefe para grãos da Bunge, Greg Heckman, afirmou que a demanda segue muito forte, motivada, principalmente, pelas boas margens de rendimento registradas na produção de carne bovina. "Não há um arrefecimento da demanda. Temos boa rentabilidade com os animais e boa demanda neste momento", disse Heckman. 

Abril de 2021 marca o novo recorde mensal histórico para os embarques brasileiros de soja com 17,383 milhões de toneladas, contra 14,854 milhões do mesmo mês de 2021, de acordo com números da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgadas nesta segunda-feira (3). O setor já esperava números elevados, na casa de 17 milhões de toneladas, porém, o número superou as expectativas. 

E ainda segundo Brandalizze, maio e junho ainda deverão ser meses fortes de exportação brasileira. Daí em diante, o produtor brasileiro fica mais distante de novos negócios, esperando por oportunidades melhores de mercado. 

Na perspectiva do consultor, o Brasil poderia encerrar 2021 com cerca de 85 milhões de toneladas de soja embarcadas e com forte demanda para todo esse produto. Segundo o especialista, o país ainda conta com aproximadamente 20 milhões de toneladas para negociar na exportação no segundo semestre. 

"Só a China deve levar 10 milhões", diz. "E tudo indica que vai ter muito produtor segurando soja até  final do ano", completa. 

Segundo relatou o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, a soja com embarque imeadiato chegou a dar chances de até R$ 182,00 por saca, base porto, porém, com poucos novos negócios acontecendo. Os produtores aguardam por preços mais elevados para voltarem a vender e participar mais efetivamente das operações com o restante da safra 2020/21 a ser comercializado. 

Mais do que isso, o mercado brasileiro acompanha e monitora a demanda chinesa, que neste momento está mais cautelosa e fazendo novas compras de forma mais pulverizada, como explicam analistas e consultores. 

"É até saudável para nós que eles não venham comprar tudo de uma vez. Assim o brasileiro vai vendo da mão para a boca, o prêmio vai subindo, os preços vão se equiparando e acho que assim pode ser até mais tranquilo", explica Sousa. 

O diretor da Labhoro afirma que os prêmios no mercado brasileiro estão se recuperando, aos poucos, e para a safra nova já sinalizam posições muito melhores, em campo positivo, e refletindo uma nova realidade de mercado para a temporada 2021/22. 

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
04/05/2021 180,59 1,96% 0,48% 33,24
03/05/2021 177,12 -1,45% -1,45% 32,67
30/04/2021 179,72 1,28% 3,70% 33,07
29/04/2021 177,44 -1,46% 2,39% 33,14
28/04/2021 180,06 -1,62% 3,90% 33,57

Os preços da soja recuaram no mercado brasileiro na semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio da desvalorização do dólar frente ao Real e da redução da demanda interna – neste caso, muitas indústrias trabalham com a oleaginosa já contratada, enquanto outras unidades do Sul do País indicam importar a matéria-prima do Paraguai. Por outro lado, a demanda externa aquecida acabou limitando o movimento de queda dos preços no Brasil. Entre 23 e 30 de abril, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ Paraná recuaram 0,68% e 1,37%, respectivamente, indo para R$ 179,72 e R$ 172,10/sc de 60 kg na sexta-feira, 30.

O clima para o plantio e desenvolvimento inicial da nova safra de soja dos Estados Unidos deverá estar no centros das atenção dos players do mercado na primeira semana de maio. Paralelamente, também estarão no radar os movimentos da demanda chinesa e o avanço da colheita na Argentina.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja nesta semana que se incia. As dicas são do analista da consultoria Safras  & Mercado,  Luiz Fernando Gutierrez Roque.

Chicago começar a ganhar uma grande volatilidade à medida que o plantio da nova safra norte-americana avança e o mercado climático ganha mais força. O mercado continua encontrando alguma sustentação nos problemas iniciais da semeadura

Apesar disso, a melhora climática registrada nos últimos dias nos EUA e a previsão de um clima positivo para as próximas duas semanas trouxeram alguns ajustes negativos para o mercado nas últimas sessões

Como os estoques norte-americanos continuam bastante apertados, o mercado climático está muito mais sensível a problemas nesta temporada. Daqui para frente, até a colheita, o mercado poderá reagir de forma acentuada a previsões climáticas desfavoráveis para o desenvolvimento da nova safra

Já semanas de clima positivo devem pesar negativamente, mas com menor intensidade. De qualquer forma, ainda é muito cedo para qualquer definição sobre o potencial produtivo da nova safra dos EUA

