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Projeto de despoluição da praia da Beira-Mar Norte é apresentado na Capital

Publicado em 11/10/2017 Editoria: Florianópolis Comente!


Nesta quarta-feira (11), foi apresentado um projeto de despoluição da praia central da Capital, ao longo da Avenida Beira-Mar Norte. Para que isso seja possível, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro e o diretor-presidente da Companhia Catarinense de Águas (Casan), Valter Gallina lançaram edital para a contratação de empresa que executará a proposta. 

A meta é tornar balneável − ainda em 2018 − a região da Beira-Mar Norte, em uma extensão de três quilômetros e meio, entre a Guarnição de Buscas e Salvamento do Corpo de Bombeiros (próximo à Ponte Hercílio Luz) e a Ponta do Coral.

O plano de trabalho prevê a instalação de uma Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA) junto à Estação Elevatória da Casan na Avenida Beira-Mar (área conhecida como Bolsão).

O projeto contempla três importantes ações para melhoria da condição ambiental do local e complementa o sistema de esgotamento sanitário já existente. Coleta da drenagem em tempo seco, transporte até a URA – unidade que se propõe a complementar o sistema de esgoto existente na região central da cidade tratando a carga residual de esgotos que persiste nas galerias de drenagem e que chega ao mar e por fim, o tratamento da água. A URA Beira-Mar vai tratar a água contaminada da rede de drenagem e lançar ao mar efluente livre de coliformes fecais. O equipamento terá capacidade de tratar até 150 litros por segundo, o equivalente a quase 13 milhões de litros por dia.

Coleta

De acordo com a ideia apresentada, as drenagens identificadas serão desviadas para um sistema de bombeamento e transporte através de bombas que serão dimensionadas para condições de tempo seco ou pouca chuva (80 – 90% do tempo).

Em condições de chuvas intensas o sistema continuará coletando a vazão de projeto, porém o excedente irá ser descartado de forma a evitar alagamentos.

Válvulas e dispositivos de retenção de fluxo irão interceptar e direcionar a água presente nas drenagens para cerca de 20 estações de bombeamento que alimentarão uma tubulação que transportará essa água com os poluentes para a URA.

Transporte

Uma tubulação enterrada e sob pressão irá receber todas as contribuições das estações de bombeamento e encaminhará a água para a URA.

A tubulação será de PEAD e nela existirão dispositivos de segurança para evitar o retorno da água e garantir que tudo que for bombeado chegará até a URA.

Tratamento

Uma unidade com capacidade para tratar de 30 a 150 litros por segundo será instalada próxima à estação elevatória existente na Avenida Beira Mar.

A unidade deverá ser capaz de retirar o material em suspensão presente na água e remover os organismos indicadores de contaminação que prejudicam a balneabilidade. Desinfetada e clarificada, a água será lançada na Baía Norte.

Condição da Baía

A Casan e a prefeitura estimam que cerca de 50% dos imóveis da região apresentam alguma irregularidade na instalação com a rede coletora de esgoto. 

“Esse conjunto de fatores faz com que os canais pluviais arrastem com a água da chuva uma alta carga de esgoto, gerando a contaminação que impede o banho de mar na zona mais populosa da Capital", explica o diretor-presidente da Casan, engenheiro Valter Gallina. "A rede de esgoto instalada resolve o problema sob o ponto de vista sanitário, mas não permite a balneabilidade."

Análises realizadas pelo Laboratório de Efluentes da Casan para monitoramento da Baía Norte apresentam resultados que deram suporte ao projeto de despoluição da região. Esse acompanhamento mostra que a menos de 200 metros da areia da praia a água se apresenta dentro dos parâmetros de balneabilidade da Fatma.

Essa boa condição da água comprova que a poluição da Baía está localizada nas galerias de água da chuva. “Solucionado estes focos, a balneabilidade poderá ser recuperada”, complementa o engenheiro Alexandre Trevisan, da Gerência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Casan.

O projeto está orçado em R$ 24,5 milhões e deverá permitir que o sistema de captação, elevatórias e a URA estejam em operação antes do início do verão 2019.

› FONTE: Assessoria de Comunicação da PMF e da Casan

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