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A semana começou com mais um dia de disparada de preços das commodities na Bolsa de Chicago (CBOT)

Publicado em 27/04/2021 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO
A semana começou com mais um dia de disparada de preços das commodities na Bolsa de Chicago (CBOT), aponta a Consultoria AgResource Brasil. “No fechamento desta segunda-feira, 26, a soja, milho, trigo e óleo de soja registraram preços expressivamente mais altos e atingiram recordes”, destacam os analistas de mercado.

Os contratos subiram tanto que atingiram o limite de alta e a comercialização foi paralisada no dia. Foi o caso do milho para os contratos dos meses de maio/21 e julho/21, que subiram 25 cents/bushel. O mesmo aconteceu para o óleo de soja no vencimento de maio/21, que alcançou 65,21 cents/libra-peso (maior patamar desde junho de 2008).

Além disso, acrescentam os analistas, o primeiro dia do aviso de entrega dos futuros maio/21 será em 30 de abril: “Devido ao forte descolamento do preço no interior dos EUA para a bolsa, muitos preferem comprar os futuros ao invés do mercado físico, no qual deveriam pagar um prêmio de até 12,75 centavos por libra-peso em relação aos preços de Chicago. A dinâmica por parte dos processadores de preferir entrar em aviso de entrega, ao invés de originar no mercado disponível, levou a uma corrida pelo óleo de soja, fazendo os futuros registrarem esses níveis surpreendentemente elevados”.

miho  
       
Chicago (CME)  
CONTRATO US$/bu VAR US$/MT
MAY 2021 695,5 15 273,82
jul/21 654,5 -3 257,68
SEP 2021 586 -7 230,71
DEC 2021 562,25 -6 221,36
Última atualização: 16:02 (27/04) Preço $/MT sem premio 

A Bolsa de Chicago (CBOT) perdeu força ao longo do dia, realizou lucros e fechou a terça-feira em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações entre 7,00 pontos negativos e 15,00 pontos positivos ao final do dia. 

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 6,95 com valorização de 15,00 pontos, o julho/21 valeu US$ 6,54 com queda de 3,00 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,86 com perda de 7,00 pontos e o dezembro/21 teve valor US$ 5,62 com baixa de 6,00 pontos. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 2,21% para o maio/21, além de 0,46% para o julho/21, de 1,18% para o setembro/21 e de 1,06% para dezembro/21.    

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho foram mistos na terça-feira, já que os fundamentos imediatos de oferta e demanda mantiveram os futuros de maio em alta, enquanto a pressão da realização de lucros causou pequenas perdas para os futuros de julho.

Ainda nesta terça-feira, exportadores privados anunciaram ao USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) a venda de 3,7 milhões de bushels de milho para destinos desconhecidos. Metade do grão é para entrega na atual campanha de comercialização, que começou em 1º de setembro, e a outra metade para entrega em 2021/22.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou uma nova venda de milho nesta terça-feira (27) para destinos não revelados. Foram 101,6 mil toneladas, sendo 50,8 mil da safra 2020/21 e 50,8 mil da safra 2021/22. 

De acordo com informações obtidas pelo Grupo SAG-KK, o preço do milho segue subindo no mercado internacional. Nos mercados à vista asiáticos, os futuros do milho na bolsa chinesa de Dalian se firmaram um pouco ao longo do dia e foram registrados em CNY 2.771/t ($ 427,26/t). 

O Feed Leaders Committee(FLC) da Coréia do Sul encomendou um carregamento de milho de origem sul-americana em um negócio privado com a Al Ghurair durante a noite. A FLC pagou US$ 305,99/t  CFR  Incheon, mais US$ 1,50/t para descarga em Kunsan para a carga com chegada em 25 de agosto. 

As ofertas de milho para o Vietnã aumentaram com a alta dos futuros e foram registradas a US$ 330/t CIF Phu My e Cai Mep no sul do país em maio, enquanto as posições para junho foram ofertadas a US$ 322/t CIF Hai Phong, no norte do país. O mercado de milho da Ucrânia estava mal definido na segunda-feira em  meio ao aumento contínuo  nos futuros de milho na CBOT. Enquanto isso, os lances de compra oficialmente mostrados no mercado doméstico chegaram a US$265/t CPT, enquanto os traders disseram que algumas negociações estão acontecendo em uma faixa ainda mais alta de US$ 267- $ 272/t. 

