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Professora da rede pública de Florianópolis é finalista de competição nacional com projeto sobre inclusão

Publicado em 03/11/2017 Editoria: Florianópolis Comente!


Elisangela, Vinycius e colegas

Elisangela, Vinycius e colegas

Uma escola da rede municipal de Florianópolis está na final do prêmio Professores do Brasil na categoria de 6º ao 9º ano do ensino fundamental. A prática pedagógica "História na ponta dos dedos: a acessibilidade ao conteúdo de pré-história", desenvolvida na Escola Básica Municipal Intendente Aricomedes da Silva (EBIAS), na Cachoeira do Bom Jesus, venceu a etapa regional, que reuniu trabalhos do sul do país. O projeto é de autoria da professora substituta de história Elisangela Marina de Freitas e Silva.

Por intermédio do Ministério da Educação, a professora receberá R$ 7 mil, além de troféu, uma viagem para participação em programa de capacitação na Irlanda e equipamentos de informática com conteúdo educativo para a EBIAS.

No dia 6 de dezembro serão conhecidos os seis vencedores nacionais numa cerimônia na cidade de São Paulo, com o prêmio de R$ 5 mil para cada um.

O secretário de Educação de Florianópolis diz que o resultado obtido pela professora Elisangela demonstra a seriedade e dedicação com que ela e os demais profissionais da escola trabalham no dia a dia. "Criatividade e integração são outros atributos dessa equipe de docentes", complementa Maurício Fernandes Pereira.

"História na ponta dos dedos: a acessibilidade ao conteúdo de pré-história" nasceu da inquietação da professora Elisangela diante da diversidade da sua turma de sexto ano do ensino fundamental, que reúne 34 estudantes com e sem deficiência além de dificuldades de aprendizagem.

Professora Elisângela

Isso exigiu uma prática pedagógica inovadora. O desafio era dar acesso ao estudante cego, Vinycius Dandoline, 11 anos, ao conteúdo de história, que é altamente visual e orientado por livros didáticos em tinta: pautado em imagens, como as artes rupestres, seus desenhos e pinturas, e as representações dos primeiros hominídeos.

Como tornar tudo isso acessível para a ponta dos dedos? A resposta veio através da parceria com as professoras da Educação Especial, Rosângela Kittel e Ruth Mary Pereira dos Santos.

Planejar junto, adequar metodologias, promover acesso ao conhecimento por meio de diferentes fontes e dividir espaços na docência, foram os passos que compuseram essa jornada do trabalho colaborativo entre ensino regular e educação especial.

Dessa forma todos os estudantes aprenderam juntos, pois ancoravam seus aprendizados em diferentes estratégias pedagógicas. Transformaram os lugares da escola em "saídas de campo" criando um sítio arqueológico no bosque, onde aconteceram as escavações dos objetos que representam os períodos pré-históricos. Também confeccionaram um grande painel tátil simbolizando a arte rupestre em relevo, utilizando tinta, massa corrida e areia.

Sítio arqueológico

Com essas atividades pedagógicas, os estudantes conseguiram assimilar os conteúdos do período pré-histórico, identificando as características que marcam esse momento da humanidade, mas, sobretudo, aprenderam que na convivência com a diversidade todos se beneficiam, relata a professora Elisangela.

Por meio das produções, expostas no Corredor Cultural da escola, eles socializaram seus conhecimentos com os demais colegas, em uma ação de protagonismo estudantil onde atuaram como atores e autores da sua história escolar e do seu processo de aprendizagem.

› FONTE: Assessoria de Comunicação da PMF

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