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Análise diaria mercado agricola milho soja açucar

Publicado em 04/11/2020 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO 

A Bolsa de Chicago (CBOT) ganhou força ao longo do dia e encerrou a quarta-feira com os preços internacionais do milho futuro em alta. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 4,25 e 5,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os futuros do milho foram misturados esta manhã, enquanto os mercados de commodities aguardavam os resultados da eleição presidencial.

 

       
miho  
       
  B3 (Bolsa)    
nov/20 82,8 0,64%  
jan/21 83,74 0,59%  
mar/21 82,6 0,30%  
mai/21 75,2 1,42%  
Última atualização: 18:00 (04/11)  
   

A publicação pontua ainda que o peso mexicano enfraqueceu em relação ao dólar americano, com a volatilidade em torno do resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos afetando os mercados. 

“À medida que o peso enfraquece, é menos provável que o México compre milho americano com preços mais elevados. Isso poderia impactar a demanda de exportação de milho e ter uma influência negativa nos preços do milho se as tendências recentes de compra de milho pela China desacelerarem. O México é o maior comprador internacional de milho dos EUA”, diz a analista Jacqueline Holland.

Segundo informações do site internacional Blog Price Group, os futuros do milho foram um maiores nas expectativas de uma vitória presidencial de Biden, que poderia criar um novo governo e estimular gastos. 

“Os gastos ajudariam a sustentar um mercado de milho que poderia perder mais demanda por etanol devido ao Coronavírus. O vírus poderia causar bloqueios novamente e manter as pessoas fora das estradas, causando menos demanda por etanol”, pontua o analista de mercado Jack Scoville.    

Os preços futuro do milho também subiram nesta quarta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,83% e 1,42% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 82,27 com elevação de 0,83%, o janeiro/21 valia R$ 83,25 com alta de 0,97%, o março/21 era negociado por R$ 82,35 com ganho de 1,17% e o maio/21 tinha valor de R$ 75,20 com valorização de 1,42%. Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, essa valorização na B3 está atrelada as últimas compras do ano pelo setor de rações que, até o dia 20 de novembro, irá comprar tudo o que precisa para virar o ano e operar em janeiro.

 

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
04/11/2020 81,41 0,79% -0,59% 14,38  
03/11/2020 80,77 -1,37% -1,37% 14,05  
30/10/2020 81,89 -0,80% 28,70% 14,25  
29/10/2020 82,55 -0,15% 29,73% 14,35  
28/10/2020 82,67 1,46% 29,92% 14,4  
           

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, a semana já começou com os preços firmes no mercado de milho brasileiro. “A união de dólar, CBOT e exportações elevadas deu sustentação para a cotação do cereal. Ainda assim, os negócios continuam travados, com os compradores receosos em fazer novas compras”. O comprador recuado no mercado físico tem dado o tom de baixa das cotações do milho. Além disto, o dólar tem perdido força, o que reduz a sustentação dos preços nos portos. Em Campinas-SP, as referências  têm girado ao redor de R$78,00 e R$80,00/saca, CIF, 30 dias. 

A quarta-feira (04) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças pesquisadas. Já as valorizações apareceram em Campinas/SP (1,20% e preço de R$ 84,00), Não-Me-Toque/RS (1,33% e preço de R$ 76,00), Panambi/RS (1,36% e preço de R$ 76,02), Brasília/DF (1,54% e preço de R$ 66,00), Palma Sola/SC e aracaju/MS (2,78% e preço de RS 74,00), Campo Grande/MS (2,86% e preço de R$ 72,00), Campo Novo do Parecis/MT (6,25% e preço de R$ 68,00) e Tangará da Serra/MT (7,69% e preço de R$ 70,00).


SUGAR - AÇUCAR

Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE fecharam em queda após renovarem uma máxima de oito meses no início da sessão, à medida que alguns “players” ausentes na véspera voltaram ao mercado para fixar preços de vendas antecipadas.

O contrato março do açúcar bruto fechou em queda de 0,25 centavo de dólar, a 14,72 centavos de dólar por libra-peso, após atingir uma máxima de 15,23 centavos durante a sessão, maior nível para o primeiro contrato desde 25 de fevereiro.

Operadores destacaram que uma retomada nas vendas por produtores ajudou a estagnar a alta do açúcar, já que participantes do mercado do Brasil e América Central voltaram às mesas de negociação após o feriado de segunda-feira.

