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Como a pedagogia pode mudar um clube de futebol

Publicado em 05/10/2018 Editoria: Educação Comente!


Sair muito jovem de casa para ir atrás de um sonho é a realidade de muitos jogadores de futebol. Com isso, deixam para trás a família, a escola e os amigos para embarcarem em uma jornada para uma cidade muitas vezes desconhecida. E foi pensando em auxiliar estes jovens jogadores que o Clube Atlético Tubarão (CAT) investiu em uma equipe multidisciplinar para ajudar os atletas que ainda estão frequentando o meio educacional. A pedagoga e egressa da Unisul, Shayane Souza, é a profissional responsável pelo acompanhamento escolar dos estudantes.

“É extremamente importante contar com uma equipe que se preocupe com o ser humano que há por trás do jogador. Eles precisam ser orientados e educados para viver bem em sociedade. Uma vez que estão longe da família, cabe à nós desempenharmos esse papel” reflete a pedagoga. Shayane é a responsável por monitorar o desempenho dos estudantes, auxiliar nos estudos, realizar orientação escolar e visitar as instituições educacionais para verificar o comportamento e comparecimento dos atletas no âmbito escolar. Dos 80 jogadores alojados no Clube Atlético Tubarão, 60 estão estudando.

O CAT é um dos únicos clubes de futebol de Santa Catarina que possui uma pedagoga na equipe. A iniciativa surgiu dos próprios gestores do clube que perceberam a necessidade de um acompanhamento especializado para os estudantes. “O Tubarão é um dos 45 clubes brasileiros que possuem o certificado de clube formador. Uma das exigências é ter uma equipe psicossocial para auxiliar os jogadores. Apesar de não ser obrigatório a presença de uma pedagoga, nós entendemos que ela possui um papel fundamental, já que acreditamos que a formação se dá pela educação e que ela é a mola propulsora para profissionais de alto rendimento”, reforça Luiz Henrique Ribeiro, presidente do Clube Atlético Tubarão. Além da pedagoga, a equipe também conta com uma psicóloga e uma assistente social.

O trabalho é desafiador, já que a pedagoga precisa lidar com diversas questões, como o conflito entre a profissão e os estudos. “Por sonharem com a carreira de jogador, a grande maioria ainda acredita que não precisa estudar e por isso acaba focando somente no futebol. Estamos trabalhando muito para mudar essa realidade e fazê-los compreender que estudar, além de influenciar significativamente seu desempenho dentro de campo, é a garantia de seu futuro”, finaliza.

› FONTE: Imprensa Unisul

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