As ofertas de milho romeno foram registradas em € 233- € 235/t FOB CVB para carregamento em  junho. Finalmente, as bases argentinas permaneceram sob pressão, uma vez que o aumento nos futuros do milho e a chegada da nova safra de milho continuaram a puxar os prêmios da base para um dígito. 

miho  
       
  B3 (Bolsa)   US$/MT
mai/21 106,92 -0,26% 326,37
jul/21 107 0,00% 326,62
set/21 103,4 0,24% 315,63
nov/21 104,3 0,07% 318,38
Última atualização: 17:56 (27/04) Preço $/MT sem premio 

Os preços futuros do milho tiveram mais um dia altista nesta terça-feira na Bolsa Brasileira (B3), apesar de encerrar o dia com menos apetite do que o da parte da manhã. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,94% e 2,00% ao final do dia. 

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 107,2 com ganho de 0,94%, o julho/21 valeu R$ 107,00 com elevação de 1,90%, o setembro/21 foi negociado por R$ 103,15 com valorização de 2,00% e o novembro/21 teve valor R$ 104,23 com alta de 1,68%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, nós estamos na entressafra de milho brasileira, com vazio de oferta após a primeira safra muito pequena. “Por isso vemos a B3 em R$ 107,00 e com folego para ir à R$ 110,00 porque nós vamos entrar no mês de maio e não vai ter oferta de milho novo ainda”. 

Brandalizze destaca que a safrinha está atrasada em, pelo menos, um mês e com grandes problemas de desenvolvimento das lavouras. “Vamos alongando essa entressafra e o milho também segue alto lá fora em função da forte demanda de milho no mercado global”, diz. 

O analista ainda relata que, hoje, o mercado dos portos dá a chance para exportação de R$ 85,00 para setembro/outubro enquanto o mercado interno já está a mais de R$ 100,00 para o consumidor.  Por outro lado, mesmo sem a TEC, o milho importado chegaria à R$ 110,00 nas indústrias, ainda mais caros do que os nacionais. 

Continua a preocupação a estiagem prolongada e com o tempo seco que afetam a segunda safra de milho no Brasil, a popularmente chamada “safrinha”. O último boletim do Deral-PR (Departamento de Economia Rural do Paraná) confirmou que algumas regiões do estado da região Sul estão sem chuvas expressivas e de grande abrangência há 50 dias, aponta a Consultoria AgResource Brasil.

“Se a perspectiva de pouca chuva durar até maio, há possibilidade de queda de 20% na produção do cereal, o que reduziria a segunda safra entre 68 e 70 milhões de toneladas, com a colheita total de milho atingindo entre 91 e 93 milhões de toneladas”, apontam os analistas de mercado. 

De acordo com os especialistas, isso cortaria as exportações brasileiras de milho para a temporada 2020/2021 em nove a doze milhões de toneladas. “Isso abriria uma possibilidade de embarques para os Estados Unidos e Ucrânia de agosto a janeiro. Além disso, o Brasil importaria cada vez mais toneladas de milho argentino até julho”, projeta a Consultoria.

A outra atenção do mercado, ressaltam os analistas de mercado da AgResource Brasil, são para as condições climáticas nos Estados Unidos, que está iniciando o plantio de soja e milho. “Por lá, o tempo seco no médio prazo preocupa e temperaturas abaixo de 0°C no cinturão produtor. Porém, os mapas indicam a chegada de chuvas no meio-oeste e a entrada de uma massa de ar seco, o que pode aumentar o ritmo de semeadura no país”, concluem os especialistas.

Ainda de acordo com a AgResource Brasil, a última atualização de modelo climático norte-americano (GFS) e europeu (ECM) mantém a previsão de tempo para Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso nos próximos 10 dias: “Além disso, os mapas diminuem as chances de chuvas, que haviam sido previstas anteriormente para o Rio Grande do Sul”.

“A previsão do tempo indica um aprofundamento da seca e da perda de umidade, o que deve acabar em cortes significativos de rendimento do milho safrinha. A falta de chuva é sustentada pela oscilação dos padrões tropicais (MJO) que se posiciona na região tropical e oferece chuvas no Norte da América do Sul, porém reduzindo as mesmas no Sul”, finalizam os analistas.