As usinas brasileiras seguem considerando vantajosa a fixação de preços de vendas futuras nos níveis atuais do mercado, já que o real segue próximo de uma mínima de cinco meses frente ao dólar.

 

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$    
04/11/2020 102,16 1,31% 1,54% 18,04    
03/11/2020 100,84 0,23% 0,23% 17,53    
30/10/2020 100,61 0,22% 13,66% 17,5    
29/10/2020 100,39 0,03% 13,41% 17,46    
28/10/2020 100,36 1,20% 13,38% 17,48    
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .        
  media R$ 100,87        
  valor saco $ 17,85        
  valor ton $ 357,07  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180  
                          com 7% icms    

O mercado seguiu apoiado pelo fato de a Índia ainda não ter divulgado os subsídios às exportações para a temporada 2020/21. Qualquer atraso nos embarques é visto como fator de aperto para a oferta de curto prazo.

O açúcar branco para dezembro recuou 5,30 dólares, para 396,80 dólares por tonelada.

Desde o encerramento de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, vem fechando na casa dos R$ 100/saca de 50 kg. Com isso, esse Indicador se aproxima do recorde nominal, de R$ 100,92/saca, registrado em 28 de outubro de 2016. De acordo com pesquisadores do Cepea, o suporte vem das exportações aquecidas ao longo deste ano, que têm limitado a disponibilidade doméstica do adoçante. Esse cenário é verificado mesmo com a maior produção de açúcar na atual safra 2020/21. Segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), de janeiro a setembro de 2020, o Brasil exportou 21,22 milhões de toneladas, 68,24% a mais que no mesmo período de 2019.


SOYBEAN - SOJA

O mercado da soja voltou a intensificar seus ganhos nesta quarta-feira (4) e, por volta de 14h (horário de Brasília), as altas variavam entre 11 e 13 pontos nos priniciáis vencimentos, com o janeiro/21 já sendo cotado a US$ 10,75 por bushel. 

 

SOJA - CME - CHICAGO  
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)  
nov/20 10,79 20 1,89  
jan/21 10,8625 22 2,07  
mar/21 10,7975 22 2,08  
mai/21 10,755 20,75 1,97  
Última atualização: 17:00 (04/11)    

Embora boa parte desse avanço se dê em função dos fundamentos da oleaginosa - os quais permanecem bastante positivos, a euforia causada pela eleição presidencial norte-americana também está sendo considerada. A contagem dos votos - que é conhecidamente um processo lento nos EUA - continua acontecendo nos EUA e já se especula no mercado a possibilidade de que o resultado já possa chegar nos próximos dias. 

Atenção ainda sobre as questões ligadas ao clima no Brasil para o andamento do plantio, que apesar de melhores ainda inspiram a preocupação de produtores de algumas regiões importantes, em função da influência do La Niña. Na outra ponta, demanda intensa nos EUA e a possibilidade de que os chineses tenham que comprar por mais tempo no mercado americano diante do atraso da semeadura brasileira. 

E a alta forte da soja se destaca em meio a uma baixa generalizada das demais commodities agrícolas, acompanhando a alta intensa que se dá no mercado do petróleo, que sobe mais de 3,5% na Bolsa de Nova York, com o barril sendo cotado a US$ 39,00. 

Além do petróleo e da soja, sobem ainda os principais índices acionários, com destaque para o S&P, que tem alta de mais de 3% e o Euro Stoxx 50, com avanço de mais de 2%. 

 

  soja US$ 5,65  
         
  B3 (Bolsa)      
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR  
nov/20 23,55 133,0575 0,99%  
     
Última atualização: 14:51 (04/11)  

"Essa alta é consequência dessa predileção que a contagem dos votos tem dado, dessa tendência de vitória do Biden, porque sabem que a permanência de Trump no poder mantém o atrito com os chineses. Já o Biden afirmou, várias vezes, que iria reatar os laços comerciais com a China. E de fato, a CBOT já está precificando essa possível retomada das boas relações e, claro, ainda há o clima aqui no Brasil que está longe de ser bom para o plantio", explica Matheus Pereira, diretor da PÁTRIA Agronegócios. 

A China se ausentou dos Estados Unidos em meio à eleição presidencial norte-americana e se voltou para o Brasil, comprando 2 cargos do mercado paper. No mercado de cargas CFR, algumas ações de verificação de preços foram ouvidas para os embarques de maio e junho de safra nova brasileira, mas nenhuma oferta firme foi relatada. 

