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Câmara de vereadores de Cunhataí tem 90 dias para deixar sala alugada

Publicado em 28/07/2017 Editoria: Esportes Comente!


O legislativo municipal de Cunhataí tem o prazo de 90 dias para desocupar um imóvel alugado e cessar o pagamento pela locação. A determinação atende a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em ação civil pública por ato de improbidade administrativa que questiona a ausência de licitação para locação do imóvel.

A ação foi ajuizada pela Promotoria de Justiça da Comarca de São Carlos para responsabilizar o presidente da câmara, Evelton Jair Schmitt, e o proprietário do imóvel, Ilói Kerkhoff, pela locação irregular.

Na ação, a Promotora de Justiça Silvana do Prado Brouwers relata que, em janeiro deste ano, sob a alegação de que a sede do legislativo foi danificada por enchente e não oferecia condições de uso, o presidente contratou, com dispensa indevida de licitação, o aluguel da sala comercial de propriedade de Ilói Kerkhoff, seu correligionário político.

Conforme apurou a Promotora de Justiça com a análise dos documentos juntados em Inquérito Civil, houve direcionamento com a dispensa ilícita da licitação, além da contratação sem nem mesmo uma avaliação prévia do imóvel. Pelo aluguel, o legislativo paga, mensalmente, R$1.874,00, o que totaliza o valor contratado de R$ 20.614,00, com possibilidade de renovação por até mais cinco anos.

O valor do contrato, conforme destaca o MPSC, foi o mais alto entre as opções que tinha em mãos o presidente do legislativo municipal. Inclusive, um segundo proponente que fez uma proposta verbal recebeu orçamento confeccionado por Evelton com valor superior e sem mencionar a disponibilidade de garagem, o que ensejou em sua desqualificação.

"Cabe mencionar, ainda, que na mesma data em formalizou a proposta de Ilói, o imóvel já estava sendo adaptado com divisórias, o que bem revela o direcionamento do certame", conclui a Promotora de Justiça que requer na ação a condenação de Evelton e Ilói por ato de improbidade administrativa e a aplicação das sanções de ressarcimento do erário, aplicação de multa, suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público.

Diante dos fatos apresentados pelo Ministério Público, o Juízo da Comarca de São Carlos deferiu o pedido de medida liminar, para determinar a desocupação do imóvel alugado irregularmente e o fim do repasse dos valores relativos à locação. A decisão é passível de recurso. 

› FONTE: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

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