Por outro lado, existem poucos fatores limitantes ao aumento de preços, sendo eles a isenção tarifária para importações de milho e a forte elevação dos custos para os consumidores finais no Brasil, como produtores de leite e ovos. A queda do dólar favorece as importações de milho da Argentina e do Paraguai. Por isso, há que se prosseguir com cautela, tanto nas operações especulativas do mercado futuro, na B3, quanto ao segurar as vendas no mercado físico, onde os lucros já são muito grandes e deve-se pesar se vale a pena arriscar mais ou garanti-los.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$ US$/MT
27/04/2021 98,88 -0,40% 5,52% 18,09 301,83
26/04/2021 99,28 0,59% 5,94% 18,19 303,05
23/04/2021 98,7 0,73% 5,32% 17,96 301,28
22/04/2021 97,98 0,20% 4,56% 17,94 299,08
20/04/2021 97,78 -0,13% 4,34% 17,6 Preço $/MT sem premio 

A terça-feira (27) chega ao final com os preços do milho acumulando várias altas no mercado interno brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Grupo SAG-KK , foram percebidas desvalorizações apenas na praça de São Gabriel do Oeste/MS. 

Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Brasília/DF, Eldorado/MS, Amambai/MS, Oeste da Bahia e Itapetininga/SP. 

No estado do Rio Grande do Sul não existe pressa para vender milho, os produtores do Estado buscam os R$ 100,00 por saca, de acordo com informações qe nossos correspondentes. Assim, os poucos lotes vindos do interior do Estado são de produtores que já não tem muita pressa em fazer negócios, e buscam ao menos R$ 100,00 FOB  em negócios para o cereal. Indicações CIF Marau sobem para R$ 100,00 (+ R$ 2,00 por saca), de onde teriam saído negócios hoje; Arroio do Meio a R$ 97,00 no junho e Tapejara R$ 98,00 no maio.

Santa Catarina tem negócios no Oeste e Meio-Oeste com origem no Mato Grosso do Sul e Paraná. A falta de lotes de origem do próprio Estado, de um lado porque estes já se encontram quase completamente comercializado, de outro porque há pouco interesse do produtor quando se ouve falar nas recentes altas, é motivo suficiente para que compradores de Santa Catarina concentrem esforços em lotes de outras localidades. 

No Paraná foram vistos negócios a R$ 100,00 nos Campos Gerais, com preços balcão com altas de até 15,6% em um mês. A comercialização hoje no Estado andou a passos lentos, e poucos lotes estavam disponíveis. Sabe-se que ao menos 1.000 toneladas foram realizadas nos Campos Gerais a R$ 100,00 FOB, em negócios semelhantes aos de sexta-feira (23/04).  No norte central, compradores buscando lotes a R$ 102,00 e no Oeste, pequenos negócios foram vistos a R$ 97,00 com pagamento antecipado. 

Em São Paulo o preço do milho estabilizou em R$ 98,00 em Campinas. Com o milho sendo negociado acima de R$ 98,00/saca em Campinas/SP, o mercado interno segue sufocado pela baixa disponibilidade do cereal.Os riscos climáticos, que ameaçam a Safrinha, mantem os preços elevados, embora a isenção das importações possa limitar os ganhos futuros daqui para frente, principalmente com o dólar caindo, como nesta semana (-1,6%) e permanecendo baixo, como hoje. 

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, com as especulações climáticas e altas consecutivas nos Estados Unidos, os preços seguem firmes. “Os negócios são poucos, com diferenças relevantes entre compradores e vendedores nas praças. As cotações estão sensíveis a notícias de clima e câmbio nos últimos dias”. 

A SAFRAS & Mercado avalia que o mercado brasileiro de milho mantém preços em alta. “O quadro de oferta apertada e as preocupações com perdas na safrinha sustentam as cotações”, dizem os analistas.  

“O mercado brasileiro de milho começou a semana com a manutenção do quadro preocupante quanto à oferta restrita. Os preços seguem avançando com a disponibilidade apertada de milho. Há muita preocupação com a quebra da safrinha em meio à falta de chuvas em regiões produtoras”, detalha a publicação da SAFRAS.