A avaliação da consultoria é de que o mercado parece estar exagerando um pouco nas valorizações das primeiras posições em Chicago, visto que o plantio deve começar a evoluir bem e o clima ajudar nos próximos dias

A primeira incógnita continua sendo o tamanho da área que será semeada com soja, e possíveis atrasos na semeadura do milho podem levar a transferências de áreas do cereal para a leguminosa, mesmo que de forma pontual

O mercado também encontrou algum suporte no anúncio de novas vendas de soja dos EUA para a China nesta última semana. Além disso, rumores indicam que os EUA podem estar comprando algumas cargas de soja brasileira para entrega nos próximos meses, o que colabora com a situação de estoques apertados por lá. Atenção a possíveis novos anúncios e à confirmação destes rumores.

Na Argentina, o clima melhorou e os trabalhos de colheita começam a evoluir em um ritmo melhor, o que pode impedir o aumento das perdas produtivas. Embora esse fator tenha pouco peso sobre Chicago, ainda pode ser considerado um limitante para movimentos mais acentuados de alta.

Brasil tem alta de 75.6% nas casos de ferrugem asiátia, o que prejudica a qualidade do grão e acarreterá em perdas na produção.

Abril de 2021 marca o novo recorde mensal histórico para os embarques brasileiros de soja com 17,383 milhões de toneladas, contra 14,854 milhões do mesmo mês de 2021, de acordo com números da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgadas nesta segunda-feira (3). O setor já esperava números elevados, na casa de 17 milhões de toneladas, porém, o número superou as expectativas. 

Como explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, o ritmo dos embarques brasileiros segue forte e compensando o atraso que foi registrado em fevereiro por conta do atraso da colheita e de problemas com o clima. 

Ele explica ainda que maio e junho ainda deverão ser meses fortes de exportação brasileira. Daí em diante, o produtor brasileiro fica mais distante de novos negócios, esperando por oportunidades melhores de mercado. 

"Até agora embarcamos 33,8 milhões de toneladas, com maio e junho devem ser mais umas 30 milhões e ainda teríamos muito espaço pela frente", acredita Brandalizze. 

Na perspectiva do consultor, o Brasil poderia encerrar 2021 com cerca de 85 milhões de toneladas de soja embarcadas e com forte demanda para todo esse produto. Segundo o especialista, o país ainda conta com aproximadamente 20 milhões de toneladas para negociar na exportação no segundo semestre. 

"Só a China deve levar 10 milhões", diz. "E tudo indica que vai ter muito produtor segurando soja até  final do ano", completa. 

O mercado também se atenta ao volume maior de soja que o Brasil poderia ter para exportar diante do menor esmagamento que pode acontecer no país em função da redução do mandatório do biodiesel de 13% para 10%. E mesmo que tida como temporária, a medida ainda não teve uma sinalização do governo de que pudesse ser revertida logo. 

Há demanda para esse possível volume a mais de soja para ser exportada pelo país, e sem a perspectiva de uma pressão sobre as cotações no mercado nacional. "Pressão, se tivermos, virá da safra dos EUA ou da nova do Brasil ou da Argentina", explica Vlamir Brandalizze. 

Ainda de acordo com números da Secex, o valor médio da tonelada da soja brasileira, em abril, foi de US$ 414,10, contra US$ 338,70 de abril do ano passado. 

 

SUGAR - AÇUCAR 
 

July NY world sugar 11 (SBN21) on Tuesday closed up +0.39 (+2.33%). Aug London white sugar 5 (SWQ21) closed up +1.40 (+0.31%) at $449.80.

Sugar prices on Tuesday posted moderate gains. Dry conditions in Brazil may curb sugar yields and are bullish for prices. Sugar climbed to 2-month highs last Tuesday after Somar Meteorologia said that soil moisture in Brazil&39;s sugar-cane growing regions has been insufficient to provide good development of cane crops. Last Thursday, Czarnikow said rain in Brazil&39;s Center-South region October thru March was 36% below average, the biggest drought in more than a decade.

São Paulo, which makes up 68% of Brazil&39;s total cane production, has seen the driest weather in 20 years in five of the six months through March, and yield losses could be as high as 20% in some areas, according to Somar. Also, Wilmar International on April 19 said that because of prolonged dryness, Brazil&39;s 2021/22 cane crop "may barely reach" 530 MMT, down -12% y/y and the lowest in a decade. In addition, severe frost in France, the largest sugar producer in the EU, has damaged 10% of France&39;s sugar beet crop, according to farmer group CGB.