 

     
SOJA - PREMIO  
CONTRATO VALOR  
out/20 200  
nov/20 240  
fev/21 120  
mar/21 90  
Última atualização: 04/11/2020  

Os prêmios com base da CFR China foram estáveis à medida que os preços mais altos do petróleo bruto puxaram as taxas de frete mais altas, em grande parte, compensando os prêmios mais baixos do FOB devido ao rali futuro. O embarque de soja brasileira em maio foi avaliado em 165 c/bu em relação aos futuros de maio contra ofertas em 170 c/u em relação aos futuros de maio, e o embarque de junho foi de 2 c/bu para maio.

No norte, a demanda chinesa por soja dos EUA permaneceu ausente ao longo do dia e com os prêmios da CFR inalterados. O embarque de dezembro do Golfo foi avaliado em 258 c/bu em relação aos futuros de janeiro em relação às ofertas indicadas a 261 c/bu sobre os mesmos futuros, e o mesmo carregamento fora da PNW foi avaliado em 245 c/bu sobre os futuros de janeiro. No Golfo, as ofertas do FOB para dezembro e janeiro foram ouvidas a 150 c/bu sobre os futuros de janeiro, mas nenhum acordo foi ouvido no momento da imprensa.

Com barcaças licitadas a 88 c/bu, as margens ainda se mantiveram saudáveis, apesar da redução na compra chinesa. No mercado de papel FOB em Paranaguá, foram ouvidos dois negócios para nova safra com um prêmio de 90 c/bu para março, plano no dia e um valor que equivalia a US$ 422/t – uma alta de uma semana. No mercado de cargos, o valor foi falado em um prêmio de 10 c/bu para o papel a 100 c/bu para a fevereiro, equivalente a US $ 426/t.

 

               
Preço soja referência (chicago ):$/MT 484,65   04/nov    
               
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 497,14   04/nov    
               
Preço Brasil - MI - Paranaguá: $/MT 486,73   04/nov    
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 165 por saca    
               

De acordo com a Safras & Mercado, o mercado de soja segue travado e praticamente sem negócios. Os preços são regionalizados e nominais. Ainda assim, a alta do dólar e dos contratos futuros em Chicago elevou as indicações no Brasil e tem causado algumas distorções, em virtude da falta do produto no país, segundo a consultoria. Como exemplo, a necessidade dos compradores fez a soja saltar de R$ 180 para R$ 186 em Rio Verde (GO).

A consultoria de mercado StoneX elevou a sua previsão de produção de soja do Brasil de 132,611 milhões para 133,479 milhões de toneladas em decorrência de ajustes em área e em produtividade. A consultoria passou a prever área plantada de 38,138 milhões de hectares, ante 37,983 milhões de hectares previstos anteriormente, com aumentos em Goiás, em Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará.

 

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
04/11/2020 168,53 1,98% 3,05% 29,77  
03/11/2020 165,26 1,05% 1,05% 28,74  
30/10/2020 163,54 -0,17% 10,41% 28,45  
29/10/2020 163,82 -0,32% 10,60% 28,49  
28/10/2020 164,34 -1,34% 10,95% 28,62  
           

A previsão de produtividade aumentou de 3,49 toneladas por hectare para 3,5 toneladas por hectare. Após atrasos no início do ciclo 2020/21, o plantio da soja avança rapidamente, segundo a StoneX. O grupo também ajustou a estimativa da safra 2019/2020 para 124,347 milhões de toneladas, após uma revisão da produção alcançada em Goiás.

“Mesmo com mais esse aumento no número da safra 2019/20, para 124,35 milhões de toneladas, a perspectiva de uma oferta extremamente limitada de soja no fim deste ano continua”, diz a analista de mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi.

A consultoria passou a prever exportação de 82,5 milhões de toneladas, ante 82 milhões de toneladas projetadas até o mês passado.

Diante disso, para o ciclo 2020/2021, mesmo com as perspectivas de uma produção recorde, a demanda deve continuar aquecida, num cenário de vendas adiantadas e real desvalorizado, o que mantém “condições propícias” à continuidade de preços domésticos sustentados.

“A safra brasileira está no centro das atenções, diante de uma demanda chinesa aquecida e das estimativas de um balanço bem mais restrito nos EUA”, afirma Ana Luiza.

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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