 

SOYBEAN - SOJA

Depois de uma terça-feira (27) tensa e intensa na Bolsa de Chicago, os preços da soja terminaram o dia no vermelho, perdendo mais de 19 pontos nos contratos mais negociados. As baixas fortes vieram após dez sessões de altas, como explicou o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora, em entrevista ao Notícias Agrícolas. "O mercado estava propenso a essa realização de lucros depois dessas altas", diz.

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
mai/21 15,4975 -19,25 -1,23
jul/21 15,195 -19,75 -1,28
ago/21 14,695 -19,5 -1,31
set/21 13,8475 -19,25 -1,37
       
Última atualização: 16:00 (27/04)  

Assim, o vencimento maio/21 fechou com US$ 15,49; o julho/21 com US$ 15,19 e o setembro com US$ 13,84 por bushel. Ao longo do dia, a primeira posição chegou a superar os US$ 16,00 por bushel e o setembro, os US$ 14,00, na sequência, os preços deram início às correções. 

Todavia, os analistas e consultores afirmam que os fundamentos permanecem positivos e ainda dão importante suporte às cotações. Mais do que isso, explicam ainda que os altos preços seguem fazendo seu importante papel neste momento que é o de racionar a demanda de uma oferta bastante escassa de soja e também de milho no cenário global. 

Mais do que racionar a demanda, estão ainda ampliando a oferta. "Os preços historicamente altos dos cereais, óleos e oleaginosas estão incentivando o aumento da oferta, ou seja, estão incentivando o aumento da área global. Além disso, os preços altos e o aperto dos estoques americanos deverão incentivar a importação de soja, milho e óleo de soja", explica a equipe da Agrinvest Commodities. 

No radar dos traders permanece o foco sobre as questões climáticas não só nos Estados Unidos, mas também no Brasil - com a seca para a safrinha - e em mais países do Hemisfério Norte também sofrendo com a falta de chuvas - e as adversidades ainda dando espaço aos patamares elevados. Entretanto, as previsões seguem indicando uma melhora das condições a partir do início de maio. 

"A elevação das temperaturas previstas para os próximos dias em algumas regiões irão favorecer o ritmo das atividades de semeadura, mas o anseio dos produtores ainda é por volumes pluviométricos favoráveis, para que a umidade do solo seja reparada e forneça condições adequadas ao desenvolvimento das plantas, principalmente no lado Oeste", informa a Labhoro Corretora.

Já as chuvas deverão permanecer dentro da normalidade na maior parte das regiões produtoras no mesmo intervalo, à exceção de alguns estados mais a norte do cinturão. 

Para a soja, uma nova disparada entre os futuros do óleo na Bolsa de Chicago também contribuíram para as altas observadas mais cedo, uma vez que o derivado tinha ganhos superiores a 4%. Porém, assim como a soja em grão, o derivado também passou por realização de lucros e terminou o dia em campo negativo. 

E este mercado, como na matéria-prima, apesar da realização de lucros também conta com fundamentos positivos e um cenário de oferta e demanda - que se estende para os óleos vegetais de uma forma geral - também bastante apertado. No mercado norte-americano, o programa de biodiesel tem demandado muito do derivado, os preços no mercafdo físico estão historicamente altos e também refletem no futuro. 

“O movimento de disparada das cotações do óleo de soja, que também puxou a soja em grão, acontece diante da demanda aquecida dos processadores dos EUA pelo produto. Os esmagadores estão com medo de que o produto falte já que os estoques no país são baixíssimos. Com isso, os prêmios e preços do mercado à vista tiveram elevação expressiva”, explica a Consultoria.

A soja também foi apoiada pelo aumento dos preços do óleo de soja, que conseguiu subir durante o dia, apesar das crescentes preocupações sobre o forte aumento das infecções por Covid-19 na Índia e suas possíveis consequências  negativas  para  a  demanda  global  de óleo. 

