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Atualizada situação ambiental da região atingida pelo rompimento de barragem em Mariana (MG)

Publicado em 22/11/2016 Editoria: Meio Ambiente Comente!


Foto: divulgação internet

Foto: divulgação internet

Um ano após um dos maiores desastres ambientais já registrados no País, a situação dos Municípios afetados pelo rompimento da barragem de Fundão com rejeitos da mineradora Samarco, localizada em Mariana, Minas Gerais, continua preocupante. Um novo levantamento aponta a atualização dos impactos e as ações realizadas para tentar amenizar os efeitos negativos no ecossistema da região atingida.

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), desde o rompimento da barragem de rejeitos de mineração sobre o rio Doce, no dia 5 de novembro de 2015, centenas de quilômetros da costa foram atingidos pela pluma de sedimentos além dos 600 quilômetros da calha do rio.  A região costeira afetada pela dispersão dos rejeitos da barragem do Fundão é a única do Brasil com concentração regular de desovas da tartaruga-de-couro e a segunda de maior concentração da tartaruga-cabeçuda. Outras biodiversidades também foram afetadas.

Documentos técnicos produzidos pelo ICMBio, pela Universidade Federal do Espírito Santo e pela Universidade do Rio Grande (FURG) apontam a contaminação de peixes e crustáceos de diversas espécies por arsênio, cádmio, chumbo, entre outros metais. Identificam ainda contaminação de ferro, alumínio, entre outros, no rio e costa adjacente.

Defesa Civil

Segundo a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/MI), o desastre em Mariana (MG) foi considerado o pior desastre ambiental de todos os tempos no Brasil, pois despejou mais de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no meio ambiente e ainda gerou outros eventos negativos como, 18 pessoas mortas, uma desaparecida.

Além disso, a lama tóxica causou danos irreversíveis a biodiversidade da região e contaminou o leito do Rio Doce, um dos maiores rios da região Sudeste. Ele é responsável pelo abastecimento de água de dezenas de Municípios dos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo e a mortandade de 11 toneladas de peixes.

Multa

O ICMBio aplicou três multas à Samarco no valor total de R$ 143 milhões por impactos causados nas três áreas protegidas: APA Costa das Algas, RVS de Santa Cruz e zona de amortecimento da Rebio de Comboios. As multas foram lavradas após a análise de relatórios técnicos que demonstravam a existência de impactos sobre as Unidades.

A Samarco foi multada por modificar criadouro natural de camarão, responsável por cerca de 1/3 de todos os camarões pescados no estado do Espírito Santo e por contaminar a água das UCs com metais pesados (conhecidos por afetar o sistema nervoso central) como arsênio, chumbo, cádmio e cobre. Outro alvo da autuação foi a morte de organismos marinhos planctônicos que são a base da cadeia alimentar de diversos animais.

Capacitação

Diante da tragédia e com o objetivo de tentar evitar a reincidência de outros acontecimentos dessa proporção, foi realizado neste mês um curso com técnicos sobre segurança de barragens. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a capacitação é voltada aos empreendedores de barragens, que são os responsáveis legais pela segurança dos empreendimentos e pela elaboração do Plano de Ação de Emergência (PAE) de Barragens.

A capacitação foi distribuída em módulos de princípios de simulação de rompimento de barragem e estudo de brechas, propagação de ondas de cheias e elaboração de mapas de inundação.

Acesse aqui os documentos relativos ao acidente ambiental.

› FONTE: Agência CNM, com informações do ICMBio e da ANA

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