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Análise diaria mercado agricola milho soja açucar

Publicado em 13/11/2020 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO 

Os preços internacionais do milho futuro foram ganhando força ao longo do dia e encerrou as atividades da semana em alta. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,00 e 2,25 pontos ao final da sexta-feira.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,10 com valorização de 2,25 pontos, o março/21 valeu US$ 4,19 com ganho de 1,25 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,24 com elevação de 1,00 ponto e o julho/21 teve valor de US$ 4,26 com alta de 1,00 ponto.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,49% para o dezembro/20, de 0,24% para o março/21, de 0,24% para o maio/21 e de 0,24% para o julho/21.

miho  
       
  B3 (Bolsa)    
nov/20 80,3 0,00%  
jan/21 80,1 0,19%  
mar/21 79,79 0,05%  
mai/21 73,8 0,14%  
Última atualização: 18:00 (13/11)  
   

Segundo informações da Agência Reuters, o mercado subiu apoiado no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que projetou estoques de milho mais baixos.

Na Ásia, a Korea Feed Association (KFA) se ofereceu para comprar milho de ração para chegada até 15 de maio. A associação reservou 64.000 t de milho dos EUA da Pan Ocean, pagando US$ 240,39/t CFR Busan, mais us$ 1,25/t para descarga no porto de Ulsan. “Fontes esperavam que a carga fosse enviada da PNW, e com 130.000 t já declarados pelo USDA no início desta semana como vendidos para a Coreia do Sul, o país deve estar firmemente de volta ao balanço líquido de vendas pela primeira vez em algumas semanas. De acordo com fontes do mercado, um comércio de milho sul-americano negociou a US$ 257/t CFR Vietnam para embarque em dezembro-janeiro", indica. 

“O EIA dos EUA reportou um aumento na produção de etanol na semana que terminou em 6 de novembro, com os volumes atingindo os níveis mais altos desde meados de março em 977.000 b/d. Mas os produtores de etanol continuaram a lutar com margens ruins como resultado do aumento dos preços do milho, e os estoques subiram acima de 20 milhões de barris pela primeira vez em quatro semanas para atingir 20,1 milhões de barris”, conclui. 

No Brasil, as ofertas para embarque de julho mantiveram-se estáveis em 90 c/bu contra lances em 78 c/bu sobre os futuros de julho, enquanto na Argentina novas ofertas de safra para embarque de março foram ouvidas em 112 c/bu sobre os futuros de maio – até 2 c/bu no dia em meio à queda nos futuros – com ofertas ouvidas estáveis a 90 c/bu. As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica. 

“Ainda para a safra velha, em meio à baixa demanda de ofertas no Brasil caindo 9 c/bu para embarque de dezembro para 175 c/bu sobre os futuros de dezembro com lances não superiores a 160 c/bu”, completa. 

“Nos mercados à vista, as ofertas tanto na PNW quanto no Golfo caíram após o rali futuro de ontem, com ofertas para embarque na última metade de janeiro ouvidas no Golfo a 130 c/bu sobre os futuros de março versus as últimas ofertas concretas para o laycan de janeiro completo ouvido a 155 c/bu no início da semana”

“E na PNW, as ofertas para envio de março caíram 15 c/bu no dia para 160 c/bu sobre os futuros de março, com lances vistos em 128 c/bu sobre o mesmo contrato. No Brasil, licitações para a nova safra em Santos recuaram de 1 a 2 c/bu de julho a outubro, com as ofertas de julho caindo 5 c/bu para 90 c/bu em relação aos futuros de julho de 2021”, completa. 

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
13/11/2020 80,74 0,24% -1,40% 14,74  
12/11/2020 80,55 -0,04% -1,64% 14,74  
11/11/2020 80,58 0,49% -1,60% 14,88  
10/11/2020 80,19 -0,89% -2,08% 14,91  
09/11/2020 80,91 -0,50% -1,20% 14,94  
           

Na Argentina, as ofertas de embarque de novas safras em março caíram 10 c/bu no dia para 90 c/bu sobre os futuros de março, com ofertas estáveis em 110 c/bu. “Apesar das quedas em outros lugares, os preços do milho subiram mais em toda a Ucrânia na quarta-feira, depois que a atualização mensal do relatório Wasde do USDA cortou as perspectivas de produção do país. A melhor oferta para carregamento de novembro foi ouvida em $238/t FOB HIPP e $240/t para dezembro, enquanto as ofertas de milho com documentos chineses aumentaram para $245-$246/t FOB PIPP para carregamento em dezembro”, indica. 