SOJA - PREMIO - CBOT / PNG
CONTRATO VALOR
abr/21 -5
mai/21 10
jun/21 10
fev/22 25
Última atualização: 27/04/2021

 Na  origem,  os  prêmios  no Brasil  caíram  ainda  mais, principalmente para os contratos de maio, à medida que as  pressões  da  alta  da  CBOT  continuaram  e  foram reforçadas pela valorização do real frente ao dólar norte-americano durante o dia. No mercado de papel de Paranaguá, a base de maio caiu de menos 14 c/bu sobre o futuro de maio na sexta-feira para menos 29 c/bu, equivalente a $ 565,00/t. Os  prêmios  para  as  remessas  de  junho/julho diminuíram  2-3  c/bu  com  os  contratos  de  junho avaliados  em  13  c/bu  sobre  os  futuros  de  julho, equivalendo a $ 580,50/t.

No mercado FOB da Argentina, os prêmios permaneceram estáveis no dia com os embarques  de maio avaliados em menos 16 c/bu sobre os futuros de maio. No mercado  CFR,  as  margens  de  esmagamento  se estreitaram nesta segunda-feira, com os futuros da soja da CBOT continuando a subir, enquanto os futuros do óleo de soja em Dalian despencaram em meio à piora da situação do Covid-19 na Índia. As ofertas da soja brasileira permaneceram praticamente inalteradas no dia, com o embarque em junho indicado em 145 c/bu em relação ao futuro de julho. Uma remessa de julho foi negociada a 160 c/bu sobre os futuros de julho na sexta-feira passada. O indicador China para remessa de junho da opção mais  barata foi  avaliado em 144 c/bu sobre o  futuro de  julho, equivalente a $ 617,25/t, alta de $ 5/t no dia.

           
Preço soja referência (chicago ):$/MT 573,11   27/abr
           
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 558,67   27/abr
           
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT 561,66   27/abr
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 184,00 por saca

Para a safra 2021/22, novos negócios são ainda tímidos e os compradores, base porto, ofertam de R$ 162,00 a R$ 163,00 por saca, mas sem conseguirem levantar ofertas. "Temos apenas alguns negócios pontuais, somente em cima de algumas trocas com insumos, as quais estão sendo muito bem feitas. E as relações de troca devem continuar dando bons momentos para os produtores que estão fazendo trocas por fertilizantes, defensivos, estamos em um bom momento para isso", diz.No Brasil, há pouca pressão de venda mesmo diante de preços ainda bastante elevados e bem remuneradores para os produtores brasileiros, principalmente diante do dólar em queda frente ao real nos últimos dias. Para a soja desta temporada, as referências nos portos variam de R$ 184,00 a R$ 187,00 por saca, conforme explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. 

Os preços da soja subiram cerca de R$ 0,50 nesse início de semana no estado do Rio Grande do Sul e algumas toneladas foram negociadas, de acordo com informações obtidas pelos nossso correspondentes. O começo da semana é sempre mais lento, esse não foi diferente. Contrariando o  ritmo insano de semana passada, os vendedores parecem ter observado a CBOT subir e recuado um pouco; os preços de hoje valorizam-se em 50 centavos por saca em relação às indicações anteriores com os futuros para final de maio saindo levemente à frente com uma valorização de 60 centavos.

  soja US$ 5,46
       
  B3 (Bolsa)    
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR
mai/21 34,09 186,13 -1,47%
   
Última atualização: 15:21 (27/04)  

Em Santa Catarina os vendedores estão se retraindo a medida em que os preços sobem. Nada diferente em Santa Catarina, os preços estão subindo e ninguém quer vender até que cheguem ao pico. Apesar da inexistência de negóciso, os preços valorizaram-se mais um pouco com maio indo a R$186,00 e junho indo a R$187,00.

O Paraná teve um dia totalmente parado e os preços recuaram um real/saca. De  olhos  bem  abertos  em  relação  a  Chicago  os vendedores estavam extremamente recuados no dia de hoje,  crentes  que  os  preços  vão  subir  mais  e preocupados  com  a  falta  de  chuva  que  atrapalha  as plantações  de  milho  não  houve  interesse  de  deixar  o campo.

Já no Mato Grosso do Sul estamos sem mudanças de preços ou negócios. Paradeira total no MS. Com a última sexta-feira tendo tido um bom volume de negócios depois de uma semana inteira parada, esperava-se que movimentos passem a acontecer, mas ninguém quer saber de ganhar menos do que o maior valor possível e com a CBOT subindo sem parar, os vendedores tendem a segurar a mercadoria. 