US$/MT
395,36
Preço $/MT sem premio 

A bearish factor for sugar is increased sugar production in India. The Indian Sugar Mills Association reported Monday that India&39;s sugar output during Oct 1-Apr 30 rose +16% y/y to 29.92 MMT 25.81 MMT a year earlier due to a bumper crop and increased cane crushing. The India Sugar Trade Association on Feb 11 forecast that 2020/21 India sugar production will increase +9% y/y to 29.9 MMT.

Last Tuesday&39;s data Unica was bullish for sugar prices since it showed 2021/22 Center-South sugar production (Apr/Nov) was down -35.75% y/y in the first half of April to 624 MT. The percentage of cane used for sugar fell to 38.55% in 2021/22 40.15% in 2020/21.

A negative factor for sugar is concern that a record jump in weekly global Covid infections might prompt governments to tighten pandemic restrictions that curb economic growth and demand for commodities, including sugar. Also, the resurgence of the pandemic will keep pandemic restrictions in place that crimp fuel demand and encourage Brazil&39;s sugar mills to divert more cane crushing toward sugar production rather than ethanol production, thus boosting sugar supplies.

US$/MT
449,80
Preço $/MT sem premio 

Sugar has support falling production in Thailand, the world&39;s second-largest sugar exporter. The Thailand Office of the Cane & Sugar Board reported March 17 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production Dec 10-Mar 15 fell -8.2% y/y to 7.5 MMT.

Os futuros do açúcar saltaram mais de 2% na Bolsa de Nova York nesta sessão de terça-feira (04), apesar de perdas moderadas em Londres. O dia foi marcado pela constante preocupação do mercado com a safra brasileira e seu impacto no balanço global, além de avanço do petróleo.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York teve valorização de 2,33%, cotado US$ 17,12 c/lb, com máxima de 17,27 c/lb e mínima de 16,76 c/lb. O tipo branco em Londres registrou queda de 0,18%, negociado a US$ 449,80a tonelada.

Depois de queda técnica na sessão anterior, as cotações do tipo bruto em Nova York avançaram desde o início da sessão diante das renovadas preocupações com a safra do Brasil, iniciada em abril, mas que está atrasada diante de estiagem histórica no cinturão produtor.

"O Brasil ainda terá condições de seca na maior parte das áreas produtoras. As temperaturas médias devem ser próximas a acima do normal", disse em relatório de mercado Jack Scoville, analista da Price Futures Group.

Diante da seca histórica, na véspera, a consultoria StoneX estimou que a nova temporada pode ter uma moagem até 6,3% menor no comparativo anual, totalizando entre 567,2 milhões e 578,1 milhões de toneladas como reflexo da estiagem no cinturão produtor.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
04/05/2021 113,48 -0,02% 0,53% 20,89  
03/05/2021 113,5 0,55% 0,55% 20,93  
30/04/2021 112,88 1,57% 8,38% 20,77  
29/04/2021 111,14 0,15% 6,71% 20,76  
28/04/2021 110,97 -0,87% 6,55% 20,69  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 112,39      
  valor saco $ 20,70      
  valor ton $ 413,97  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms    
US$/MT
417,97
418,05
415,76
409,36
Preço $/MT sem premio 

A trading inglesa Czarnikow também pontuou na semana passada que as chuvas na região Centro-Sul do Brasil, entre outubro e março, ficaram 36% abaixo da média, sendo a maior seca em mais de uma década.

Além disso, o mercado segue atento para os movimentos da demanda, com avanço no line-up do Brasil na última semana. Também há repercussão do mercado para as oscilações do financeiro, com salto expressivo do petróleo no dia, mas desvalorização do real.

Além de queda técnica na véspera, o mercado também esteve atento na última sessão para a produção indiana. A Indian Sugar Mills Association trouxe que a produção de açúcar da Índia, de 1 de outubro a 30 de abril, saltou 16% no comparativo anual, totalizando 29,92 milhões de toneladas devido a uma safra abundante e aumento da moagem de cana.

A semana começou com preços do açúcar ainda valorizados com a safra caminhando lentamente no Centro-Sul. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,55%, cotado a R$ 113,50 a saca de 50 kg.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, negociado a R$ 117,28 a saca, segundo dados da Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 18,16 c/lb, com queda de 3,91% sobre o dia anterior.

 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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