“No lado da compra, as ofertas para o carregamento de dezembro da segunda metade foram ouvidas em US $ 238/t FOB HIPP, enquanto em geral os compradores foram cautelosos. Um tom mais firme foi registrado no mercado interno, onde as ofertas de compra aumentaram para US $ 232-US $ 234/t CPT, colocando-os quase no mesmo nível que o mercado de exportação FOB”, conclui. 

Os preços futuros do milho operaram com poucas movimentações durante toda a sexta-feira. As principais cotações registravam flutuações entre a estabilidade e 0,44% positivo por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 80,49 com elevação de 0,24%, o janeiro/21 valia R$ 80,30 com valorização de 0,44%, o março/21 era negociado por R$ 79,75 com estabilidade e o maio/21 tinha valor de R$ 73,80 com ganho de 0,14%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira se mantém em campo misto sendo influenciada pelas movimentações do dólar ante ao real e sentido reflexo do que acontece na Bolsa de Chicago.

“Estamos chegando a um período de calmaria. Nas próximas duas semanas ainda giram negócios com o setor de ração e em dezembro a maioria das fábricas irá parar”, destaca.

A Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) divulgou seu boletim semanal com a atualização para as safras do Rio Grande do Sul. Segundo o levantamento, o plantio do milho verão já foi efetuado em 78% das lavouras do estado, um avanço de três pontos percentuais em relação a última semana.

Na safra anterior o plantio já estava em 81% até o dia 12 de novembro, enquanto a média das safras entre 2016 e 2019 é de 79%. Quanto ao estágio das lavouras, 73% ainda estão em germinação ou descanso vegetativo, e 21% em floração e 6% já avançaram para enchimento do grãos.

“A falta de precipitações no estado dificulta o avanço dos plantios e afeta o desenvolvimento de alguns cultivos já implantados”, destaca o relatório.

No lado do mercado, a Emater aponta que o preço médio do milho subiu 7,39% em relação a semana anterior e chegou em R$ 78,57 a saca.

miho  
       
Chicago (CME)  
CONTRATO US$/bu VAR  
DEC 2020 410,5 2,25  
mar/21 419,5 1,25  
MAY 2021 424 1  
jul/21 426,25 1  
Última atualização: 17:02 (13/11)  

Na região de Ijuí, a cotação varia de R$ 75,00 e R$ 79,00/sc. Na de Frederico Westphalen, entre R$ 78,00 e R$ 79,00; na regional Porto Alegre, a cotação é de R$ 71,00. Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, o preço é de R$ 79,00; Na de Bagé, R$ 75,00; na de Passo Fundo, R$ 78,00; Santa Rosa, R$ 77,30. Na regional de Pelotas tem variado entre R$ 60,00 e R$ 75,00. Na de Santa Maria, o preço médio é R$76,70; Erechim, R$ 75,00; Lajeado, R$ 85,00; e na de Soledade, R$ 78,70/sc.

“Em Santa Catarina, o preço continua inalterado a R$ 91,00 em Campos Novos, R$ 89,00 Concórdia, Joaçaba e Mafra. “Os preços do milho subiram mais um real/saca para R$ 91,00/saca em Campos Novos e um real também para R$ 89,00 em Concórdia, Joaçaba e Mafra. A seguir vieram os preços de R$ 85,00 no Alto Vale do Itajaí, que se mantiveram inalterados”, indica. 

No Paraná, os preços pararam de subir e estão se repetindo nos últimos dias. “Já no mercado de lotes, os preços spot mantiveram-se em R$ 80,00/saca em Ponta Grossa, R$ 77,00 Cascavel, R$ 76,50 em todo o Sudoeste do estado, R$ 75,30 em Londrina e Maringá e se fixaram a R$ 76,00 nos municípios dos Campos Gerais posto fábricas. Para 2021, o preço recuou R$ 2,00/saca para R$ 70,00, para entrega em fevereiro e pagamento em março de 2021 nas fábricas da região de Ponta Grossa”, informa. 

A Datagro vê a produção total de milho do Brasil em 2020/21 em um recorde de 114,48 milhões de toneladas, sendo 27,76 milhões de toneladas na primeira safra e 86,71 milhões na segunda, conforme atualização realizada na semana passada. A maior parte dessa produção está concentrada no centro-sul.