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
27/04/2021 183,02 0,09% 5,61% 33,49
26/04/2021 182,86 1,05% 5,52% 33,5
23/04/2021 180,96 -0,13% 4,42% 32,93
22/04/2021 181,2 1,05% 4,56% 33,17
20/04/2021 179,32 0,40% 3,47% 32,27

Os embarques de soja alcançaram na média parcial do mês por um dia útil um volume de 31,22% acima do registrado no mesmo período de 2020. De acordo com analise do diretor da consultoria Cogo Inteligência e analista de mercado, Carlos Cogo, o resultado pode avançar mais ainda.

“Caso o ritmo continue, podemos chegar ao fim de abril com 19 milhões de toneladas de soja embarcadas, maior volume já registrado no Brasil. Com isso, a perda com as exportações atrasadas de janeiro até março seriam compensadas, rendendo um crescimento de 11% nas exportações se comparado com o mesmo período de 2020”.

 

SUGAR - AÇUCAR 

May NY world sugar 11 (SBK21) on Tuesday closed up +0.77 (+4.48%), and Aug London white sugar 5 (SWQ21) closed up +14.90 (+3.20%) AT $480.40.

Sugar prices on Tuesday extended Monday&39;s gains up to fresh 2-month highs. Fund buying continues to support sugar prices on concern about reduced global sugar production. Dry conditions may curb sugar yields in Brazil after Somar Meteorologia recently said that soil moisture in Brazil&39;s sugar-cane growing regions has been insufficient to provide good development of cane crops.

Sao Paulo, which makes up 68% of Brazil&39;s total cane production, has seen the driest weather in 20 years in five of the six months through March, and yield losses could be as high as 20% in some areas, according to Somar. Also, Wilmar International last Monday said that because of prolonged dryness, Brazil&39;s 2021/22 cane crop "may barely reach" 530 MMT, down -12% y/y and the lowest in a decade. In addition, severe frost in France, the largest sugar producer

US$/MT
506,67
Preço $/MT sem premio 

in the EU, has damaged 10% of France&39;s sugar beet crop, according to farmer group CGB.

Tuesday&39;s data Unica was bullish for sugar prices as it showed 2021/22 Center-South sugar production (Apr/Nov) was down -35.75% y/y in the first half of April to 624 MT. The percentage of cane used for sugar fell to 38.55% in 2021/22 40.15% in 2020/21.

A negative factor for sugar is concern that a record jump in weekly global Covid infections might prompt governments to tighten pandemic restrictions that curb economic growth and demand for commodities, including sugar. Also, the resurgence of the pandemic will keep pandemic restrictions in place that crimp fuel demand and encourage Brazil&39;s sugar mills to divert more cane crushing toward sugar production rather than ethanol production, thus boosting sugar supplies.

Sugar prices were undercut by news on April 1 that India&39;s sugar output in Oct-Apr 15 rose +17% y/y to 29.1 MMT 24.83 MMT a year earlier due to a bumper crop and increased cane crushing. The India Sugar Trade Association on Feb 11 forecast that 2020/21 India sugar production will increase +9% y/y to 29.9 MMT. However, in a supportive factor for sugar prices, the Indian Sugar Mills Association (ISMA) said that India&39;s sugar mills had contracted only 4.5-4.6 MMT of sugar exports this year, below the government&39;s export target of 6 MMT due to a shortage of shipping containers.

US$/MT
480,40
Preço $/MT sem premio 

Sugar has support falling production in Thailand, the world&39;s second-largest sugar exporter. The Thailand Office of the Cane & Sugar Board reported March 17 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production Dec 10-Mar 15 fell -8.2% y/y to 7.5 MMT.

As máximas de mais de dois meses foram renovadas na sessão desta terça-feira (27) na Bolsa de Nova York, com ganhos de quase 4% para o açúcar bruto, que se aproximou dos US$ 18 c/lb. A preocupação com a safra brasileira segue com a divulgação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York fechou a sessão com valorização de 3,86%, cotado a US$ 17,75 c/lb, com máxima de 17,79 c/lb e mínima de 17,05 c/lb. O tipo branco em Londres registrou alta de 3,20%, negociado a US$ 480,40 a tonelada.

O mercado açúcar em Nova York estendeu os ganhos da véspera nesta terça com o mercado recebendo as primeiras informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) sobre a safra 2021/22, que começou neste mês no Centro-Sul do Brasil. As condições climáticas adversas têm preocupado.

