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Caving: o esporte das cavernas

Publicado em 17/10/2020 Editoria: Esporte Comente!


Acervo pessoal do autor.

Acervo pessoal do autor.

É impossível passar pela ilha sem criar momentos especiais de conexão com a natureza.

Foi desta maneira que Waldomiro Aransegui Filho (conhecido como Kako), 68 anos, técnico em eletricidade, gaúcho, chegou a Florianópolis há 9 anos atrás. De imediato, criou conexão com esta ilha fazendo trilhas sozinho e transformou algo supostamente “simples” em momentos mágicos.

Praticante de rapel há 30 anos, iniciou sua paixão com um grupo de amigos militares, que utilizavam a técnica de descida em cordas para fazer treinamentos. Do esporte, nasceu sua profissão onde se especializou e dá treinamentos de acordo com a NR-35, norma que estabelece parâmetros de proteção para o trabalho em altura.

Entre suas caminhadas, começou a perceber fendas e se deparar com cavidades que levavam a uma enorme e exótica paisagem. Assim nasceu seu novo hobby e esporte: o caving.

Neste esporte, o praticante conhece as cavernas, ambiente úmido e escorregadio, para contemplar suas belezas e formações.  É um esporte  radical, pois muitas vezes a pessoa precisa descer abismos,  rastejar por condutos apertados, superar obstáculos como a água do mar, rios, altura, tudo para descobrir novas galerias e salões nas cavernas e poder estar em contato com uma natureza exuberante e riquíssima.

Quando começou, havia 81 cavernas cadastradas em Santa Catarina pela Sociedade Brasileira de Espeleologia, que é a ciência que estuda os ambientes subterrâneos. Das 81 cavernas, 51 estavam na cidade de Florianópolis.

Em sua trajetória, já visitou 157 cavernas no total e já descobriu 10 na ilha que já foram devidamente classificadas e cadastradas.  Devido a sua experiência, fez amizade com duas pessoas ligadas a Sociedade Brasileira de Espeleologia, no qual ajuda a alimentar esse cadastro de cavernas nas terras catarinenses.

Na ilha, a  caverna  mais longa está no bairro Saco Grande. Chamada de  Caverna Água Corrente possui mais de 900m e a outra é a Caverna Jararaca, que se encontra no morro da Virginea.

Em janeiro de 2017, criou o grupo WAF trilhas e aventuras com o intuito de reunir amigos aventureiros e apaixonados pela natureza.

Kako afirma que o item segurança é muito importante como em todos os esportes de aventura e é necessário alguns equipamentos como:  roupas adequadas,  capacete,  lanterna de cabeça,  lanterna  de  mão  a prova   d´agua, pilhas e lanternas extras, calçado com sola antiderrapante, mochila com água e suprimentos e kit de primeiro socorros.

Em algumas cavernas é necessário utilizar o rapel e a técnica de escalada para conseguir explorar e diz que algumas cavernas na ilha são subaquáticas, perigosas e de difícil acesso e que as pessoas somente devem praticar com alguém devidamente habilitado e treinado.

Portanto, nunca entre em uma caverna sozinho. Sempre vá junto com amigos e, de preferência com um guia bastante experiente, pois algumas cavernas são cheias de salões e corredores, o que pode fazer com que a pessoa se perca facilmente.

Também é necessário ter uma consciência ecológica, ou seja, não deixe lixo nas cavernas, não retire nada do lugar. Desta forma você não interfere na natureza, apenas desfruta sua beleza e a curte.

Para saber mais sobre cavernas e ver as belezas naturais da ilha é só acessar o  instagram:  Kako_aransegui ou através de seu blog: https://kakoaransegui.blogspot.com

Márcia Eufrásio

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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