Em relação à temporada 2019/20, com negócios também próximos do fim, a Datagro apontou vendas de 97,2% da safra de verão do centro-sul, enquanto o comprometimento da safra de inverno atingiu 87,5% da produção.

 

SUGAR - AÇUCAR

Mar NY world sugar 11 (SBH21) on Friday closed up +0.04 (+0.27%). Dec London white sugar 5 (SWZ20) closed up +5.90 (+1.45%).

  INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
    VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
  13/11/2020 105,14 0,36% 4,50% 19,2  
  12/11/2020 104,76 -0,36% 4,12% 19,17  
  11/11/2020 105,14 0,82% 4,50% 19,42  
  10/11/2020 104,29 1,03% 3,66% 19,39  
  09/11/2020 103,23 0,02% 2,60% 19,07  
  Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
    media R$ 104,51      
    valor saco $ 19,07      
    valor ton $ 381,43  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                            com 7% icms  

Sugar prices on Friday rallied for a second day with NY sugar posting a 1-week high and London sugar posting a new 8-1/2 month high. Sugar prices have trended higher over the past six weeks with NY sugar climbing to an 8-1/2 month high last Tuesday and London sugar rising to a new 8-1/2 month high Friday on concern that Brazil&39;s dry conditions may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. Maxar recently said that Brazil&39;s sugar-growing regions had received only 5%-25% of average rain in the past few months, leaving crops "extremely dry." Also, a La Nina weather pattern could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.

In a bullish factor, sugar mills in India have held back exports as they await news on government subsidies. The World Trade Organization (WTO) is expected to rule on the legality of India&39;s subsidies to its sugar exporters sometime this month after Brazil and Australia raised objections to the WTO about the subsidies. The ruling by the WTO has been delayed July due to the Covid pandemic.

Sugar prices are also seeing support the smaller sugar crop in Thailand, the world&39;s second-biggest sugar exporter, which has been decimated by drought. The Thailand Sugar Mills Corp said Oct 2 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production would fall -13% y/y to an 11-year low of 7.2 MMT as dry weather this year ravaged cane plantations.

Importadores de açúcar irão “bater na porta do Brasil” no ano que vem, o que deve impulsionar a produção das usinas, segundo a BP Bunge Bioenergia, que destaca a queda da oferta em outros países.

A pandemia teve impacto na demanda global, mas, com a menor oferta dos principais países produtores, como Tailândia e Austrália, os suprimentos continuarão abaixo do consumo. A queda da produção coincide com o aumento das importações em países como a China.

O Brasil, que responde por metade do comércio global de açúcar, tem exportado volumes recordes neste ano, já que a alta do dólar frente ao real torna as vendas no exterior mais competitivas. Mas, a partir de dezembro, as usinas dependerão dos estoques para atender à demanda, pois a produção da próxima safra não estará disponível em quantidade significativa até o fim do segundo trimestre, disse Ricardo Carvalho, diretor comercial da BP Bunge Bioenergia.

As usinas terão que tentar produzir açúcar já no início da safra a partir de abril, disse Carvalho. Normalmente, os produtores maximizam a produção de etanol no início da temporada devido à baixa qualidade da cana.

“O mercado vai bater na porta do Brasil pedindo açúcar”, disse Carvalho em entrevista. “A recuperação da produção global não acontecerá em 2021”.

Em um sinal de oferta apertada no curto prazo, contratos de açúcar em Nova York com vencimentos mais próximos estão sendo negociados a um prêmio em relação a futuros de entrega mais longa. Na semana passada, as cotações subiram para o maior nível desde fevereiro em meio ao clima instável no Brasil.

Os futuros caíram nesta semana diante de especulações em torno de novos subsídios a exportações da Índia, que poderiam levar a um excesso da oferta global.

“Nosso cenário considera que o programa de subsídios às exportações da Índia ainda é uma incógnita”, disse Carvalho. “Vemos, porém, esta forte demanda pelo açúcar do Brasil chegando mesmo em meio a um novo subsídio da Índia”.


SOYBEAN - SOJA

Nesta sexta-feira (13), o mercado da soja opera estável na Bolsa de Chicago. Perto de 8h15 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 1 e 2,50 pontos nos principais vencimentos, levando o novembro a US$ 11,39 e o maio/21, US$ 11,42 por bushel. A semana vai terminando com um ajuste do mercado depois do rally intenso depois nos últimos dias. 