“Os comerciantes estão preocupados com o atraso na colheita do Brasil e a falta de espaço nos portos para embarques de açúcar devido aos volumes elevados de exportação de soja também com atrasos na colheita da oleaginosa”, destaca Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.

A demanda também dá suporte para as cotações do açúcar. &8203;O Brasil exportou em 15 dias de abril deste ano mais do que todo o volume de açúcares e melaços no mesmo mês do ano passado, com 1,62 milhão de toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.

Do lado do financeiro, o mercado também dá atenção para a valorização do petróleo no dia, com o WTI e o Brent cotados acima de US$ 60 o barril nesta tarde. Por outro lado, há uma desvalorização do real ante o dólar nesta sessão, o que dá maior competitividade para as exportações.

Os preços do açúcar no mercado brasileiro seguem elevados diante de oferta limitada neste início de safra. A colheita da cana-de-açúcar da safra 2021/22 já começou na região Centro-Sul, mas a produção de açúcar ainda não ocorre em todas as usinas, devido ao início tardio desta temporada, destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 1,36%, cotado a R$ 112,51 a saca de 50 kg na segunda-feira.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou queda de 1,16%, negociado a R$ 114,01 a saca, segundo dados reportados pela Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 18,62 c/lb, com salto de 1,48% sobre o dia anterior.

Circulou rapidamente nos grupos de WhatsApp durante a semana passada a previsão de safra de cana de uma trading de açúcar que assustou alguns participantes. O número divulgado pela empresa mostrava uma queda brusca na produção do Centro-Sul para 530 milhões de toneladas de cana, uma contração de 12.5% em relação à safra 2020/21, recém findada. Se essa previsão se confirmar, terá sido a maior queda de produção de cana dos últimos 20 anos, sendo apenas superada pela redução de mais de 22% ocorrida na safra 2000/2001 provocada pelos preços baixos do açúcar no ano anterior, que obrigaram as usinas a abandonar os cuidados na lavoura e a renovação anual de 15% do canavial por completa falta de caixa. Existe uma tendência de baixa na safra, mas não tão brusca assim !

A notícia pode ter contribuído para o desempenho do mercado futuro de açúcar em NY durante a semana. O vencimento maio/21 encerrou a sexta-feira cotado a 16.95 centavos de dólar por libra-peso, apreciando 23 pontos em relação à semana passada, equivalentes a 5.00 dólares por tonelada e continua subindo na 2. Feira, superando os $17.17 centavos de dólar por libra-peso. Pode ter contribuído, mas não necessariamente deve. Há tempos o mercado tem sido alimentado por negociações de robô, algoritmos, entre outros agentes artificiais e a evolução de preços nem sempre segue a lógica dos fundamentos, pois criam movimentações no mercado que nem sempre são baseadas em lastro fundamentado, mas sim em especulações e jogada de curto prazo.

Para se ter uma ideia, os fundos especuladores aumentaram suas posições compradas em 50.300 lotes na semana, segundo dado divulgado pelo CFTC (Commodity Futures Trading Commission), agência independente do governo dos Estados Unidos, que regula os mercados de futuros e opções das commodities. O volume comprado equivale a 2.56 milhões de toneladas de açúcar e no período (terça a terça) o mercado subiu 118 pontos. Ou seja, para cada 100,000 toneladas compradas pelos fundos o mercado subiu um dólar por tonelada. Deu oportunidade para muitos produtores fixarem preços de venda.

Para reforçar esse sentimento altista, um experiente agrônomo acredita que a seca do ano passado e as chuvas erráticas do verão, além do nível pluviométrico abaixo da média em março e abril vão contribuir para uma quebra expressiva de 50 milhões de toneladas no Centro-Sul, corroborando com as previsões da citada trading.