SOJA - CME - CHICAGO  
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)  
nov/20 11,415 4,5 0,4  
jan/21 11,48 2,5 0,22  
mar/21 11,48 3,25 0,28  
mai/21 11,4575 4,75 0,42  
Última atualização: 17:00 (13/11)    

A tendência permanece positiva para as cotações da oleaginosa na CBOT, porém, o mercado passa por um movimento leve de realização de lucros à espera de novas notícias. E hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo reporte semanal de vendas para exportação e os números podem mexer com os preços. 

A demanda permanece muito intensa no mercado norte-americano, com uma concentração maior da China neste momento, a qual poderia durar mais tempo dado o atraso do plantio na safra da América do Sul. 

No porto chinês de Dallian a soja avançou para US$ 784,55 contra US$ 782,34 do dia anterior; o farelo de soja avançou para US$ 472,67, como os US$ 471,34 do dia anterior e o óleo de soja avançou para US$ 1.177,06 como os US$ 1.173,74 do dia anterior.

Em Rotterdam, o principal porto não-China de demanda de soja e subprodutos, o preço do primeiro mês cotado da soja-grão recuou para US$ 497,40/t contra os US$ 499,20/t do dia anterior; o pellets de soja recuou para US$ 502,00 contra os US$ 508,00 do dia anterior, afloat.

Os preços dos óleos vegetais, para o primeiro mês, terminaram o dia cotados a: “óleo de canola avançou para US$ 1.058,95/t contra US$ 1.053,81/t do dia anterior; o óleo de linhaça foi cotado em US$ 1.075,00/t contra os US$ 1.070,00/t do dia anterior; o óleo de soja recuou para US$ 958,94/t contra $ 959,61/t do dia anterior; o óleo de girassol recuou para US$ 1.115,00 contra os US$ 1.120,00 do dia anterior e o óleo de palma manteve em US$ 860,00 contra os US$ 860,00/t do dia anterior”. Na Índia, maior importador de óleos vegetais do Mundo, o óleo de soja avançou US$ 1.090,00 como os US$1.076,00/t do dia anterior, em Nova Delhi.

  soja US$ 5,48  
         
  B3 (Bolsa)      
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR  
nov/20 25,43 139,3564 0,71%  
     
Última atualização: 13:26 (13/11)  

Os preços da soja no mercado do Rio Grande do Sul seguem no mesmo panorama do dia anterior, patinando sem subir, porque está chegando perto dos importados, segundo informou a TF Agroeconômica. “Tudo igual novamente, com exceção de Canoas, onde o preço recuou 0,29% para R$ 169,50 e em Rio Grande, onde aumentou cinquenta centavos/saca”, comenta. 

“Pelos cálculos dos técnicos da TF Agroeconômica a soja importada chegaria às fábricas do interior do Rio Grande do Sul ao redor de R$ 146,13/saca, cerca de 15,12% abaixo dos preços atuais do mercado local. Por isto, as cotações permaneceram inalteradas novamente nesta quarta-feira, como mostra a tabela ao lado. Permaneceram inalteradas as cotações das praças de Ijuí, Passo Fundo e Santa Rosa”, completa. 

Além disso, os preços recuaram R$ 15,00/saca em dois dias no Paraná. “No mercado de balcão o preço oferecido ao agricultor na região de Ponta Grossa manteve-se em R$ 140,00. Na tabela nº 1 acima pode-se ver os preços para os produtores em outras praças. No mercado de lotes, para entrega imediata e pagamento em dezembro os preços mantiveram os R$ 155,00/saca, do dia anterior em Ponta Grossa. No interior dos Campos Gerais, o preço se manteve inalterado em R$ 147,00, retirada imediata, mas pagamento no início de janeiro. Em Cascavel recuaram também R$ 3,50/saca para R$ 173,00 e em Maringá a R$ 168,00. Em Londrina R$ 170,50 e em Pato Branco R$ 171,50”, informa. 

Nos portos, a soja disponível fechou com R$ 165,00 em Paranaguá e R$ 162,50 em Rio Grande por saca. Para a safra nova, fevereiro 2021, R$ 145,00 e R$ 143,00, respectivamente. Em Santos, safra nova a R$ 145,00/saca. 

SOJA - PREMIO  
CONTRATO VALOR  
nov/20 250  
dez/20 250  
fev/21 110  
mar/21 80  
Última atualização: 11/11/2020  

Uma análise feita pela Consultoria Céleres avaliou como está a evolução da implantação da nova safra de soja no país. Os dados são referentes à 6 de novembro. No começo do plantio grandes regiões produtoras como o Centro-Oeste enfrentaram problemas com falta de chuvas. Com a volta da umidade a evolução dos trabalhos já alcança a normalidade e em algumas lavouras já está acima dos ciclos anteriores.  Na média Brasil a semeadura está em 55%. No mesmo período da safra passada eram 48% e nos últimos cinco anos 46%, o que indica plantio acima da média. 

O estado mais adiantado é o Mato Grosso, maior produtor nacional da oleaginosa e que projeta plantar 10,2 milhões de hectares. O volume já chega a 86%, abaixo da média do ano passado (88%) mas bem acima da média dos últimos cinco anos (73,8%). O Mato Grosso do Sul tem 72% de área semeada. No ano passado eram 58%. Em Goiás o índice é de 47%, equilibrado com o ano passado. 

No Sudeste o mais adiantado é São Paulo, com 46% e Minas Gerais tem 42%. Ambos estão acima da média do ano passado (29%). No Matopiba os trabalhos também estão adiantados. Na Bahia a implantação chega a 25%; no Maranhão 21%; no Tocantins são 28% e no Piauí 16%. Todos os estados da fronteira agrícola têm cerca do dobro do volume plantado em relação ao mesmo período da safra passada. 

               
Preço soja referência (chicago ):$/MT 511,29   13/nov    
               
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 502,65   13/nov    
               
Preço Brasil - MI - Paranaguá: $/MT 501,82   13/nov    
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 165 por saca    
               

Com isso os riscos de perda de janela para o milho safrinha foram minimizados. Segundo a consultoria isso se deve à “eficiência do sojicultor brasileiro, que com investimento em maquinário, tecnologia e jornadas de trabalho às vezes de mais de 20 horas/dia conseguiu assim recuperar o atraso provocado pela demora na chegada das chuvas”.

No entanto, o risco da falta de chuva ainda existe, sobretudo nos estados mais ao Sul. Em algumas partes do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a necessidade de replantio é uma realidade bem próxima e há um pequeno atraso na semeadura. O estado gaúcho é o mais atrasado, com 19% da área plantada, mesmo assim acima da média dos últimos cinco anos que é de 14%. Em terras catarinenses a área chega a 32%, também acima da média.

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
13/11/2020 165,27 1,85% 1,06% 30,18  
12/11/2020 162,27 -5,09% -0,78% 29,69  
11/11/2020 170,97 0,90% 4,54% 31,58  
10/11/2020 169,44 3,77% 3,61% 31,5  
09/11/2020 163,28 -3,82% -0,16% 30,16  

O Paraná é o mais adiantado e ocupa o segundo lugar no país. Tem 83% de área semeada. No ano passado eram 69% e a média de cinco anos é 68%.

A comercialização antecipada da safra de soja 2020/21 do Brasil havia atingido 53,4% da produção esperada até 6 de novembro, avanço mensal de 3,4 pontos percentuais, indicando também fluxo recorde para o período em meio a preços em máximas históricas, disse a consultoria Datagro nesta sexta-feira.

Com base no índice, o Brasil (maior produtor e exportador global de soja) já comercializou 71,76 milhões de toneladas da safra que será colhida a partir de janeiro de 2021, completou a consultoria, com base em sua estimativa de produção.

O ritmo de vendas antecipadas supera o marco anterior para esta época, de 43,4%, em 2016.

Nesse mesmo momento, em 2019, o comprometimento pelos produtores estava em 33,1% e a média de cinco anos é de 30,3%.

"A confirmação de nossa projeção de elevação nos preços, atingindo novos recordes, manteve o mercado ativo de interesse comprador, mais particularmente com a destinação ao consumo doméstico", disse o coordenador da Datagro Grãos, Flávio Roberto de França Junior.

"Os volumes só foram limitados mesmo exatamente pelo estágio já muito adiantado das vendas na temporada", acrescentou.

Já os negócios da safra 2019/20 da oleaginosa no Brasil estão praticamente finalizados, atingindo 98,7% até dia 6.

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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