Há vários pontos que continuam me intrigando, entre eles estão: a) se o mercado físico realmente percebe que vai haver falta de açúcar no mundo, por que os spreads não estão refletindo isso?  b) a Índia já registrou 5.2 milhões de toneladas de açúcar para exportação, sendo que 2/3 desse volume já estão exportados; c) o consumo mundial realmente está sendo retomado?  d) se houver um boom das commodities, ele vai contaminar as softs também?  e) o excesso de emissão de dólar vai trazer inflação nos EUA, aumento da taxa de juros e, em seguida, um novo estouro da bolha?  f) quem vai comprar os 220.000 lotes que os fundos possuem, caso eles decidam liquidar a posição?; g) quem vai receber açúcar na entrega da próxima semana? A mesma trading do início desse comentário?  h) E se ela entregar? Não seria uma contradição do próprio relatório?.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
27/04/2021 111,94 -0,51% 7,48% 20,48  
26/04/2021 112,51 1,36% 8,03% 20,61  
23/04/2021 111 0,36% 6,58% 20,2  
22/04/2021 110,6 0,50% 6,19% 20,25  
20/04/2021 110,05 0,47% 5,66% 19,8  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 111,22      
  valor saco $ 20,37      
  valor ton $ 407,40  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms    
US$/MT
410,04
412,12
406,59
405,13
Preço $/MT sem premio 

Evidente que posso estar completamente equivocado acerca da trajetória que o mercado está tomando. Não terá sido a primeira vez e nem a última. No entanto, se o processo decisório na usina passasse por mim eu continuaria fixando açúcares para as próximas safras aproveitando os preços remuneradores em reais por tonelada. Se houver ainda dúvida, compraria múltiplos lotes de calls (opções de compra) out-of-the-money (opções fora-do-dinheiro) com preço de exercício ao redor de 19 centavos de dólar por libra-peso. Uma put (opção de venda) sintética, no fim do dia. Deixar de fazer pode ser uma Roleta Russa.

A Roleta Russa é um jogo em que os participantes colocam apenas uma bala no tambor do revólver, que é girado e fechado de modo que eles desconhecem a posição do projetil no cilindro. Em seguida, os jogadores apontam a arma para a própria cabeça e puxam o gatilho, correndo o risco de morte caso a bala esteja na posição engatilhada. Estatisticamente, a chance de sucesso (ou sobrevivência) é de 83.33%.

Chances de sucesso são muitas vezes - e mormente nesse exemplo - pontuais. Isto é, precisam ser aproveitadas naquele exato momento. Não é porque um evento tem chance de sucesso alta que podemos continuar apostando indefinidamente. Se você brincar de Roleta Russa ainda que com essa vantagem probabilística, em quatro rodadas tem mais de 50% de chance de ter os miolos perfurados. Se você, por analogia, perde na maior parte das vezes as oportunidades que o mercado lhe mostra, pode se machucar.

Michael Burry é aquele médico americano que também virou investidor e foi quem previu a bolha de 2008 com a crise do subprime, uma forma de crédito hipotecário criada no mercado imobiliário americano focado nos tomadores de crédito que representavam maior risco. Partiu-se da hipótese que juntando vários desses créditos individuais de risco em tranches maiores, o risco se diluía e o papel se tornaria mais rentável.

A crise fez desaparecer num estalar de dedos empresas que até então eram nomes de respeito no mercado mundial como os bancos de investimento Lehman Brothers (perdeu 691 bilhões de dólares), Bear Sterns, a seguradora AIG, para mencionar alguns. Burry apostou contra a bolha e o fundo que administrava então deu um retorno de quase 500% aos seus acionistas em pouco menos de oito anos. O estresse desse período fez com que Burry encerrasse o fundo assim que liquidou suas exitosas posições. Assista o filme “A Grande Aposta”  para entender melhor isto que comentei acima.

Mas, o mesmo Burry prevê que uma nova crise se avizinha, “vai ser bem pior do que a de 2008”. Uma das inconsistências que ele vê é o fato que em um ano de pandemia o mercado acionário americano continua em alta, basicamente em função do excesso de dinheiro criado (injetado pelo governo) desde a pandemia. Dólares sem lastro que vão criar inflação em dólar logo adiante. Ele acredita que o mercado acionário está vivendo uma bolha e estamos nos encaminhando para um novo colapso.

Como não sabemos o que pode acontecer, o melhor a fazer é proteger a empresa contra eventos de cauda que podem comprometer o resultado, ou seja, fixar preços e securitizar com contratos de hedge a fim de se proteger das turbulências no futuro. Melhor perder profit que ser esmagado pelo mercado.

 

 


 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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